O Miami Heat já viveu quase tudo o que é possível nessa pós-temporada. Quase tudo, pois o primeiro jogo das finais trouxe um novo desafio para o campeão do Leste. A equipe, afinal, ainda não havia iniciado uma série de playoffs com derrota nesse ano. O técnico Erik Spoelstra aposta que o Heat vai precisar de mais do que estratégia para virar contra o Denver Nuggets. Precisará mudar a postura.
“Esquemas de jogo não vão nos salvar nessa série. O que vai fazer a diferença aqui é jogar mais duro e, além disso, com mais determinação coletiva. Essas qualidades são o que define a nossa melhor versão. Quando jogamos juntos, realizamos grandes feitos. E, por fim, isso é o que esse grupo mais gosta: fazer o que as pessoas julgam impossível”, avaliou o treinador, após a derrota por 104 a 93.
A diferença de 11 pontos no placar, a princípio, não dá dimensão do andamento da partida e dos problemas do Heat. A equipe perdeu por 20 pontos de desvantagem na maior parte do segundo tempo. Miami, além disso, cobrou só dois lances livres no jogo inteiro. Esse é um novo recorde histórico da NBA, pois nenhum time teve tão poucos lances livres em um duelo de pós-temporada.
“Você precisa dar crédito a Denver pela proteção de aro e o timing nas coberturas. Então, tudo deve ser feito com bem mais propósito, ritmo e atenção aos detalhes contra essa equipe. Somos um time agressivo, que ataca. Mas, se não houver as oportunidades no garrafão e lances livres, temos que encontrar alternativas para pontuar. É simples assim”, cravou o técnico bicampeão da NBA.
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Não caiu
Erik Spoelstra chamou a atenção, ademais, para o aproveitamento decepcionante do Heat nos arremessos de três pontos contra o Nuggets. O campeão do Leste só acertou 33% de suas tentativas de longa distância. Até então, nos playoffs, vinha convertendo mais de 39% de seus chutes. O treinador lamenta, mas ele não está preocupado assim com a pontaria de atletas como Caleb Martin.
“Os nossos arremessadores estão bem, pois não vão se abalar com uma atuação. Se você é um chutador, sabe que não vai conseguir acertar todos os arremessos que quer. No entanto, eles são um motor do nosso time. O atleta vê um ou dois arremessos caírem e, em seguida, pode virar uma avalanche. As coisas mudam rápido”, garantiu o experiente comandante.
Max Strus e Duncan Robinson, em particular, tiveram noites muito descalibradas. Os dois atletas combinaram para só uma cesta de três pontos em 14 tentativas. Strus, aliás, errou os seus dez arremessos de quadra e terminou a noite zerado. Mas, diferente de vários comentaristas, Spoelstra negou-se a apontar esse fator como algo decisivo para a derrota.
“A nossa forma de jogar, em primeiro lugar, não é construída apenas com base em arremessos de três pontos. Já provamos isso mais de uma vez. Podemos ganhar não só partidas, mas séries de playoffs sem importar o nosso aproveitamento de longa distância. Arremessar bem é melhor, mas não é mandatório. Então, com cestas ou não, temos que achar um jeito de vencer”, alertou o veterano.
Promessa
A bola de três pontos, realmente, não é uma marca da identidade do Heat. Durante a temporada regular, por exemplo, o time teve o quarto pior aproveitamento entre as 30 franquias da liga. A agressividade em relação ao aro, por outro lado, sempre ditou o ataque de Miami. São atletas que orgulham-se de serem os mais físicos em quadra. Por isso, Jimmy Butler também exige a mudança de postura.
“Nós tentamos muitos arremessos em vez de colocar mais pressão no garrafão. Sei que podemos acertar os tiros de longa distância, mas precisamos de mais bandejas e lances livres. Então, precisamos atacar. E atacar todos, não só um jogador. Aliás, eu preciso melhorar em forçar ajudas e municiar os chutadores ou simplesmente finalizar perto do aro”, cobrou-se o ídolo da franquia.
Para que o Heat vire essa história, Erik Spoelstra quer ver os atletas jogando mais duro e mais determinados. E, para resumir, Butler fez uma promessa. “Esse jogo acabou e, portanto, o resultado não vai mudar. Temos que pegar essa partida e, por enquanto, aprender com o que aconteceu. Erramos demais hoje, mas vamos ser melhores em dois dias”, cravou o ala-armador.
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