O Draft da NBA tem, quase todo ano, alguns jogadores que são motivo de grandes expectativas. No entanto, outros atletas passam batidos. Não que sejam descartados pelas franquias, mas muitos potenciais não são postos como escolhas prioritárias no recrutamento. Exemplo disso foi Donovan Mitchell em 2017. Agora, em 2022, Bennedict Mathurin, do Indiana Pacers, demonstra ser uma grata surpresa para a franquia e pode ser um dos casos de atletas subestimados antes de chegarem na liga.
Sexta escolha geral no último Draft, o canadense jogou dois anos pelo Arizona Wildcats, durante a faculdade. Lá, foi, de forma unânime, parte da seleção do basquete estudantil americano. Entretanto, apesar da boa colocação no recrutamento, não esteve nas discussões para as primeiras seleções. Afinal, nomes como Paolo Banchero, Jabari Smith e Chet Holmgren disputaram apenas um ano em nível universitário e mostraram potencial.
Mas, há dois lados da mesma moeda. De fato, jogadores que mostraram bom nível em apenas um ano na universidade despertam maior interesse dos times da NBA. Por outra perspectiva, no entanto, os jogadores com mais experiência em nível universitário geralmente vem mais prontos para causar impacto imediato, sem precisar de tanta lapidação.
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O que torna Bennedict Mathurin diferente?
O jogo Bennedict Mathurin surpreende o Pacers e a NBA pois, em muitos casos, parecer mais fluido do que jogadores mais testados na liga. Um dos seus pontos fortes, é a capacidade de ir à linha de lance livre. Isso porque, o ala-armador é o segundo estreante com mais tentativas de arremesso livre na temporada, com média de 5,9 por jogo. Paolo Banchero, primeira escolha do último Draft, lidera o quesito com 8,7.
Além disso, o aproveitamento de Bennedict em lances livres é de 87,8%, o que o coloca entre os dez melhores calouros na história da liga nesta estatística. Stephen Curry, por exemplo, acertou 88,5% em seu primeiro ano como profissional.
Vale dizer ainda que o arremesso de Bennedict Mathurin também é uma grata surpresa, já que ele converteu 43,2% dos arremessos de três pontos nos sete primeiros jogos do Pacers na temporada. Número, aliás, que o coloca entre os oito melhores novatos da história no quesito. A produtividade é feita em alto volume também. O canadense arremessa 6,3 bolas do perímetro por jogo.
Além dos números históricos já mencionados, a facilidade com que consegue partir para dentro do garrafão é extremamente relevante para um calouro. Ademais, já demonstrou confiança em liderar a equipe quando está em quadra. Ele representa, afinal, 30% da pontuação do de Indiana, além de 32% das faltas que o time sofre. Portanto, o único primeiranista que fica, novamente, à frente nesses quesitos, é Banchero.
Pontos a melhorar e o futuro de Indiana
Como nem tudo são flores, entretanto, evidente que há alguns pontos para melhorar. Mesmo que Mathurin tenha um bom aproveitamento nos arremessos e alta capacidade de ir para a linha de lance livre, ainda é necessário diversificar seu arsenal ofensivo. Dessa forma, quando for capaz de ampliar seu leque de recursos, dificultará ainda mais o trabalho das defesas. Além disso, melhorar a capacidade de distribuir assistências também é importante, caso o jogador pense em se tornar um ball handler no futuro.
Por fim, com a adição de Tyrese Haliburton na última temporada e, agora, a boa surpresa de Bennedict Mathurin, o Pacers pode sonhar em acelerar sua profunda reconstrução. Isso porque, com dois bons guards, é possível ter alguma perspectiva de evolução nos próximos anos. Vale notar, ainda, que a franquia pode abrir mão de Buddy Hield, já pretendido por outras equipes, para dar mais tempo de jogo à jovem promessa.
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