Draft 2023: As necessidades do Indiana Pacers

O Jumper Brasil dá prosseguimento à série diária “Draft 2023: As necessidades de cada time”, desta vez com o Indiana Pacers. Afinal, a equipe de Indianápolis terá direito a fazer a sétima escolha no recrutamento deste ano.

Em 2022/23, o Pacers fez a sétima pior campanha da temporada, com 35 vitórias e 47 derrotas. Dessa forma, a equipe ficou de fora dos playoffs pelo terceiro ano seguido.

No entanto, o time de Indiana não espera demorar a ser competitivo novamente. Para isso, terá espaço na folha salarial (pelo menos US$27 milhões) para se reforçar na agência livre. Além disso, tem boas moedas de troca, como Buddy Hield e Myles Turner.

Já no Draft 2023, o Indiana Pacers terá três escolhas de primeira rodada e outras duas de segunda. Assim, com tanta pick, é provável que a franquia negocie algumas dessas escolhas.

Draft 2023: As necessidades do Indiana Pacers

Elenco para a próxima temporada (12 atletas com contratos garantidos)

PG: Tyrese Haliburton (23 anos, expirante de US$5,8 milhões) / TJ McConnell (31 anos, US$8,7 milhões) / Andrew Nembhard (23 anos, US$2,1 milhões)
SG: Bennedict Mathurin (21 anos, US$6,9 milhões) / Chris Duarte (26 anos, US$4,1 milhões)
SF: Buddy Hield (30 anos, expirante de US$19,3 milhões) / Aaron Nesmith (23 anos, expirante de US$5,6 milhões)
PF: Jalen Smith (23 anos, US$5 milhões) / Jordan Nwora (24 anos, expirante de US$3 milhões)
C: Myles Turner (27 anos, US$21 milhões) / Isaiah Jackson (21 anos, US$2,7 milhões) / Daniel Theis (31 anos, US$9,1 milhões)

Média de idade: 25,2 anos
Folha salarial: US$93,3 milhões
Agentes livres: George Hill (PG/SG, 37 anos, irrestrito) / Oshae Brissett (SF/PF, 25 anos, irrestrito) / James Johnson (PF, 36 anos, irrestrito) / Kendall Brown (SG/SF, 20 anos, restrito) / Gabe York (SG, 29 anos, restrito)
Exceções salariais: room exception (para times que estão abaixo do teto salarial, no valor de US$7,6 milhões)

Posições carentes: PF, SF, SG

Necessidades da equipe

Fechar uma extensão salarial prévia com Tyrese Haliburton. Afinal, o jovem armador é o melhor jogador do time. Ou seja, o franchise player. Em 2022/23, aliás, Haliburton foi All-Star pela primeira vez na carreira. Além disso, ele se tornou o primeiro atleta na história da NBA a ter médias de pelo menos 20 pontos, dez assistências e um aproveitamento superior a 40% nas bolas de três. Nesta offseason, o armador está elegível para uma extensão máxima de US$204 milhões por cinco temporadas. Assim, se tornaria o jogador mais bem pago da história do Pacers.
Um ala-pivô confiável. Na última temporada, o Pacers escalou sete atletas diferentes na posição 4. Nenhum deles, no entanto, conseguiu se firmar no time. Combinados, os sete jogadores tiveram o terceiro pior aproveitamento nos arremessos de quadra da liga (43%).
Bons defensores. Afinal, em 2022/23, o Pacers teve a quinta pior eficiência defensiva da NBA (117,1 pontos sofridos por 100 posses de bola). Além disso, foi o sexto pior na defesa do perímetro ao permitir que os adversários convertessem 37,3% das bolas de três pontos.

Escolhas no Draft 2023: 7, 26, 29, 32 e 55

Prospectos mais indicados

* Pick 7

Jarace Walker (PF, Houston, freshman, 19 anos). Walker tem todas as ferramentas para se tornar um defensor de elite na NBA. Afinal, ele é um dos melhores e mais versáteis defensores da classe. Além disso, seu elevado QI de basquete e capacidade como passador (excelente no short roll) também o fazem um jogador útil no ataque. Ou seja, mostra versatilidade nos dois lados da quadra. Por fim, Walker mostra evolução como arremessador, seja na cabeça do garrafão ou espaçando a quadra com bolas de três (catch-and-shoot).

Anthony Black (PG/SG, Arkansas, freshman, 19 anos). Black é um guard de mais de dois metros de altura, detalhe que já chama a atenção. Além disso, é um ótimo e versátil defensor (antecipa linhas de passes com instintos e inteligência apurados, marca as três posições do perímetro). No ataque, Black é agressivo no ataque à cesta e se destaca por quebrar as defesas e invadir o garrafão com naturalidade. Aliás, ele não foge do jogo de contato. Como criador, possui uma leitura de jogo avançada, controla o ritmo em quadra e exibe uma ótima tomada de decisão nos pick-and-rolls.

