Decepção. Essa é a palavra inevitável para definir a temporada do Oklahoma City Thunder. E o rendimento de Carmelo Anthony, que teve sua pior campanha em 15 anos de carreira profissional, foi a imagem do fracasso do time. O veterano ala mostrou disposição para alterar sua forma de jogar, atuando mais sem a posse da bola e como um arremessador, mas considerou a experiência pouco produtiva.
“Acho que o jogador que a franquia quer e necessita que eu seja foi algo pontual. Não acredito que possa ser eficiente atuando dessa maneira, para ser sincero. É claro que aceitei o desafio pessoal de assumir uma nova função, mas não sei se deu certo e, certamente, posso trazer mais para uma equipe do que exibi nessa temporada”, analisou o astro, após o jogo derradeiro do Thunder nos playoffs.
Ao longo da temporada, uma discussão comum entre torcedores e imprensa foi a possível ida de Carmelo para o banco de reservas. O cenário nunca chegou a ser seriamente considerado pelo técnico Billy Donovan (até onde se sabe) e voltou a ser comentada com a eliminação precoce. O experiente atleta parece disponível para várias discussões, mas sua presença no quinteto inicial não é uma delas.
“Todos sabem que eu sacrifiquei muita coisa para poder estar aqui. Mudei-me para cá sozinho, sem minha família. Alterei meu estilo de jogo em nome do sucesso da equipe. Estive disposto a sacrificar bastante para que tudo desse certo. Mas, sim, não estou sacrificando a titularidade. Ser reserva está fora de discussão”, cravou, sem dar chances para que perguntas sobre o assunto continuassem.
Parece certo que Carmelo seguirá no Thunder na próxima temporada: ele deverá exercer uma cláusula de extensão contratual automática que possui de cerca de US$28 milhões. A tendência é que quase todos os jogadores da NBA fizessem o mesmo hoje. Mas, acima dos salários, a “reinvenção” má sucedida pela qual seu jogo passou recentemente faz com que pense na reta final da carreira na NBA.
“Eu acho que meu foco seria pensar em que quero para o resto de minha carreira, meu futuro, agora. O que estou disposto a aceitar, afinal? É algo em que preciso pensar: se gostaria de terminar a minha carreira jogando dessa forma, mesmo sabendo que ainda tenho lenha para queimar”, ponderou o único tricampeão olímpico da história do basquete masculino.
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