Fonte: Jasey Bradwell / AFPLance Stephenson teve uma trajetória marcante na NBA atuando pelo Indiana Pacers. O seu estilo falastrão e polêmico acumulou fãs entre os torcedores e, ao mesmo tempo, desafetos dentro de quadra. Mas, para quem acha que isso já era história, tenha calma. O ala-armador de 33 anos está ativo na G League e, assim, espera trilhar o caminho de retorno à liga. Ele quer uma nova oportunidade.
“A minha mentalidade quando cheguei à G League, antes de tudo, era ajudar os jovens a melhorarem. Queria mostrar-lhes tudo o que aprendi enquanto um veterano. Tentar ensinar o jogo o mais rápido que pudesse a eles. Mas o meu objetivo mesmo é provar que estou de volta e pronto aos times da NBA. Jogando duro e para vencer”, contou o atleta, em entrevista ao site HoopsHype.
Stephenson não atua na NBA desde abril de 2022. Ele teve uma atuação elogiada pelo Pacers na época, mas não fazia parte dos planos de uma equipe que partia para uma reestruturação no elenco. Agora na G League, o jogador volta a surpreender de forma positiva com as suas atuações. No entanto, ele avisa que pode ser útil muito além do rendimento dentro das quatro linhas.
“Para começar, eu posso trazer senso de liderança. Ajudar os jogadores mais jovens a desenvolverem um pensamento vencedor e ter orgulho em defender. Afinal, vejo que muitas equipes precisam de ajudar na defesa – em particular, nos playoffs. Os atletas ‘durões’ podem vencer jogos na defesa. E, certamente, eu posso trazer essa postura para times”, garantiu o veterano.
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Mais veteranos
Stephenson sente entrar na reta final da carreira, mas faz uma ótima temporada na G League. Aliás, de forma até surpreendente. Ganhou a titularidade do Wolves e, em 18 jogos, registra médias de 15,0 pontos, 7,6 rebotes e 5,2 assistências. No entanto, ele sabe que voltar à NBA com a sua idade é difícil por causa do rejuvenescimento dos elencos da liga. Um processo que entende, mas acha equivocado.
“Nós deveríamos ter mais veteranos na liga, sem dúvidas. Eu era meio ‘esquentadinho’ quando cheguei à NBA, pois sempre fui bajulado na vida. E foram os mais experientes do elenco que acalmaram. Você precisa dessa orientação se quiser ter longevidade na liga. Todos querem jogar por muitos anos, então ter veteranos que sirvam como um exemplo ajuda muito os jovens”, defendeu o ala-armador.
Um exemplo desse tipo de “mentor profissional” era, até poucos meses, Udonis Haslem no Miami Heat. “Eu sei que existem vários jovens jogadores talentosos e que merecem estar na NBA. Mas sinto que eles precisam de um veterano que possa liderá-los, ajudá-los e guiá-los como novatos. Pois essa transição não é simples. Podemos ser bem valiosos”, reforçou.
Favorito
Apesar dos desafetos ao redor da NBA, Lance Stephenson era o tipo de jogador que a torcida do Pacers adorava. Era daqueles, para resumir, que se adora no próprio time e odeia quando está em um adversário. Mas, hoje, quem é o cara que faz o ala-armador ligar a televisão para assistir a um jogo. Um dos principais jovens talentos da liga é o seu “queridinho” no momento.
“O meu jogador favorito da atualidade é Anthony Edwards, pois lembra a mim mesmo com um passe livre. Adoro vê-lo jogar porque é um cara provocador que joga duro. Dá para ver que quer vencer todos os jogos em que entra. Ele se parece comigo, então sei que é um competidor de elite. Por isso, gosto muito desse garoto”, finalizou o (por enquanto) atleta do Iowa Wolves.
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