Flamengo atropela Franca e segue líder invicto no NBB

Campo Mourão, São Paulo e Bauru também venceram seus jogos na rodada de sábado do NBB

Rafael Hettsheimeir tenta arremesso em cima de André Góes Fonte: Foto: Marcello Zambrana/LNB

A rodada deste sábado (5) do NBB contou com a realização de quatro jogos, todos realizados no Ginásio do Morumbi, em São Paulo.

O destaque ficou por conta do líder Flamengo, que venceu o clássico contra Franca e manteve a sequência invicta de vitórias na competição. No jogo de abertura, Campo Mourão venceu o lanterna Pinheiros e, logo depois, o São Paulo triunfou frente aos paranaenses do Pato Basquete. Para fechar a rodada, Bauru também manteve a sequência invicta de cinco vitórias ao bater o Corinthians, equipe comandada pelo seu ex-técnico Demétrius Ferraciú.

Confira como foi a rodada:

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(7-0) Flamengo 93 x 62 Franca (5-2)

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No duelo mais esperado deste sábado (5), Flamengo e Franca se enfrentaram no “Clássico dos Campeões”, embate marcado por uma rivalidade histórica e cada vez mais atual. A partida, contudo, protagonizou o confronto mais desequilibrado da rodada. Invicto na competição e líder isolado, o time carioca não tomou conhecimento dos paulistas e garantiram uma vitória tranquila e avassaladora pelo placar de 93 a 62. Os 29 pontos de vantagem diante de um forte adversário refletem, claro, a dominância rubro-negra durante todo o jogo e também na competição nacional, visto que a equipe comandada pelo técnico Helinho Garcia brigará por posição no topo da tabela.

O primeiro quarto foi nitidamente o mais parelho do confronto e, coincidentemente, o de menor nível técnico. Ambas as equipes tentaram impôr o ritmo e imprimir um volume alto, o que ocasionou em um péssimo aproveitamento dos dois lados. Flamengo e Franca não cometeram muitos erros, mas rodaram pouco a bola e não foram efetivos nos arremessos. Os cariocas finalizaram os dez primeiros minutos com 27,3% de aproveitamento no perímetro e 28,6% nas bolas de dois pontos. Já o time francano aproveitou 42,9% das bolas duplas e não converteu nenhum dos oito arremessos tentados para três pontos. O número de assistências também foi baixo. O destaque do período ficou para as defesas, que funcionaram muito bem em um contexto marcado por ataques inconsistentes. Ao fim, tudo igual no placar: Flamengo 15 x 15 Franca.

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Flamengo voltou muito mais ligado e intenso para o segundo quarto. A equipe da Gávea manteve o forte desempenho defensivo, mas conseguiu encaixar de vez o ataque, sobretudo na segunda metade do período, quando Franca teve um apagão enorme e desligou-se totalmente da partida. Os comandados de Gustavo de Conti aproveitaram muito bem as falhas do adversário e uma grande vantagem ao fim do primeiro tempo. Os cariocas movimentaram melhor a bola, encontraram ótimos espaços e o aproveitamento, que não era bom, subiu para 55.6% de acertos nas bolas de dois pontos e 54.5% nas de três pontos. Com o coletivo brilhando, o número de assistências também aumentou e, surpreendentemente, o rubro-negro cometeu apenas um erro. A dupla Balbi e Hettsheimeir (combinaram para 18 dos 29 pontos flamenguistas) dominaram as ações destes dez minutos. Já pelo lado francano, o aproveitamento continuava ruim: 33.3% no perímetro e nas bolas duplas. Lucas Dias até tentou impedir o domínio do Flamengo, porém o conjunto de Helinho não ajudou e Franca foi ao intervalo sendo derrotado por 12 de vantagem: Flamengo 49 x 32 Franca.

