Jumper Brasil discute – Final Four

Integrantes do site e três convidados especiais analisam a reta final do Torneio da NCAA

Fonte: Integrantes do site e três convidados especiais analisam a reta final do Torneio da NCAA

https://www.youtube.com/watch?v=XDo96aToJeI

Oklahoma, Villanova, Syracuse e North Carolina venceram suas regiões no Torneio da NCAA e, agora, entram em quadra neste sábado (2) para disputarem as duas vagas na grande final da temporada universitária, que acontecerá na próxima segunda-feira (6). Os dois confrontos do Final Four e a decisão vão ser transmitidos ao vivo pelos canais ESPN e BandSports no Brasil.

Por isso, nesta semana, nós convocamos dois integrantes do Jumper Brasil – Gustavo Lima e Ricardo Stabolito Jr. – e três convidados especiais (Vitor Camargo, do blog Two Minute Warning, Leonardo Sasso, gestor do perfil College Basketball BR no Twitter e Gabriel Andrade, colunista do site Timeout Brasil) para discutir o que já aconteceu no Torneio da NCAA e o que ainda está por vir neste Final Four.

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Quem surpreendeu? Quem decepcionou? E, no fim das contas, quem será o campeão? Nossa equipe opina…

 

1. Quem é a grande surpresa do Final Four?

Gustavo Lima: Syracuse. Duvido que alguém tenha apostado nos laranjas na época da finalização dos Brackets. Um time que não fez nada de mais na temporada regular, mas que, no March Madness, se tornou um adversário indigesto e capaz de viradas espetaculares como nas partidas contra Wisconsin e Virginia. A zoninha 2-3 de Jim Boeheim ainda faz estragos.

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Ricardo Stabolito Jr.: Syracuse. Não há outra opção, na verdade. Foi uma equipe comum ao longo da temporada, que entrou no Torneio da NCAA com extrema boa vontade e emplacou seu melhor basquete no momento mais importante do ano. É a história do mês.

Vitor Camargo: Tem que ser Syracuse, certo? Ninguém dava nada pelo Orange, que chegou a ser cotado como time de NIT (National Invitational Tournament) em certo ponto. E se não fosse sua virada sobre Virginia, o Final Four teria dois times #1 e duas equipes #2. Então, tem isso.

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Leonardo Sasso: Syracuse. Foi o pior time classificado para o March Madness de acordo com vários rankings. Alguns viram a escolha até como injustiça, mas os laranjas têm feito um excelente trabalho na competição, sob a grande liderança de Jim Boeheim, fabuloso técnico. Além do craque do time (Michael Gbinije), os calouros Malachi Richardson e Tyler Lydon têm sido essenciais para as vitórias e a consequente campanha de zebra no Torneio.

Gabriel Andrade: Certamente eu não apostaria em Syracuse, ainda mais pelo chaveamento que pegou. Eu gosto bastante do ala Michael Gbinije, mas não esperava que o time laranja avançasse tanto na competição.

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2. Qual equipe foi a grande decepção no Torneio da NCAA?

Gustavo Lima: Michigan State. O time de Tom Izzo era minha aposta para o título. Liderados por Denzel Valentine, um dos melhores jogadores da temporada, os Spartans estavam voando, tanto que conquistaram a Big Ten. Ver Michigan State perder logo na primeira rodada do March Madness para um time desconhecido (Middle Tennessee) foi frustrante demais. Até porque isso derrubou meu bracket!

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Ricardo Stabolito Jr.: Michigan State. Uma zicada clássica da minha parte, pois era a minha aposta para o título nacional. Campeão de sua conferência, com a combinação certa de experiência e resultados. Perder na primeira rodada, para Middle Tennessee, foi vexatório.

Vitor Camargo: Michigan State. Essa era uma temporada sem grande separação, é verdade, mas a mistura entre experiência, potencial e Tom Izzo foi a fórmula que muitos – inclusive eu – apostaram para o título nacional. Ao invés disso, perderam para um time #15 na primeira rodada do Torneio.

