Fonte: Adam Pantozzi / AFPJordan Poole chegou ao Washington Wizards gerando expectativa em torcida, técnico e executivos da franquia. Mas, dentro de quadra, o ala-armador revelou-se uma grande decepção até agora. O rendimento está bem abaixo do esperado e, com isso, ele até já perdeu a titularidade do time. No entanto, o treinador Brian Keefe garante que isso não é reflexo de sua confiança no jovem atleta.
“Eu acredito demais em Jordan, antes de tudo. Ele é um ótimo representante para nossa franquia porque é um bom jogador de basquete e profissional. Realmente se importa em refinar a sua técnica, pois é o primeiro atleta a chegar a todos os treinos. Já acompanhei vários jogadores e esse garoto é um dos mais dedicados. É um exemplo para todos aqui, em síntese”, exaltou o comandante da equipe.
É verdade que Keefe e Poole ainda estão “acertando os ponteiros” entre si. Afinal, trata-se de um início de trabalho. O técnico assumiu o comando do Wizards há pouco tempo, depois do afastamento de Wes Unseld Jr. Uma de suas decisões foi escalá-lo no quinteto inicial ao lado de Tyus Jones, mas não deu certo. Ao reavaliar a situação, ele apostou que o papel de sexto jogador estaria mais alinhado com o pontuador.
“Quero que Jordan, em primeiro lugar, seja si mesmo. Foi a minha mensagem assim que assumi o cargo. Por isso, desejo vê-lo em modo de ataque sempre que estiver dentro de quadra. Então, sair do banco de reservas é mais uma chance para que jogue desse jeito. Jogando assim, ele pode ter um enorme significado para o nosso time”, projetou o treinador interino do Wizards.
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Reação exemplar
Keefe nunca esperou que Poole aceitasse ser reserva de forma passiva. Afinal, estamos falando daquele que deveria ser uma das referências do elenco. Aliás, nenhum jogador gosta de um “rebaixamento” em suas funções. Ficou bem surpreso, no entanto, com a maturidade do comandado diante da decisão controversa. A reação do arremessador, em particular, foi exemplar.
“Eu sei que isso não é exatamente o que Jordan esperava ou queria nesse momento. No entanto, ele lida com tudo de uma forma bem profissional. É um cara muito trabalhador, acima de tudo. Mais do que isso, ele comprou a nossa ideia de time e basquete desde o primeiro dia aqui”, reconheceu o técnico.
Nessa quinta-feira, Poole saiu do banco e marcou 34 pontos durante a derrota contra o Los Angeles Lakers. Distribuiu, além disso, sete assistências. Para Keefe, esse tipo de atuação é um sinal na trilha certa. “Jordan vai seguir trabalhando e, com isso, acho que vai abrir várias oportunidades para si. Quero utilizá-lo com a bola nas mãos cada vez mais, então esse é o seu caminho na rotação”, concluiu.
Discordância
Apesar da reação elogiada, Jordan Poole não esconde do técnico do Wizards ou qualquer outra pessoa que discorda do seu status atual. Ele não está feliz ou satisfeito em sair do banco de reservas. Não acredita, em particular, que precise ser suplente para ter a bola nas mãos. Mas entende e respeita a hierarquia do time. Mais do que isso, não deixa que isso faça-o questionar o próprio potencial.
“Acho que poderíamos colocar a bola em minhas mãos mais vezes sem colocar-me no banco. Deixei isso claro, aliás, para todos aqui. Mas eu sei o quanto e como trabalho. Tenho consciência, além disso, do nível de basquete que já enfrentei e sou capaz de apresentar. Nunca esqueço isso, pois tenho forte fé em minha capacidade enquanto jogador”, finalizou o campeão da NBA com o Golden State Warriors.
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