Na volta do intervalo, a expectativa era de que Franca retornasse num ritmo melhor para tentar buscar uma reação diante da equipe mais forte do país. Todavia, a realidade foi amplamente diferente e o Flamengo repetiu o desempenho apresentado no segundo período. Desta vez a equipe carioca não teve um grande brilhantismo, mas mesmo sem um destaque individual, viu seu coletivo agir com efetividade nos dois lados da quadra e aproximou-se da vitória. Gustavinho conseguiu encontrar a solidez necessária para seu plantel, que conseguiu ser consistente durante grande parte do confronto, essencialmente nos arremessos, sempre mantendo bons aproveitamentos. Franca, por sua vez, não viveu situação parecida. O panorama era o mesmo: Foi até regular, porém negativamente. Com exceção do ala-pivô Lucas Dias, o elenco francano não aproveitou as oportunidades, deixando o clube cada vez mais perto da derrota: Flamengo 78 x 49 Franca.

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Perto de garantir a vitória, o Flamengo optou por rodar a equipe no quarto final. Onze dos 12 jogadores disponíveis tiveram minutos no período. O ala Marquinhos foi o único rubro-negro que não entrou em quadra. Mesmo sem força total, o time do Rio de Janeiro seguiu superior e, bem como em grande parte da partida, não enfrentou dificuldades. Na tentativa de acelerar o jogo, o volume carioca aumentou e o aproveitamento teve uma pequena queda, mas nada que impedisse mais uma vitória parcial dos flamenguistas. Já Franca manteve o desempenho pragmático e fechou o clássico sem ultrapassar a marca de vinte pontos em nenhum período do duelo. O aproveitamento continuava pífio, sobretudo no perímetro, onde o clube paulista converteu apenas dois arremessos de 18 tentados nos 40 minutos totais. Sofrendo para furar o bloqueio defensivo do adversário, os francanos finalizaram o embate com uma apresentação coletiva falha que precisa ser corrigida para os próximos desafios. Ao fim, Flamengo conquistou sua sétima vitória no NBB sem enfrentar dificuldades: Flamengo 93 x 62 Franca.

Destaque para o coletivo do Flamengo (cinco jogadores com dígito duplo em pontuação). Hettsheimeir (18 pontos e nove rebotes), Olivinha (14 pontos e nove rebotes), Franco Balbi (13 pontos) e Léo Demétrio (dez pontos e nove rebotes) destacaram-se individualmente. Lucas Dias com 21 pontos e sete rebotes foi o principal jogador de Franca no duelo. Danilo Fuzaro (17 pontos) e Márcio (10 pontos) também contribuíram.

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(2-5) Campo Mourão 79 x 66 Pinheiros (0-6)

O jogo de estreia da rodada deste sábado, colocou, no Ginásio do Morumbi, a equipe paranaense de Campo Mourão, estreante no NBB, para enfrentar os paulistas do Pinheiros, que buscavam sua primeira vitória na nova temporada da competição.  No primeiro período, Campo Mourão teve mais volume no ataque, aproveitou os pontos de segunda chance graças a três rebotes ofensivos e limitou o Pinheiros a 25% de aproveitamento nos arremessos, sendo 0/3 do perímetro. O trio Stefano Pierotti/Frierson/Pajé contribuiu para 15 pontos dos 16 feitos pela equipe paranaense no primeiro quarto, vencido por sete de diferença no placar: Campo Mourão 16 x 9 Pinheiros.

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Para o segundo quarto, o Pinheiros mudou a postura. Os paulistas equilibraram a luta pelos rebotes, melhoraram o aproveitamento nos arremessos e rodaram melhor a bola no ataque. Já na defesa, a equipe continuou devendo e cedeu 22 pontos para o rival em 10 minutos. Pierotti anotou oito pontos na parcial, Pajé mais cinco, e mesmo chutando abaixo do aproveitamento do primeiro quarto, Campo Mourão vence a parcial por 22 a 18 e abre a vantagem para dois dígitos no placar geral: Campo Mourão 38 x 27 Pinheiros.

Com a volta das equipes dos vestiários, Campo Mourão pisou ainda mais no acelerador. A equipe controlou o ritmo, teve ótimo aproveitamento do perímetro (4/8- 50%), e viu o estadunidense Anton Cook anotar sete pontos de dez tentados no período. O Pinheiros seguiu errático, errou todos os quatro arremessos de três tentados no terceiro quarto e não encontrou respostas para o cestinha de Campo Mourão. No fim, vitória dos paranaenses por 20 a 12 na parcial e quase 20 pontos de diferença no placar geral: Campo Mourão 58 x 39 Pinheiros.

