A seleção brasileira chegou para a disputa das Olimpíadas como um azarão. Após obter uma classificação mágica em Riga, o time já sabia quem enfrentaria no torneio. As equipes da França e Alemanha eram favoritas, mas o basquete que o Brasil jogou deu sinais de que os resultados poderiam ser diferentes, especialmente com Bruno Caboclo.
Apenas para entendermos, com Caboclo em quadra, o Brasil foi melhor que seus dois primeiros adversários. Enquanto ele esteve ali, a seleção teve um saldo positivo de 13 pontos somando as duas primeiras rodadas. Sem ele, é negativo de 38. Ou seja, ele faz mesmo a diferença.
Mas suas faltas acabam comprometendo um elenco que já não tem muitos jogadores no garrafão. Diante da França, na estreia, é bom dizer que algumas que a arbitragem assinalou foram bem duvidosas. A partir dali, Victor Wembanyama só não fez chover. No entanto, contra os alemães, ele passou do ponto em jogadas simples, como a quarta marcação quando fechava o fundo.
Agora, o Brasil precisa mais do que nunca de Bruno Caboclo para que o nosso basquete siga vivo nas Olimpíadas. Ficou difícil, mas para quem enfrentou a Letônia, na casa deles, com uma torcida chata e jogadas sujas, vencer o Japão é o menor dos problemas.
Claro que depende de uma vitória da Sérvia sobre o Sudão do Sul por larga vantagem. Afinal, o saldo do Brasil é de -25. Enquanto isso, os sul-sudaneses estão com -6. Então, vencer o Japão é apenas o primeiro passo.
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Ninguém está falando que vai ser fácil, entretanto. Os japoneses também lutam pela mesma vaga nas oitavas que o Brasil quer no basquete masculino. E eles são bons, tá?
Mas o basquete do Brasil é melhor, conta com jogadores especiais como Yago Mateus, Marcelinho Huertas e o próprio Bruno Caboclo. E ainda tem caras que são importantíssimos. Basta ver a evolução de Gui Santos, as inúmeras qualidades de Lucas Dias e Leo Meindl e a garra de Raulzinho e Mãozinha. No entanto, os dois últimos precisam jogar contra o Japão.
Enquanto Raul Neto ainda não estreou, por conta de uma lesão em Riga, o ala-pivô pouco entra em quadra. E ele está pedindo passagem, especialmente nos momentos em que Bruno Caboclo está fora.
Raulzinho é um defensor espetacular e tem tudo para fazer um grande trabalho em cima de Yuka Kawamura, cestinha japonês. Aliás, a defesa do Brasil, seja no perímetro ou no garrafão, é muito forte e a sequência nas Olimpíadas passa por ela.
Para ter uma ideia, em dois jogos, o Brasil forçou seus adversários a 33 erros de ataque (16.5 por partida) e um aproveitamento de apenas 31.6% do perímetro. Então, quando Bruno Caboclo está em quadra, a defesa fica ainda melhor.
Do que o Brasil precisa para seguir no basquete olímpico
É necessário bater o Japão e por larga vantagem. Se possível, por dígitos duplos. Depois, não faz mal torcer a favor da Austrália sobre a Grécia e Canadá diante da Espanha. Assim, canadenses e australianos passariam. E se a equipe de Shai Giligeous-Alexander vencer por muito, melhor ainda.
Isso porque a Espanha tem saldo de -2. Se for por dez pontos ou mais, as chances de o Brasil passar para a próxima fase com uma boa vitória sobre os japoneses.
Por fim, tem de torcer (infelizmente) contra o Sudão do Sul diante da Sérvia de Nikola Jokic. Caso seja por dez pontos ou mais, também ajuda.
Enfim, é possível vencer e seguir em frente. Mas é importante lembrar que Bruno Caboclo tem de ficar em quadra, fugir de faltas, contar com minutos para Raulzinho e Mãozinha e o resto se ajusta.
Não é impossível. O mesmo grupo já mostrou que dá para fazer coisas incríveis. Nesta sexta-feira, tem tudo para ser mais uma delas.
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