A conturbada temporada do Memphis Grizzlies terminou em decepção na semana passada. O time tinha vantagem de mando de quadra, mas perdeu a série contra o Los Angeles Lakers em seis jogos. A eliminação precoce, em síntese, foi o fim de uma campanha em que distrações se sobrepuseram ao jogo. Para o técnico Taylor Jenkins, a derrota nos playoffs exige a mudança de comportamento do Grizzlies.
“Eu acho que estamos longe do patamar em que deveríamos, do ponto de vista de maturidade. Tudo o que nós vivemos serve de experiência e, por isso, só temos a ganhar com tudo isso. Nada vai mudar do dia para a noite. Quando entramos em quadra, no entanto, precisamos entender que as dificuldades vão estar à espera”, avaliou o jovem treinador, em entrevista ao site The Athletic.
A questão da maturidade da equipe ficou evidenciada, em particular, na conduta de Dillon Brooks. Ele foi bastante criticado durante a pós-temporada, a princípio, por chamar o craque LeBron James de “velho”. Mas, hostilizado pela torcida angelina e com más atuações, só falou com a imprensa após vitórias do Grizzlies. Tornou-se o símbolo de um time que falou muito, mas fez pouco.
“Uma temporada é cheia de adversidades individuais e coletivas. Existem possíveis tropeços dentro e fora de quadra, por exemplo, aguardando a cada dia. Devemos, então, conversar abertamente sobre tudo isso para enfrentá-los de frente. Vamos mostrar, com sorte, a capacidade de recuperação e aprendizado”, afirmou Jenkins, cobrando um crescimento dos seus comandados.
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Ja Morant
Além de Brooks, Ja Morant também esteve nos holofotes por causa da eliminação de Memphis. O armador teve uma postura muito menos criticada do que o colega, mas cometeu vários erros no caminho. Ele chegou a ser suspenso pela NBA, por exemplo, por aparecer nas redes sociais com uma arma. Após a derrota, o jovem astro admitiu que comprometeu a temporada da equipe.
“Eu preciso ser melhor, antes de tudo, em termos de tomada de decisões. Isso é a questão mais importante. A verdade é que os meus problemas longe das quadras, certamente, afetaram a organização de maneira decisiva nos últimos tempos. Eu simplesmente devo ser mais disciplinado, então, para contribuir com o meu time”, reconheceu o jogador de 23 anos.
Morant entende que o seu desempenho em quadra na temporada poderia ter sido melhor, no fim das contas. Mas a sua maior mudança precisa estar no dia-a-dia. “Acho que o meu aprendizado com essa campanha está mais fora do que dentro das quatro linhas. Eu desejo ser um líder para essa equipe, mas tenho que compreender que isso começa por mim mesmo”, resumiu.
Cultura
Taylor Jenkins e o Grizzlies pode não ter alcançado grandes resultados nos playoffs, mas eram elogiados pela cultura que criavam. Era um jovem elenco com bastante disposição em quadra, que força erros e acelera a partir deles. Ao mesmo tempo, de jovens talentos cuja simpatia perdeu-se nos últimos tempos. Para o treinador, momentos de decepção como o atual são decisivos nos rumos do projeto.
“Acho que temos uma ótima cultura, mas ela vai ser testada. Sempre há momentos que vão provar o quão forte você é ou unido é o seu elenco. Você tem, realmente, a disciplina e resiliência necessárias? Então, vai entender se está construindo algo forte o bastante para conquistar um título. Não acontece rápido, não é uma linha reta, mas esse é o objetivo”, concluiu o técnico.
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