Desde que Adam Silver se tornou o comissário da NBA no início de 2014, mudanças nas regras são sempre esperadas. Após renovar o acordo televisivo, Silver foi pressionado sobre os contratos dos jogadores, regras do jogo e de classificação para a pós-temporada. Agora, parece que o tópico em questão será a duração da temporada regular.
Durante o período de treinamentos da seleção americana visando os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, a equipe da CBS Sports perguntou para alguns jogadores qual seria o número ideal de partidas da temporada regular, e não houve unanimidade nas respostas.
“Acho que 82 jogos é a duração correta”, disse o ala-pivô Kenneth Faried. “Estamos jogando este jogo há muito tempo, e sempre foi 82. Jordan jogou 82. Os jogadores antes de nós atuaram por mais de 20 anos com 82 jogos e continuarão sendo estrelas”.
A opinião de Faried é acompanhada pelo armador John Wall, que defende o atual número de partidas, mas gostaria de uma mudança no calendário: “Acho que 82 jogos é um bom número, se tivéssemos mais paradas entre os jogos”.
Os dias de folga e descansos entre as partidas foram as grandes mudanças feitas pela NBA nas últimas temporadas. Em 2014-15, a liga aumentou significativamente a parada para o Jogo das Estrelas, dando aos jogadores no mínimo oito dias de descanso. Para a temporada 2015-16, a maior mudança se deu na diminuição das sequências de quatro jogos em cinco noites, e de dois jogos em dias consecutivos. Ainda assim, o ala-pivô Blake Griffin discorda do tamanho da temporada regular.
“Os 66 jogos espalhados pelo mesmo período de tempo dos 82 é o ideal”, afirmou o jogador do Los Angeles Clippers. “Com menos jogos, a produção é melhor. Os torcedores vão gostar mais. Você vê os jogadores do basquete universitário atuando tão forte, mas eles jogam 36 partidas no mesmo tempo que nós jogamos 82”.
Qualquer redução no número de partidas parece impossível de acontecer até o final do novo contrato de US$ 24 bilhões da NBA com as emissoras de televisão dos Estados Unidos. Além do problema com os canais de transmissão, os defensores da diminuição do número de partidas encontrarão dificuldades em convencer os donos das franquias, uma vez que menos jogos significariam menos dinheiro.
