A condição de mulheres competirem contra homens no esporte profissional é um debate antigo em nossa sociedade. E essa discussão só cresce enquanto a luta pela igualdade de gêneros ganha força no dia a dia. Mas, no basquete, não espere o “protecionismo” masculino típico quando essa questão vem à tona. Dwyane Wade, por exemplo, crava que uma jogadora da WNBA poderia vencer vários atletas da NBA um contra um.
“Uma coisa que as pessoas não sabem sobre jogadores da NBA é que muitos deles não são tão inteligentes. Muitas vezes, estão em quadra porque cumprem só uma ou duas funções. Eles são atléticos e, por isso, são pagos para serem muito atléticos. Mas A’ja Wilson é inteligente. Ela sabe jogar basquete como poucas pessoas no mundo. Então, certamente, poderia vencer vários caras”, argumentou a lenda do Miami Heat.
A superioridade dos homens nos esportes profissionais, a princípio, se baseia em uma mera questão físico-atlética. Eles costumam ser mais fortes, rápidos e atléticos do que as mulheres por uma condição natural. E mais nenhum recurso aponta nesse sentido. Por isso, Wade crê que Wilson tem uma vantagem maior na comparação com vários atletas da NBA: o conhecimento do jogo.
“Há vários jogadores da NBA que não recebem treinamento de verdade. Afinal, tudo o que o treinador precisa deles é que entrem em quadra e sejam atléticos. Ou seja, eles não sabem jogar além de fazer pick-and-rolls. Competir contra alguém como A’ja, que conhece basquete e tem um trabalho de pernas incrível, vai expor essa limitação. Pois pular mais alto do que ela não vai servir de nada”, completou o ex-jogador.
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Próximas gerações
Dwyane Wade, certamente, pode falar sobre a NBA e a WNBA com conhecimento de causa. Ele foi um jogador da primeira, antes de tudo. Mas, agora, o craque é um dos donos minoritários do Chicago Sky. Virou alguém que, apesar de sua condição como empresário, fala em favor de maiores salários e melhores condições na liga feminina. Para o ex-ala-armador, a postura das jogadoras merece enorme respeito.
“Nós estamos em um momento em que podemos ver a WNBA crescer diante dos nossos olhos. Não é algo que nós vivemos, por exemplo, com a NBA. Quando chegamos, a liga já havia sido consolidada pela luta dos mais antigos. As mulheres, então, estão lutando para que tudo seja melhor para as próximas gerações do basquete feminino”, apoiou o membro do Hall da Fama.
Wade respeita a posição das jogadoras atuais, acima de tudo, porque vê uma luta por algo maior do que elas próprias. “As jogadoras de hoje estão falando sobre si mesmas, claro. Mas sabem que não vão ter a chance de experimentar o que a liga será com as mudanças pelas quais militam hoje. É um exercício de altruísmo, em síntese, por quem está por vir”, explicou.
Fora de quadra
Wade sempre teve uma vida agitada depois da aposentadoria do basquete. Ele tornou-se um empresário em vários ramos assim que deixou as quadras. Mas, agora, ele está de volta ao esporte. Além de ser dono do Sky, ele também é um dos donos minoritários do Utah Jazz. E prepara-se para ser comentarista em tempo integral do Amazon Prime Video na próxima temporada.
“Quando se aposenta, você deixa de ser parte de um time. Não está mais no vestiário e convivendo com um grupo, por exemplo. Então, vai ser bom voltar a ser parte de uma equipe. Além disso, eu gosto de trazer conhecimento sobre o jogo para os ouvintes e dar uma nova perspectiva a respeito do que veem em quadra”, celebrou o craque.
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