A verdade sobre Michael Jordan e o contrato com Knicks

Seis vezes campeão, Jordan retornou de aposentadoria durante a temporada 1994/95

Michael Jordan contrato Knicks Fonte: Reprodução / X

Michael Jordan ficou realmente próximo de fechar contrato com o New York Knicks? Será que o que aconteceu há quase 30 anos realmente motivou o então astro do Chicago Bulls a jogar por um rival? Apesar de poucas pessoas lembrarem disso, realmente houve uma aproximação arquitetada por seu amigo Pat Ewing.

Mas para chegarmos ali, é necessário voltar mais alguns anos.

Após o terceiro título de Michael Jordan pelo Bulls, cansado de basquete após participar das Olimpíadas de 1992 e tudo o que envolvia a morte do pai, resolveu abandonar o esporte. Tudo aquilo era muito para o camisa 23.

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Sim, ele amava jogar, mas passava por um momento muito difícil na carreira. E para adicionar um tempero em tudo, Michael Jordan ganhava muito mais com publicidade do que em quadra. Isso porque seu salário no Bulls era cerca de US$4 milhões. Enquanto isso, somando os patrocínios da Nike, Gatorade e McDonald’s, superava os US$30 milhões anuais.

E como a direção do Bulls gostava de economizar, ele realmente preferiu se afastar. Agora, um detalhe. Michael Jordan aposentou-se pela primeira vez dias antes do início da temporada 1993/94.

Só que Jordan estava muito irritado com a imprensa e pensou seriamente em nem fazer uma coletiva.

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O motivo?

A exposição sobre um suposto vício em apostas. E não ajudou quando ele perdeu uma de US$1 milhão em jogos de golfe e cassino um homem. Detalhe: esse homem escreveu um livro sobre o caso. Mas Michael Jordan ainda conseguiu piorar tudo ao ir até Atlantic City antes de um jogo de playoffs contra o mesmo Knicks e houve ameaça do Bulls sobre seu contrato.

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Nada ajudava.

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Michael Jordan preferiu o silêncio e, após vencer o Phoenix Suns nas finais, resolveu jogar beisebol em memória do pai.

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A volta

Estava claro que o beisebol não estava dando resultados, embora ele estivesse melhorando sensivelmente. Então, a necessidade pela competição o fez retornar às quadras. Começou com uma aparição no centro de treinamentos do Bulls. Dias depois, via fax, ele avisou que estava voltando.

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Até aí, tudo bem.

Mas ninguém sabia como seria seu novo contrato com o Bulls, pois alguns times, incluindo o Knicks, tinham muito interesse em Michael Jordan. Só que, ao mesmo tempo, havia uma incerteza sobre sua forma.

Parecia “enferrujado” no começo, mas quando anotou 55 pontos diante do Knicks em pleno Madison Square Garden, mostrou que estava de volta. Nos playoffs, entretanto, o Bulls caiu diante de um jovem Shaquille O’Neal e o Orlando Magic.

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De novo, dúvidas. Será que ele retornaria para mais um ano?

Bem, sim. Ele voltou, mas seu agente e amigo David Falk o avisou que poderia conseguir um acordo mais vantajoso fora de Chicago. Mas seria suficiente para Jordan deixar o Bulls?

A questão é que a diretoria do Bulls reforçou o elenco com Dennis Rodman. Michael Jordan não era muito fã, mas sabia que ele jogava basquete de verdade. O problema era convencer Scottie Pippen, o que aconteceu com um “empurrãozinho” do então técnico Phil Jackson.

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“72-10 não significa nada sem o título”

Reprodução / X

O Bulls venceu 72 jogos na temporada regular de 1995/96, enquanto a meta sempre foi vencer o título. Então, jogadores receberam uma camiseta com as inscrições “72-10 não significa nada sem o título”.

E venceu o quarto título. Quase que com um “pé nas costas”.

Michael Jordan recebe oferta de contrato do Knicks

Jordan assinava seus contratos ano a ano. Então, como a diretoria não tinha nada além de confiança que ele retornaria, tomou um susto. E dos grandes.

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Após fazer o filme Space Jam ao lado de Pat Ewing, a amizade entre os dois apenas cresceu. Ewing queria um título e tinha muito respeito da direção de Nova York. Então, o ex-pivô convenceu os membros do Knicks de que o caminho mais fácil para vencer seria dar a Michael Jordan um contrato que a NBA nunca havia visto.

Foi feita uma oferta de US$25 milhões, que poderia atingir US$27 milhões. Até então, o maior salário da NBA era justamente o de Ewing, com US$18.7 milhões.

Então, David Falk pressionou os diretores do Bulls.

“Vocês não possuem mais prazo. Dou uma hora, talvez o resto do dia”, disse o agente.

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Michael Jordan recebeu uma proposta de US$30 milhões, fazendo dele o jogador com o maior salário em todos os tempos na época. Ele venceu mais um título e estendeu para 1997/98, recebendo US$33.1 milhões. Na sequência, ele deixou a NBA mais uma vez após conquistar o sexto anel de campeão. Retornou em 2001/02 por dois anos, mas com um salário bem diferente: cerca de US$1 milhão por temporada.

Sabe quando o valor foi superado? Nada menos que 30 anos depois, com Stephen Curry, ganhando US$34.7 milhões.

Knicks

Bem, ao ver que Michael Jordan não chegaria em 1996/97, o Knicks foi atrás de um jovem talentoso que estava no Detroit Pistons, Allan Houston. Mas o time estava disposto a vencer de qualquer forma. Ainda chegaram Larry Johnson (ex-Charlotte Hornets) e Chris Childs (ex-New Jersey Nets). No entanto, parou no Miami Heat de Alonzo Mourning, Tim Hardaway e Pat Riley.

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Nos anos seguintes, Ewing sofreu com lesões, o Knicks até tentou de tudo com os reforços Latrell Sprewell (contrato de risco) e Marcus Camby, mas perdeu na final de 1998/99 para o San Antonio Spurs de um jovem Tim Duncan.

Desde então, a equipe jamais chegou às finais da NBA.

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