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Giannis Antetokounmpo tem apenas 22 anos, mas, em sua quarta temporada na NBA, sabe que chegou o momento de assumir o comando do Milwaukee Bucks. O ala vem liderando a equipe à sexta posição da conferência Leste e, como resultado, vai ser convocado para o Jogo das Estrelas pela primeira vez na carreira. Mas, se o jovem continua sendo espantoso em quadra, sua postura precisou mudar para que se confirmasse como grande referência da franquia.
“Definitivamente, eu tornei-me mais sério nos últimos tempos. Afinal, agora, tenho uma franquia em meus ombros”, afirmou o prodígio grego, único atleta da liga a liderar sua equipe em médias de pontos (23.9), rebotes (9.1), assistências (5.9), roubos de bola (1.9), tocos (2.0) e minutos (35.3), em longa entrevista à revista Sports Illustrated publicada nesta semana.
Parte da mudança de Antetokounmpo passou por sua função na equipe: apesar do investimento feito para assinar com Matthew Dellavedova, o garoto tornou-se armador de fato do Bucks e atua com liberdade para criar com a bola nas mãos. O novo papel vem se refletindo no aumento considerável do número de assistências por jogo do jovem talento – o maior de sua carreira na NBA.
O ala de origem entende que, com a posse e controle das ações, a responsabilidade pelo sucesso do elenco passa a ser um problema seu. “Se um cara receber a bola cinco vezes, eu sei que ele ficará feliz. E, se outro pegar na bola só uma vez, nós sabemos que não. Então, o meu pensamento é que preciso distribuir o jogo. Mas sei que, mesmo assim, é difícil satisfazer todos”, explicou.
A maior seriedade de Antetokounmpo não foi notada só pelos jogadores e o técnico Jason Kidd. Responsável pela seleção do então “prospecto enigmático” no draft de 2013, o gerente-geral John Hammond também exalta o amadurecimento técnico e comportamental de sua grande aposta. O executivo só torce para que a seriedade recém-descoberta não iniba a personalidade extrovertida do atleta.
“Ele ainda está tentando entender tudo que está acontecendo em sua vida e o que vai ser como jogador. Nós estamos vendo uma versão mais focada de Giannis agora, mas acho que isso também pode ser algo perigoso porque ainda queremos que ele goste de jogar. Queremos que divirta-se em quadra”, disse o dirigente, pedindo que as mudanças fiquem limitadas ao senso de liderança e responsabilidade.