A trade deadline da NBA acontece no dia 9 de fevereiro e o Jumper Brasil lista quais foram as melhores trocas que aconteceram no período. É importante ressaltar que aqui só vão aparecer negociações próximas e na data limite. Ou seja, se aconteceu alguma no começo de uma temporada, não conta.
Existem alguns exemplos recentes com o mesmo jogador.
Em janeiro de 2021, James Harden saiu do Houston Rockets em troca para o Brooklyn Nets. Apesar de a negociação ter causado um alvoroço na NBA, ela aconteceu dois meses antes do período. Portanto, está fora.
O mesmo Harden já passou por isso antes. Quando ele foi para o Rockets, a troca ocorreu em outubro de 2012. Assim como a de Houston para Brooklyn, não entra. Ele poderia fazer parte das dez melhores trocas no período da trade deadline da NBA em 2022, mas não entrou na lista final.
O astro deixou o Nets para o Philadelphia 76ers, em suma, pelo armador Ben Simmons. Por enquanto, nenhum dos times se beneficiou. Só agora, no fim de janeiro, o Sixers ocupou os primeiros lugares do Leste. Enquanto isso, Simmons vem tendo muitos problemas no Brooklyn.
Então, sem mais delongas, vamos listar as dez melhores trocas da trade deadline da NBA.
10. Jeff Hornacek para o Utah Jazz (1994)
Em 1994, o Utah Jazz fez uma de suas melhores trocas na trade deadline. A equipe enviou o ala-armador Jeff Malone e uma escolha de primeira rodada para o Philadelphia 76ers. Em contrapartida, o time recebeu Jeff Hornacek, Sean Green e uma pick de segunda rodada de 1995.
É muito fácil entender esta. Primeiro, porque Hornacek se tornou uma das principais opções ofensivas de um Jazz que só parou no Chicago Bulls em duas finais. Além disso, Jeff Malone tinha “pouca gasolina no tanque”. Malone era um cestinha, mas após a ida para Philadelphia as coisas não funcionaram. Primeiro, ele terminou a campanha de 1993/94 sob muitas críticas. Depois, em 1994/95, ele atuou em apenas 19 partidas por lesão no tornozelo.
Mas na temporada seguinte, seu tempo de quadra evaporou. Com o então calouro Jerry Stackhouse, chamado de “o próximo Michael Jordan” pela imprensa de Philadelphia, Malone foi dispensado. Em seguida, ele assinou com o Miami Heat e o resultado foi o mesmo, encerrando sua passagem pela liga.
Por outro lado, Hornacek atuou pelo Jazz por seis anos e meio. Exímio arremessador, ele encerrou a carreira com 40.3% de aproveitamento em três pontos e 87.7% nos lances livres. Na equipe de Salt Lake City, ele foi aos playoffs em todas as temporadas.
9. Tim Hardaway para o Miami Heat (1996)
O Miami Heat era um time jovem na NBA. A equipe estava apenas em seu oitavo ano na liga. Ou seja, tudo era muito novo, a direção ainda aprendia como fazer seu trabalho. Então, a solução foi contratar Pat Riley como técnico.
Só que Riley já dava seus pitacos nas contratações.
E a primeira foi trazer Alonzo Mourning em troca com o Charlotte Hornets. A negociação aconteceu em novembro de 1995, elevando o patamar da equipe. Com Mourning, o Heat já tinha parte do que precisava, já que na época, os pivôs eram muito valorizados. O jogo, em si, passava muito pelo cara mais alto do time. Mas faltava algo.
Então, em fevereiro de 1996, Miami adquiriu o armador Tim Hardaway, vindo do Golden State Warriors. Ele chegou ao lado do ala-pivô Chris Gatling. Por outro lado, o Warriors recebeu Kevin Willis e Bimbo Coles.
Só pelos nomes, já deu para notar que o Heat venceu a troca.
Tudo bem que, na primeira temporada, o time caiu na primeira rodada para o Chicago Bulls de Michael Jordan com uma varrida. Mas na campanha seguinte, o Heat venceu 61 dos 82 jogos e só perdeu na final do Leste, para o mesmo Bulls.
Naquele ano, Hardaway terminou em quarto na votação para o MVP e foi eleito para o time ideal da liga. Ele ficou lá até 2000/01.
8. Andrew Bogut para o Golden State Warriors (2012)
Agora, uma que o Golden State Warriors levou a melhor. Nós já até escrevemos sobre esta troca, mas aqui vai um breve resumo.
O Warriors recebeu Andrew Bogut e Stephen Jackson por Monta Ellis, Kwame Brown e Ekpe Udoh, que foram para o Milwaukee Bucks. Mas a negociação original não era assim. Enquanto Ellis era o melhor jogador do Golden State, a direção pensou seriamente em enviar Stephen Curry em seu lugar.