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Nos últimos 10 minutos, o Pinheiros surpreendeu. A bola de três pontos, até então um problema da equipe na partida, finalmente caiu. Com seis certas em dez tentadas, o time paulista teve mais volume no último período e viu a dupla Gabriel/Jonas Buffatt liderar a pontuação com 16 pontos somados. Por Campo Mourão, Cook anotou mais oito pontos, Lucas Magna mais cinco, e apesar da vitória pinheirense por 27 a 21 na parcial, o resultado final não se alterou.

Ao soar do apito final, vitória dos paranaenses de Campo Mourão por 79 a 66. Destaque para os 20 pontos e sete rebotes do norte-americano Anton Cook. Pelo Pinheiros, Humberto liderou os marcadores com dez pontos.

 

(2-5) Pato Basquete 71 x 80 São Paulo (5-1)

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https://www.youtube.com/watch?v=vMIUzzYUak0&ab_channel=NBB

Em casa. no Ginásio do Morumbi, o São Paulo tentava a segunda vitória seguida no NBB e recebeu a equipe do Pato Basquete, então com duas vitórias na competição. Nos primeiros minutos de jogo, o São Paulo chegou a abrir uma corrida de 7 a 4 no placar, mas o Pato reagiu e chegou a empatar faltando dois minutos no relógio. O time comandado por Cláudio Mortari teve muito mais volume ofensivo, mas forçou os arremessos de três pontos (3/10- 30%), e ainda cometeu cinco erros na primeira parcial. Já a equipe paranaense emplacou uma ótima defesa, limitou os mandantes a 39% de aproveitamento no período e equilibrou as forças no placar. No fim, vitória tricolor por 17 a 16.

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Para o segundo período, o São Paulo manteve a partida em alta voltagem, com um ataque muito veloz e ainda abusando das bolas de três pontos. O baixo aproveitamento no primeiro quarto não se repetiu. O tricolor paulista converteu seis de oito arremessos tentados do perímetro e levou a segunda parcial com menos dificuldades. Pela equipe de Pato, o ala Gabriel liderou o marcador com 6 pontos, teve a ajuda de mais cinco do estadunidense Isaac Thornton, porém, não foi o suficiente para a vitória paranaense no fim do período. Georginho anotou oito pontos de dez tentados no período, Lucas Mariano mais cinco, e no intervalo, o São Paulo abria vantagem no placar geral: Pato 36 x 44 São Paulo.

Na volta das equipes para o terceiro quarto, as defesas tiveram papel fundamental para a manutenção do equilíbrio, principalmente o setor defensivo da equipe visitante. O time comandado por Dedé Barbosa diminuiu o volume tricolor no ataque, limitou os adversários a 35% de aproveitamento nos arremessos de quadra e a apenas 14 pontos feitos de 40 tentados no período. Thornton foi o destaque da equipe de Pato Branco e liderou o ataque anotando 6 pontos. Pelo São Paulo, a dupla Cordero Bennett/Lucas Mariano somou para 12 pontos, mas que não foram o suficiente para o triunfo da equipe na parcial. No fim, vitória de Pato por 19 a 14 e a vantagem que chegou a ser de 11 pontos para o São Paulo, caiu para apenas 3, com dez minutos ainda a serem jogados: Pato 55 x São Paulo 58.

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Para os últimos 10 minutos, Georginho, o atual MVP do NBB, resolveu chamar a responsabilidade. O camisa 14 do tricolor paulista foi agressivo, partiu para cima dos adversários invadindo o garrafão e colocou a bola embaixo do braço para decidir. O armador anotou 12 pontos de 17 tentados na parcial e freou a reação dos paranaenses na partida. Thornton ainda anotou sete pontos para a equipe de Pato, mas no fim, a vitória tricolor por 22 a 16 no último quarto já tinha definido resultado do placar geral.

Ao soar do apito final, o São Paulo vence o Pato por 80 a 71 e conquista a segunda vitória consecutiva no NBB. Georginho, com um duplo-duplo de 27 pontos (maior marca da carreira), e 13 rebotes, foi o destaque da partida. Pela equipe de Pato Branco, Isaac Thornton liderou os marcadores ao anotar 22 pontos.

