O início da primeira temporada de Deandre Ayton pelo Portland Trail Blazers foi uma decepção. O jovem pivô chegou à franquia com a promessa de maior espaço e chance de ser dominante, mas teve uma coleção de atuações muito apagadas. Mas, afinal, o que deu errado no começo de sua campanha? Entre outros fatores, ele aponta uma explicação inusitada para isso: um improvisado colchão de ar.
“O meu corpo não estava equilibrado antes. Além disso, as pessoas esquecem que cada um é diferente. Tinha todo dinheiro do mundo e, ao mesmo tempo, sofri com questões que o dinheiro simplesmente não paga. Não tive uma noite de sono decente por algum tempo, pois dormia em um colchão de ar quando me mudei. Precisava ajeitar isso”, contou o jogador, em entrevista ao jornal The Oregonian.
A questão física, de fato, foi um problema para Ayton nessa temporada. Ele foi desfalque em 22 de 68 jogos da campanha por causa de vários problemas diferentes. Ainda assim, creditar várias atuações anêmicas e lesões a só um desconforto no sono pode parecer simplista demais. O jogador teve mais dificuldades intangíveis, mas sabe admitir que a franquia deu suporte para superar o primeiro momento.
“O apoio de todos, certamente, era tudo o que poderia pedir para facilitar essa transição em minha carreira. Por isso, sinto que até me adaptei rápido. Mas as adversidades são boas porque nos lembram que somos seres humanos, com problemas comuns a todos. São questões que pesam quando se chega a uma nova cidade, por exemplo, com colegas de elenco novos”, refletiu o talentoso pivô.
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Esforço máximo
Para Ayton, a chegada ao Blazers também representava a chance de um recomeço na carreira. O jogador foi selecionado pelo Phoenix Suns na primeira escolha do draft de 2018, mas nunca caiu nas graças do torcedor. Ser escolhido à frente de Luka Doncic, por exemplo, não ajudou. Mas o seu esforço e paixão em quadra, acima de tudo, eram alvos de questionamento. Ele quer mudar essa imagem em Portland.
“Eu quero que as pessoas acreditem que, não importa a situação, tentarei fazer o meu melhor para vencermos. Essa é a minha prioridade, antes de tudo. Não me importa se for com pontos, rebotes, tocos, movimentando-se sem a bola ou só torcendo do banco. Aliás, não me importa ter volume ofensivo. Estou tentando mostrar, afinal, que posso fazer mais do que pontuar”, afirmou o atleta de 25 anos.
Ayton deixa claro que, em sua “versão Blazers”, entrega nunca vai ser algo negociável. Como resultado, espera ditar o nascimento de uma cultura no jovem time do Oregon. “Sempre tento jogar com alta energia e, assim, não deixar que ninguém se desanime. Não importa o que aconteça em quadra, você vai me ver se esforçar ao máximo”, garantiu.
Liderança
Mas o início de temporada ruim de Deandre Ayton no Blazers parece que já ficou para trás. O seu desempenho depois do Jogo das Estrelas, em estatísticas, emparelha com alguns dos melhores pivôs da liga. Ele registra médias de 24,6 pontos e 14,3 rebotes, enquanto converte mais de 64% de arremessos de quadra. Esse é o caminho que trilha para tornar-se não só uma referência, mas um líder para o jovem elenco de Portland.
“Nós temos uma equipe jovem, então enfrentar bons times e as derrotas no processo podem desanimar. Afinal, esse é um jogo de emoções também. Mas basta um atleta jogar duro e com paixão que todos vão ser contagiados. Para resumir, quero e tento ser esse cara. Definitivamente, sei que preciso ser o líder e dar o exemplo nesse cenário”, finalizou o ex-jogador da Universidade de Arizona.
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