E esteve muito próximo.
No entanto, de última hora, a diretoria do Warriors ofereceu Ellis no negócio. Só que, por salários, não batia. Portanto, Bogut foi para Golden State ao lado de Stephen Jackson, que já havia passado por lá.
Curry ficou no Warriors, enquanto Jackson saiu em outra negociação dois dias depois para o San Antonio Spurs. Por sua vez, Bogut chegou em Oakland e logo assumiu a titularidade.
Tudo bem que Bogut jamais foi o pivô dominante que poderia ser no início da carreira, mas ele foi incrível enquanto esteve em quadra. Mesmo com as lesões, o australiano foi peça importante no garrafão e só deixou a equipe em 2015/16 com um título na bagagem.
Por outro lado, Ellis despencou na carreira, ainda com passagens por Dallas Mavericks e Indiana Pacers. Sem sucesso algum, deixando a NBA aos 31 anos.
7. Tyrese Haliburton para o Indiana Pacers (2022)
Sabe quando uma troca acaba sendo boa para os dois lados? Tyrese Haliburton era promissor no Sacramento Kings, enquanto Domantas Sabonis já tinha participação em Jogo das Estrelas pelo Indiana Pacers. Mas os dois mudaram de lado e eles conseguiram mostrar que eram ainda melhores.
Claro que o Pacers recebeu Buddy Hield ao lado de Haliburton e quase ninguém lembra. Mas era bem justa na época. Hoje, pode ser que Indiana tenha recebido um pouquinho demais. Sem problemas, entretanto.
O Kings briga por playoffs pela primeira vez desde 2006/07. E adivinha? Sabonis comandando.
É bem verdade que o Pacers despencou depois da lesão de Haliburton. A equipe ocupava o sexto lugar, mas desde então, perdeu oito das últimas nove e caiu para a nona posição. E, se ele não retornar às quadras logo, Indiana vai cair na classificação mais ainda.
6. Dikembe Mutombo para o Philadelphia 76ers (2001)
O Philadelphia 76ers não precisava de muito para se tornar um time mais forte. Já contava com Allen Iverson, mas o elenco de apoio não era bom o suficiente para brigar pelo título. Então, a equipe mandou Theo Ratliff, Toni Kukoc, Nazr Mohammed e Pepe Sanchez por Dikembe Mutombo e Roshwon McLeod.
Mutombo estava com 34 anos, mas ainda era um dos melhores defensores da NBA. Na época, ele era um dos poucos que conseguiam diminuir o ritmo de Shaquille O’Neal. Para ter uma ideia, em dezembro de 1999, o pivô limitou Shaq a nove pontos. Em 24 jogos de temporada regular, O’Neal fez, no máximo, 30 pontos contra o congolês.
E não é que o Sixers se tornou um time forte?
Com Mutombo e Iverson, a equipe disputou a decisão da NBA. Contra quem? O Lakers de Shaq.
Só que nos playoffs, O’Neal era um cara ainda mais forte. Na série final, ele registrou 33.0 pontos, 15.8 rebotes, 4,8 assistências, 3.4 bloqueios e ficou com o MVP.
Mas só o fato de ajudar um Sixers sem grandes jogadores, exceto Iverson, a bater em uma final, já vale a sexta posição aqui.
5. Carmelo Anthony para o New York Knicks (2011)
Não só uma das melhores, mas maiores trocas da trade deadline da NBA aconteceu em 2011. Foram 12 jogadores e três times envolvidos. Entre eles, Carmelo Anthony.
O Denver Nuggets recebeu Wilson Chandler, Raymond Felton, Timofey Mozgov, Danilo Gallinari, uma escolha de primeira rodada e duas de segunda. Por outro lado, o New York Knicks ficou com Chauncey Billups, Shelden Williams, Renaldo Balkman, Anthony Carter, Corey Brewer e uma escolha de segunda rodada. Em contrapartida, o Minnesota Timberwolves levou Eddy Curry e Anthony Randolph.
O Knicks precisava de um grande nome para suprir o sonho frustrado de não levar LeBron James na agência livre. Aliás, tudo indicava que James jogaria pela equipe na época. Não jogou. Então, com Anthony, Nova York voltou a brigar por título.
Apesar de sua presença não resolver o problema (o Knicks chegou em uma semifinal de conferência), ele brilhou pela equipe. Foi assim durante sete anos. Enquanto esteve por lá, Anthony foi nomeado seis vezes All Star e outras duas nos times ideais da liga.
