James Harden está prestes a ser eleito MVP da liga pela primeira vez. Isso já soa como certeza. E ele deu mais uma prova de que merece o prêmio nesta terça-feira, ao anotar 42 pontos para liderar a vitória do Houston Rockets sobre o Portland Trail Blazers – que vinha de 13 triunfos seguidos. O técnico Mike D’Antoni admite ainda se surpreender com algumas das atuações do craque nesta temporada.
“James é o melhor jogador ofensivo que já vi. É capaz de passar a bola, enxerga o jogo de forma única, faz bandejas e floaters. Ele possui muitas armas! As equipes ‘lançam’ diferentes marcadores em cima dele, o cara só dá um passo para trás e arremessa para três pontos. É incrível. James é simplesmente impossível de ser marcado. Impossível”, cravou o treinador, depois do triunfo por 115 a 111.
Mas não foram só 42 pontos. Harden pegou seis rebotes, deu sete assistências e fez cinco cestas de longa distância. Duas delas aconteceram nos quatro minutos finais de partida, com o marcador “apertado” e usando seu já temido step-back para livrar-se da boa marcação. “James é único. Nenhum mortal pode fazer algo assim. É fantástico. Foi uma atuação inacreditável”, exclamou D’Antoni.
A maioria dos jogadores e analistas considerariam um arremesso de três pontos contestado como uma decisão ruim, mas, para o astro do Rockets, a história é diferente. Ele lidera a liga em tiros de longa distância saindo do drible: já tentou 245 deles só nesta temporada. Qual é o segredo do futuro MVP para acertá-los? Confiança, paciência em quadra e muito treinamento nos bastidores.
“Eu simplesmente espero que o defensor reaja primeiro. Quando ele cai no lugar que quero, arremesso. Tudo gira em torno de ritmo, timing. E bastante trabalho, claro. As coisas não acontecem ‘do nada’. Treino constantemente, todos os dias, tentando melhorar e aprimorar-me. Ainda faço isso. O que vocês veem é produto de muito trabalho que vocês não veem”, explicou o atleta de 28 anos.
Pode não ser fácil se acostumar com a seleção de arremessos de Harden assistindo pela televisão, mas o mais importante é que seus companheiros confiam em sua capacidade de convertê-los – como aconteceu contra o Blazers. “Aqui, todos têm seu trabalho. Eu brigo pelas posses, pego rebotes e marco forte, por exemplo. E James fecha jogos e decide as coisas para nós”, resumiu o veterano P.J. Tucker.