Ausar Thompson (SG/SF, Overtime Elite, 20 anos). Versátil, Ausar se destaca pelos atributos físico-atléticos de elite e capacidade defensiva (marca 1-4). Toma ótimas decisões com a bola em quadra aberta (Indiana joga num pace alto), mas também preenche linhas de passe e oferece espaçamento vertical. Além disso, faz leituras rápidas e precisas em pick-and-rolls, portanto com potencial para ser um ótimo criador secundário. Por fim, se continuar evoluindo como arremessador, tem tudo para ser muito bom na NBA.

Taylor Hendricks (PF, UCF, freshman, 19 anos). Hendricks é um ala-pivô que possui qualidade nos dois lados da quadra. Foi o único atleta do College a converter pelo menos 60 bolas de três, dar 55 ou mais tocos e cravar 35 ou mais enterradas, em 2022/23. Portanto, não é exagero afirmar que se trata do melhor 3-and-D da classe. Dessa forma, Hendricks é um jogador de fácil encaixe em qualquer time da NBA. Afinal, é capaz de contribuir tanto na defesa quanto no ataque, e não precisa da bolas nas mãos para ser útil. Além disso, a liga privilegia o espaçamento de quadra, o que, inclusive, vai facilitar a vida de Hendricks.

* Picks 26 e 29

Colby Jones (SG/SF, Xavier, junior, 20 anos). Jones é um ala que possui um elevado QI de basquete nos dois lados da quadra. Além disso, é um ótimo criador para os companheiros, evoluiu como arremessador do perímetro (quase 38% de aproveitamento) e mostra versatilidade defensiva. Portanto, um protótipo de role player que cairia bem em qualquer equipe da NBA.

Ben Sheppard (SG, SF, Belmont, senior, 21 anos). Sheppard é um ótimo arremessador (letal no catch-and-shoot), mas que também se destaca nos cortes em direção à cesta. Além disso, tem entendimento avançado do jogo e consegue criar para os companheiros (facilidade no pick-and-roll). Na defesa, ele entrega muita energia e disciplina, com destaque para a antecipação nas linhas de passe. Enfim, trata-se de um potencial 3-and-D na NBA.

Dariq Whitehead (SF, Duke, freshman, 18 anos). Apesar da lesão no pé direito que o limitou em Duke, Whitehead oferece um enorme upside nos dois lados da quadra. Um dos prospectos mais jovens da classe, o ala chama a atenção pelos atributos físico-atléticos de elite. Além disso, já se mostrou um ótimo arremessador do perímetro (aproveitamento de quase 43%) e um sólido defensor. Portanto, um protótipo de 3-and-D, tão em alta na NBA. Por fim, Whitehead é um talento a ser lapidado. Ou seja, um projeto de médio e longo prazo.

Olivier Maxence-Prosper (SF/PF, Marquette, junior, 20 anos). O canadense, acima de tudo, chama a atenção pelos atributos físicos-atléticos. Forte, explosivo, ágil, dono de braços longos. Dessa forma, Maxence-Prosper é um defensor versátil. Afinal, tem força física para bater de frente com bigs e agilidade suficiente para marcar alas mais baixos e velozes. Além disso, é um arremessador em franca evolução nas situações de catch-and-shoot.

Andre Jackson (SG/SF, UConn, junior, 21 anos). Peça fundamental para o título universitário da UConn, Jackson de destaca pela versatilidade defensiva e por ser altruísta em quadra. Afinal, ele consegue marcar todas as posições do perímetro e é um passador criativo. Ou seja, um playmaker que é um defensor acima da média. Portanto, seria uma boa adição ao jovem elenco do Spurs, carente de bons defensores e de mentalidade vencedora.

* Picks 32

Julian Strawther (SG/SF, Gonzaga, junior, 21 anos). Strawther é um dos melhores arremessadores da classe (aproveitamento de quase 41% do perímetro). Dessa forma, seria um achado do time de Indiana na segunda rodada.

Kobe Brown (PF, Missouri, senior, 23 anos). Brown é um ala-pivô que tem um QI elevado de basquete e consegue criar para os companheiros. Ou seja, algo não muito comum para um jogador do seu tamanho. Além disso, chama a atenção pela versatilidade, tanto defensiva (força física para marcar pivôs e agilidade para conter alas menores e velozes) quanto ofensiva (jogo apurado de costas para a cesta, consegue espaçar a quadra com arremessos do perímetro). Aliás, considero Brown um dos prospectos mais subestimados da classe. Enfim, ele faz de tudo um pouco em quadra e chega pronto para contribuir na NBA.

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