Grandes pontuadores nunca dispensam a oportunidade de ter maior volume ofensivo. Cam Thomas, por isso, enxerga a saída de Mikal Bridges como uma oportunidade no Brooklyn Nets. A surpreendente troca do ala deixa o papel de referência do time em aberto para o início da campanha. E o ala-armador, que já o cestinha da equipe na última temporada, está preparado para mais.
“Sei que vou ter uma função maior na próxima temporada e abraçarei essa chance. Ou seja, pisar no acelerador. Já fui a referência dos meus times desde o basquete colegial, então sei como funciona. Mais do que isso, não estou preocupado. Estou bem animado, na verdade, para tentar ser esse tipo de jogador entre os melhores. Estou pronto para assumir esse papel”, cravou o jovem, em entrevista à revista Slam.
Essa transição pode ser um avanço natural na carreira de Thomas. O atleta de 22 anos se consolidou como titular no primeiro semestre e, como resultado, os seus números dispararam. Registrou as suas maiores médias de minutos (31,4), pontuação (22,5), rebotes (3,2) e assistências (2,9) durante a campanha. Para suprir a possível nova função, ele não acha que precise fazer mais. Só fazer melhor.
“O próximo passo para mim, a princípio, é só fazer tudo de forma mais consistente. Tive o maior salto de pontuação da minha carreira na última temporada. Pouca gente notou, mas fiz quase 23 pontos por jogo na campanha passada. Quero subir isso e, ao mesmo tempo, crescer como um criador para os meus companheiros. Com sorte, isso vai nos levar a mais vitórias”, projetou o scorer.
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Quem duvida
Mas será que Cam Thomas tem condições de suprir o espaço que Mikal Bridges deixa no Nets? Ninguém pode dar uma certeza, mas uma coisa é certa: os céticos vão duvidar. E qualquer jogador da NBA acumula uma legião de críticos, assim como fãs. O pontuador, no entanto, garante que isso não tem peso nenhum. Tudo depende unicamente da sua confiança na própria capacidade e motivação interna por melhorar.
“Eu não me importo com quem duvida da minha capacidade, pois eles sempre estiveram por aí. Ninguém acreditou em meu talento como pontuador, então meio que acostumei com as dúvidas. Eles me inspiram um pouco, mas, sobretudo, eu tenho automotivação. Carrego isso porque caí até o fim da primeira rodada do draft. E também porque joguei pouco no início aqui em Brooklyn”, contou o ala-armador.
Os céticos, na verdade, sempre vão existir na carreira de um jogador. Por isso, Thomas sente que tentar provar algo a essas pessoas é um exercício vazio. “Todos sabem que sou um dos melhores jovens pontuadores dessa liga. Então, eu não estou mais focado em provar que mereço estar nessa liga. O meu foco é só me tornar o melhor jogador que posso”, sentenciou.
Reconhecimento
Os números falam por si só, mas, ainda assim, Thomas acredita que a sua temporada foi subestimada. Ele ficou indignado porque não foi um dos candidatos ao prêmio de atleta que mais evoluiu na campanha passada, por exemplo. Mas, depois de alguns meses, já ficou para trás essa revolta. O jovem compreendeu que a sua percepção de evolução individual e coletiva está acima do reconhecimento de terceiros.
“Eu não miro prêmios e reconhecimento. Só quero viver esse momento e o que tiver que acontecer, vai acontecer. Afinal, só quero seguir evoluindo do ponto de vista individual. E, assim, ajudar a minha equipe a vencer o máximo possível. Para ser sincero, nós não sabemos como vai ser o time na próxima temporada. Mas, independentemente disso, vamos buscar ser o melhor que pudermos”, concluiu Thomas.
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