Fonte: Reprodução / XDe’Aaron Fox era o principal jogador do Sacramento Kings antes de ser companheiro de Victor Wembanyama no San Antonio Spurs. Foi uma troca de equipe, aliás, que o astro quis e trabalhou nos bastidores para “forçar”. Para muitas pessoas, isso significou uma mudança de status: ele aceitou passar de uma referência para o papel de “escudeiro”. Mas o armador garante que foi uma alteração consciente que o deixou bem feliz.
“Nós estamos falando de Victor Wembanyama, antes de tudo. O jovem pode ser um dos melhores jogadores de todos os tempos, pois o seu talento é incrível. Mas ele não vai chegar ao topo sem suporte. Não dá para virar a sua melhor versão sozinho. Além disso, eu acho que todos os grandes jogadores atuaram com outros grandes. É assim que vejo a minha função”, explicou o veterano, em entrevista ao site The Athletic.
Há pouco material, por enquanto, para se avaliar a parceria de De’Aaron Fox com o francês. Afinal, com várias lesões de ambos, eles só conseguiram atuar juntos nove vezes. O Spurs venceu quatro desses duelos, enquanto os dois somaram mais de 45 pontos em média. O armador ainda vai ter números altos, mas está ciente de que o propósito é fazer parte do coletivo para impulsionar o pivô.
“Victor é um jogador monstruoso, mas, acima de tudo, somos um time. Por isso, sinto que o nosso trabalho é jogarmos juntos para ajudá-lo. Confiamos muito que esse cara vai ser um dos melhores que já pisaram em uma quadra de basquete. A gente, então, quer trabalhar para que vençamos muitos jogos e ele alcance o potencial máximo”, resumiu o titular texano.
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Agregador
Fox iniciou a temporada lesionado e, por isso, só entrou em quadra a partir do início de novembro. Por enquanto, ele está correspondendo as expectativas. O armador não só registra boas médias, mas também assumiu um maior volume na ausência de Wembanyama. Apesar de exaltar o desempenho do armador, o técnico Mitch Johnson não vê isso como a sua maior virtude no Spurs.
“De’Aaron, antes de tudo, quis estar aqui. Mostrou um nível de vontade e compromisso necessário para que isso se realizasse. Ele sabe que Victor é o grande nome da nossa organização, mas está tão confortável quanto qualquer atleta em nosso elenco com a situação. Ele é o tipo de exemplo que empodera o técnico a cobrar responsabilidade, pois todos devem pensar em agregar”, elogiou o treinador.
Johnson, mais do que isso, vê a decisão de Fox como uma mostra de espírito coletivo. Ele decidiu no individual por ambições maiores. “O fato dele já ter sido o líder de um time e querer estar aqui dita a postura do elenco como um todo. Se De’Aaron está disposto a isso, depois do status que já teve, todos também devem estar”, completou.
Obstáculo
De’Aaron Fox, certamente, pode potencializar Victor Wembanyama com a sua velocidade e capacidade de armação. Mas muitos torcedores não gostariam de tê-lo no elenco. Eles o veem, afinal, como um “obstáculo” para o crescimento de Dylan Harper e Stephon Castle. No entanto, o GM Brian Wright tem uma visão diferente. Ele aposta que os três atletas de armação podem atuar juntos em diferentes combinações.
“As posições já não importam tanto quanto antes. Os tempos mudaram e o jogo mudou. Por isso, hoje, você tem que pensar em como combinar recursos ofensivos. Ter vários jogadores que podem conduzir a bola, iniciar o ataque e criar situações para a equipe. Pois aí está a real vantagem. Eu acho que temos talentos para fazer isso todas as noites”, explicou o executivo.
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