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Os ataques terroristas ocorridos na última sexta-feira (13), em Paris, repercutiram no mundo inteiro. Oficialmente, 129 pessoas morreram e outras 352 ficaram feridas (99 delas estão internadas em estado grave) nos atentados com tiros e explosões em oito pontos da cidade. Como não poderia deixar de ser, os jogadores franceses que atuam na NBA lamentaram o fato e prestaram solidariedade às vítimas da barbárie.
O ala Nicolas Batum, do Charlotte Hornets, que, no dia dos ataques, entrou em quadra no duelo contra o Chicago Bulls, revelou que ficou grudado ao telefone antes e depois da partida para saber notícias de seus parentes que vivem na capital francesa. A irmã do jogador mora a alguns quarteirões do Stade de France, um dos alvos dos terroristas.
“Choramos pelas pessoas que perdemos, mas nós temos que permanecer fortes, manter nossas cabeças erguidas, seguir em frente e mostrar que somos melhores do que eles. Pensei sobre o assunto durante toda a partida. Queria fazer um bom jogo para mostrar-lhes, à minha maneira, que somos fortes”, afirmou o ala, que teve o seu melhor desempenho com a camisa do Hornets, ao marcar 28 pontos e pegar oito rebotes contra o time de Chicago.
O pivô Joakim Noah, adversário de Batum na sexta-feira, também comentou a tragédia em Paris. O jogador do Bulls, que é filho do ex-tenista francês Yannick Noah, tem nacionalidade francesa e sueca (país natal de sua mãe), além da americana, já que nasceu em Nova Iorque.
“É muito, muito triste o que aconteceu em Paris. Muita gente morreu sem razão. As pessoas estavam assistindo a um jogo de futebol ou a um concerto ou estavam jantando em um restaurante. Morreram por nada. Conversei com a minha irmã e alguns amigos. Todo mundo está bem, mas nós estamos chocados. Foi um dia triste para todos, mas nós somos fortes”, disse Noah.
A dupla francesa do San Antonio Spurs, Tony Parker e Boris Diaw, ainda não acredita no que aconteceu em Paris. Antes da partida disputada nesse sábado contra o Philadelphia 76ers, o hino francês foi executado no AT&T Center, casa do Spurs, e as pessoas presentes ainda fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
“É inacreditável. É difícil entender o que aconteceu. Eu ainda estou em choque. Todas as minhas orações vão para as famílias das vítimas. É duro, não apenas para a França, mas para o mundo inteiro”, afirmou Parker.
Diaw comentou que o momento de silêncio respeitado antes da partida o comoveu bastante. “É bom ver essa solidariedade. Todo mundo se sente tocado em uma situação dessas. Felizmente, meus amigos e minha família estão muito bem, mas todos nós sabemos de pessoas que perderam alguns amigos. Todos os meus pensamentos estão com as vítimas e suas famílias”, disse o camisa 33 do Spurs.
Já o pivô Kevin Seraphin, do New York Knicks, cujos pais moram em Paris, revelou que tem medo de que os atentados possam se tornar frequentes na capital francesa. Vale lembrar que, no dia 7 de janeiro deste ano, homens armados invadiram o jornal Charlie Hebdo, em Paris, e assassinaram 12 pessoas a sangue frio.
“Esse é o tipo de coisa que acontece nos filmes. Depois de um tempo, você começa a perceber que tudo aquilo é real. Essa situação é realmente triste porque não há nada que você possa fazer. Temo que esses ataques comecem a ser frequentes”, finalizou Seraphin.
Nesta temporada, além dos cinco citados acima, outros seis jogadores franceses estão atuando na melhor liga de basquete do mundo: Joffrey Lauvergne (Denver Nuggets), Ian Mahinmi (Indiana Pacers), Damien Inglis (Milwaukee Bucks), Alexis Ajinça (New Orleans Pelicans), Evan Fournier (Orlando Magic) e Rudy Gobert (Utah Jazz).