4. Rasheed Wallace para o Detroit Pistons (2004)
Rasheed Wallace era, ao mesmo tempo, um jogador brilhante, mas uma bomba relógio. Ele discutia com adversários, árbitros, torcedores, tudo em quadra. E não estava nem aí para as consequências. Após seu primeiro ano na NBA, o Washington Wizards desistiu dele e o mandou para o Portland Trail Blazers.
E na equipe do Oregon, ele se encontrou. Ali, eram vários Wallace ao mesmo tempo. Então, ele passava despercebido (às vezes) pela arbitragem. Era o famoso Jail Blazers.
Em 2004, o Blazers negociou Wallace para o Atlanta Hawks. Só que sua passagem pelo Hawks durou exatamente um jogo. Dez dias depois, ele foi para o Detroit Pistons. Aconteceu entre a parada para o Jogo das Estrelas e a volta aos jogos.
A negociação envolveu três times: Boston Celtics, Atlanta Hawks e Detroit Pistons.
O Celtics recebeu Chucky Atkins, Lindsey Hunter e a escolha de primeira rodada de 2004. O Hawks ficou com Chris Mills, Zeljko Rebraca e uma pick de 2004. Por fim, o Pistons levou Mike James e Wallace.
Naquele ano, o Pistons foi às finais da NBA contra o Los Angeles Lakers. Em um elenco que tinha Ben Wallace, Chauncey Billups e Rip Hamilton, além do técnico Larry Brown. Contra um Lakers cheio de problemas, Detroit foi campeão.
O impacto de Rasheed na equipe foi enorme e, por lá, ele foi ao Jogo das Estrelas duas vezes (quatro no total) e disputou mais uma final, contra o San Antonio Spurs.
3. Clyde Drexler para o Houston Rockets (1995)
Quando uma troca na trade deadline resulta em título da NBA, é óbvio que se torna uma das melhores. Não foi diferente aqui. Em 1994, o Houston Rockets acabara de ser campeão diante do New York Knicks e vinha com ritmo de brigar novamente. Então, juntou a fome com a vontade de comer.
Primeiro, porque Clyde Drexler fez sua carreira universitária em Houston ao lado de Hakeen Olajuwon. Depois, ele chegou em negociação por Otis Thorpe, Marcelo Nicola e uma escolha de primeira rodada. Tracy Murray foi com Drexler para o Rockets.
Diante de um Orlando Magic louco para ser campeão com Shaquille O’Neal e Penny Hardaway, o Rockets venceu mais uma vez. Foi naquele período em que Michael Jordan deixou o Chicago Bulls para jogar beisebol. E Houston aproveitou bem aquela janela, vencendo nas duas oportunidades.
2. Baron Davis para o Los Angeles Clippers (2011)
Mas o que Baron Davis tem a ver aqui? Ele não chegou ao Cleveland Cavaliers sozinho. Mo Williams foi All Star em 2009, enquanto Davis estava na reta final de sua carreira. Então, para equilibrar uma das melhores trocas da trade deadline, o Los Angeles Clippers mandou uma escolha de primeira rodada sem proteção.
E o que aconteceu?
Aquela pick do Clippers tinha apenas 2.8% de chances de cair na primeira posição. E caiu!
Como resultado, o Cavs escolheu Kyrie Irving. Naquele mesmo recrutamento, o Cavaliers ainda foi de Tristan Thompson na quarta escolha. Poucos anos depois, LeBron James se juntou a eles e foram campeões em 2016. Aliás, o único título que Cleveland possui em sua história na liga.
1. Pau Gasol para o Los Angeles Lakers (2008)
O Los Angeles Lakers vinha de anos complicados, mas em 2008 a diretoria colocou um “basta” naquilo. Para conseguir dar a Kobe Bryant um novo companheiro, o time fez uma das melhores trocas da trade deadline de todos os tempos. A equipe mandou Kwame Brown, Javaris Crittenton, Aaron McKie, duas escolhas de primeira rodada e os direitos de Marc Gasol para o Memphis Grizzlies.
Até então, Marc era apenas o irmão gordinho de Pau Gasol.
Apenas para entender tudo, Kobe estava frustrado com os problemas que envolveram Shaquille O’Neal. Shaq foi para o Miami Heat e foi campeão. Enquanto isso, o Lakers era Lamar Odom, Kobe e um amontoado de jogadores. Então, quando Gasol chegou, o time imediatamente se tornou candidato ao título.
É bem verdade que o Lakers não venceu de cara, caindo diante do Boston Celtics na final. Mas a dupla Kobe e Gasol conquistou outros dois campeonatos, um deles em cima do Celtics.
O destino cuidou de colocar Marc Gasol novamente no caminho do Lakers, mas já em outro momento da carreira.
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