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(5-0) Bauru  82 x 67 Corinthians (3-4)

https://www.youtube.com/watch?v=VvKcOy59oJI&ab_channel=NBB

Na última partida deste sábado recheado de Novo Basquete Brasil (NBB), o invicto Bauru enfrentou, também no Ginásio do Morumbi, o irregular Corinthians. Com um ótimo desempenho coletivo, o time bauruense sagrou-se vencedor do duelo pelo placar de 82 a 67. O alvinegro até tentou reagir em certos momentos do confronto, mas viu o adversário ser superior em todos os períodos do jogo. Além do triunfo, o Dragão tira como saldo positivo a consistência nos arremessos, consolidando um bom aproveitamento ao longo da vitória.

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Mesmo sem o ala Gui Deodato, desfalque importante para o embate, Bauru veio a quadra com uma boa postura defensiva e ofensiva. Apesar do empate na parcial do primeiro quarto, muito por conta de um ataque ainda frio neste período, os comandados de Léo Figueiró forçaram cinco erros do adversário. No decorrer da partida, o conjunto bauruense elevou o aproveitamento e o ataque finalmente funcionou. A efetividade ofensiva, somada a uma consistente e ótima defesa, deram a Bauru uma grande tranquilidade em grande parte do duelo e a equipe venceu todos os quartos subsequentes ao inicial. No geral, o Dragão teve um desempenho sólido, sem muitos erros e com atuações individuais animadoras. O aproveitamento foi de 46.2% no perímetro e 46.9 nas bolas de dois pontos, além de 18 assistências nos 40 minutos. Coletivamente, quatro jogadores ultrapassaram a marca de dez pontos: Alex Garcia (22 pontos), Alexey (16 pontos, sete rebotes e sete assistências), Tyrone (15 pontos) e Dikembe (11 pontos).

Muito devido as ausências de Zoom Fuller e Arthur Bernardi, que ficaram de fora da partida deste sábado por conta de lesão, e também pela curta utilização do armador Ricardo Fischer, que não treinou durante a semana, o Corinthians fez uma atuação abaixo do esperado, sobretudo ofensivamente. Bauru obviamente é um adversário amplamente cascudo e difícil de se enfrentar, principalmente quando seu time está desfalcado. O alvinegro até fez frente aos bauruenses no primeiro período, mas não conseguiu manter o ritmo e seguir na mesma intensidade do Dragão. Dito isso, a equipe do Parque São Jorge até fez um jogo consideravelmente razoável levando em conta todo o contexto do confronto. O aproveitamento, essencialmente no perímetro, não foi dos melhores, porém o clube corinthiano teve bons momentos ao longo do embate e não foi totalmente dominado pelos interioranos. O coletivo chegou a funcionar em certos momentos, porém claramente não foi o suficiente para vencer ou até mesmo buscar diminuir a vantagem. Todavia, Lucas Siewert (16 pontos e 10 rebotes), Renato Carbonari (14 pontos), Ricardo Fischer (dez pontos) e Lucas Vezaro (dez pontos) se destacaram.

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Classificação

1- Flamengo: sete vitórias
2- Bauru e Paulistano: cinco vitórias
4- Minas: seis vitórias e uma derrota
5- São Paulo: cinco vitórias e uma derrota
6- Franca: cinco vitórias e duas derrotas
7- Fortaleza Basquete Cearense: quatro vitórias e três derrotas
8- Unifacisa e Corinthians: três vitórias e quatro derrotas
10- Mogi: duas vitórias e quatro derrotas
11- Pato Basquete e Campo Mourão: duas vitórias e cinco derrotas
13- Caxias do Sul Basquete: uma vitória e cinco derrotas
14- Cerrado e Brasília: uma vitória e seis derrotas
16- Pinheiros: seis derrotas

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Jogos da semana

06/12 (domingo): Fortaleza Basquete Cearense x Brasília (11h30), Minas x Cerrado Basquete (14h30), Caxias do Sul x Unifacisa (17h30)

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