Sem Ja Morant na última temporada, o Memphis Grizzlies abraçou o tank e venceu apenas 27 jogos na NBA. A equipe, que havia chegado a pelo menos 50 vitórias nos dois anos anteriores, era irreconhecível. Afinal, além de Morant, Brandon Clarke também perdeu praticamente toda a temporada, assim como Desmond Bane, que jogou 42 partidas.
Este ano, entretanto, a equipe parece ter dado a volta por cima. O “passo para trás” em 2023/24 possibilitou a equipe selecionar Zach Edey no Draft, com a nona escolha. Além disso, Jaylen Wells, escolha de segunda rodada, também veio para solidificar a rotação de Memphis, que está em terceiro lugar na conferência Oeste.
O time tem o quinto melhor ataque da NBA, além da sétima melhor defesa. É um dos poucos times que aparece no top-10 em ambas as categorias, e isso diz muito sobre o basquete praticado por Memphis até aqui. Afinal, em anos anteriores, o Grizzlies até era um dos melhores times defensivos, mas não era tão bom assim no ataque.
A evolução do Grizzlies na NBA passa, em primeiro lugar, pela mudança de Ja Morant. O jogador, mais centrado, diminuiu os pontos por jogo, com 22, contra os 26.2 da última campanha (última que jogou inteira). Mas agora, com um elenco mais recheado, ele consegue jogar quatro minutos por jogo a menos, além de tentar, em média, cinco menos arremessos por noite. É uma necessidade bem menor de “carregar” o time. Então, isso dá espaço para outros brilharem.
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É o caso de Jaren Jackson Jr. O jogador, conhecido por sua defesa, lidera o Grizzlies em pontos, com 22.1 por noite. Além disso, contribui com 1.8 tocos e seis rebotes. Tudo isso também jogando quase quatro minutos a menos do que ano passado.
E olha que o arremessador Desmond Bane nem voltou ao seu melhor nível ainda. Assim, Bane tem apenas 14.3 pontos por jogo, com 31% nas bolas de três. Vale dizer, é claro, que o jogador vem batalhando com lesões. Mas suas médias nas últimas duas temporadas ultrapassaram os 20 pontos.
Os coadjuvantes
Falando, então, de quem veio para ajudar a dar sustância para o elenco, Scotty Pippen Jr. e Santi Adalma impressionam na defesa. Os dois conseguem marcar mais de uma posição, e usam muito de seu jogo físico para judar o Grizzlies. Além disso, contribuem com mais de dez pontos por jogo e um bom aproveitamento de três pontos.
Os novatos Jaylen Wells e Zach Edey roubam a cena. Wells, em especial, foi o calouro do mês de novembro, e é uma grata surpresa. Tem 12.1 pontos por jogo arremessando 38.9% de três, e frequentemente marca o melhor jogador adversário. Consegue trocar em armadores e alas, e nas últimas noites tem se mostrado ainda mais criativo com a bola nas mãos. Edey contribui com fisicalidade no garrafão e rebotes, que não são o forte de JJJ.
Mas não é só isso. Marcus Smart, Brandon Clarke e Jay Huff também saem do banco para ajudar na defesa. É um time onde quase todos conseguem marcar várias posições. Assim, isso dá uma grande liberdade para o técnico Taylor Jenkins nas rotações.
O Grizzlies é o time com terceiro maior índice de ritmo da liga, mostrando um jogo rápido e objetivo. Não é exatamente o DNA da franquia, que se popularizou no início dos anos 2000 com um basquete lento e focado na defesa. Mas as coisas mudam, Ja Morant mudou, e o Grizzlies vem forte para disputar os playoffs da NBA.
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