O New Orleans Pelicans ficou em êxtase em 2019, depois de selecionar Zion Williamson com a primeira escolha do draft. Mas os resultados do time na sequência ficaram longe do esperado. A franquia, por isso, buscou uma mudança de mentalidade nas operações de basquete após o fim da temporada passada. O veterano Joe Dumars assumiu a vice-presidência do Pelicans com o exemplo do Golden State Warriors em mente.
“É difícil demais construir um grande time com base em um único jogador. Não se pode fazer isso, pois significa que esse astro precisa estar saudável nos 82 jogos. A gente já sabe que não vai acontecer na NBA. Queremos montar um plantel com muitas opções. Afinal, por mais que todos saibam que Stephen Curry é ótimo, Golden State tem uma grande equipe”, afirmou o dirigente, em entrevista ao site oficial da franquia.
Os resultados do Pelicans, a princípio, são pífios em seis temporadas desde a chegada de Williamson. O time só chegou aos playoffs duas vezes e somou duas vitórias em jogos de pós-temporada. O astro tem culpa nisso, pois tem problemas de lesões, sobrepeso e conduta. Mas, ainda assim, Dumars vê o problema da equipe mais como a dependência do ala-pivô do que o atleta em si.
“Não se pode construir um elenco nos esportes profissionais, em particular, em que seja dependente de um valor. É preciso ‘sobreviver’, por exemplo, se o seu principal talento ficar fora de ação por duas semanas. A minha visão é ter um grupo de até 12 jogadores que estejamos confortáveis em colocar em quadra sempre. É a lição que as dinastias desse século deixaram”, apontou o ídolo do Detroit Pistons.
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Sem lesões?
Mas as lesões não foram um obstáculo só para Williamson em Nova Orleans. A verdade é que, nas últimas temporadas, o Pelicans foi um dos times que mais “sofreram” com problemas físicos. Dumars sabe que a preparação dos atletas é crucial, mas existe um fator aleatório importante quando se fala em contusões. Por isso, a sua intenção é ter uma equipe que não dependa de saúde intacta para competir.
“Profundidade de opções, antes de tudo, é a minha prioridade quando nós falamos em construção de elenco. Com isso, não importa quem seja desfalque, vamos ter chances de vencer todas as noites. Essa é a mudança que buscamos por aqui. Temos que crer nas vitórias, não importa quem esteja em quadra ou quem não esteja”, pregou o executivo de 62 anos.
A ideia de um elenco robusto ganhou mais força junto a Dumars, aliás, por não ser uma virtude só no basquete. Ele também viu a sua importância em esportes com dinâmica e regras bem diferentes. “Por mais que Tom Brady seja o melhor de todos os tempos no futebol americano, o New England Patriots era visto como um grande time. E, mais do que isso, uma organização bem competente”, completou.
Mudanças
Montar um elenco cheio é um passo para Joe Dumars aproximar o Pelicans de versões vencedoras do Warriors. Mas é só o primeiro de vários. Não é só isso que fez Golden State campeão – e, acima de tudo, separa o time de Golden State. De nada adiantará, por exemplo, ter um plantel numeroso de atletas pouco comprometidos. Esse é o começo da mudança geral que o ex-atleta planeja em Nova Orleans.
“É duro competir contra outras equipes da liga se você não estiver comprometido. Então, eu falei com todos os jogadores do elenco para entender se queriam estar aqui mesmo. Todos disseram que sim, pois veem a chance de fazermos algo especial. Mas, para isso, temos que acreditar que podemos vencer. Nós precisamos de uma mudança de cultura, pensamento e ambiente”, concluiu o dirigente.
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