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Leonardo Sasso: Michigan State. Tom Izzo, Denzel Valentine e companhia acabaram com o meu bracket, pois coloquei os Spartans como campeões do March Madness. A derrota contra Middle Tennessee foi uma grande decepção.

Gabriel Andrade: Kansas. Muita gente apostava muita coisa no time de Bill Self (até o presidente Barack Obama). A equipe tinha excelentes prospectos e jogadores experientes, além de uma campanha quase irretocável. Foi realmente estranho não ver essa equipe se classificar para o Final Four.

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3. Qual prospecto mais beneficiou sua projeção no Draft com as atuações no Torneio?

Gustavo Lima: Buddy Hield. Em seu último ano universitário, o ala-armador de Oklahoma fez uma temporada espetacular, tanto que é o favorito a levar o prêmio de melhor jogador de 2015/16. Só que ele manteve o nível de atuações no March Madness e, com isso, foi chamando cada vez mais a atenção dos olheiros. Nas últimas projeções, ele está sendo cogitado, inclusive, como terceira escolha (atrás apenas de Ben Simmons e Brandon Ingram). Em uma NBA que preza cada vez mais por grandes arremessadores, Hield está mostrando que pode ser um bom encaixe em qualquer equipe.

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Ricardo Stabolito Jr.: Buddy Hield. Não sei se há muito a explicar. Ele vem dominando o Torneio da NCAA como dominou o restante da temporada universitária. Além disso, trata-se de um jogador relativamente confortável para os olheiros: você pode projetar claramente o que esperar dele na NBA.

Vitor Camargo: Por mais que eu queira responder Domantas Sabonis, a resposta é Buddy Hield. O ala-armador dominou o torneio desde o começo, teve dois jogos com mais de 35 pontos e agora já é discutido como um jogador Top 4 do Draft deste ano, algo que parecia impossível há três meses.

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Leonardo Sasso: Buddy Hield. Embora ele seja o melhor jogador do país na temporada, ir para o March Madness e repetir o bom desempenho da temporada regular é difícil. Hield tem feito partidas magníficas e quebrado recordes no Torneio. Está se consolidando, talvez, como uma escolha Top 5 do Draft deste ano.

Gabriel Andrade: Buddy Hield. Não só em março apenas, como no ano como um todo. Nunca foi o grande prospecto em termos de cotação até sua temporada de senior (era cogitado como uma escolha de segunda rodada antes desta temporada começar). Ao longo do ano, ele foi se projetando com atuações épicas. Ele manteve a regularidade na fase eliminatória e isso só ajudou a aumentar a badalação. E em tempos de grandes arremessadores ganhando mais projeção na NBA, Hield desponta como um grande cestinha e arremessador.

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4. Se você pudesse retirar um time do Final Four e colocar outro, quem sairia e quem entraria?

Gustavo Lima: Virginia entraria no lugar de Syracuse. Acho fantástico o trabalho de Tony Bennett à frente dos Cavaliers. Ele conseguiu montar um time disciplinado na defesa e que trabalha bem a bola no ataque, mesmo com jogadores que provavelmente nem pisarão na NBA (à exceção de Malcolm Brogdon). Por isso, gostaria de ter visto o trabalho ser recompensado com uma classificação para o Final Four.

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Ricardo Stabolito Jr.: Tiraria Syracuse e colocaria Michigan State. A parte cruel do Torneio da NCAA é que você vai para casa com uma atuação ruim. Basta um dia ruim. Os Spartans tiveram um dia ruim, péssimo, mas ainda são o time que parecia pronto para vencer. Gostaria de vê-los nesse estágio.

Vitor Camargo: Tiraria Syracuse – que eu simplesmente não acho tão legal de assistir – e colocaria Notre Dame, um divertidíssimo underdog que, por dois anos seguidos, chegou muito perto de derrubar uma potência na reta final do torneio.

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Leonardo Sasso: Sai Syracuse e entra Wichita State. Vocês podem não me entender, mas o que a dupla Ron Baker e Fred VanVleet revolucionou o programa dos Shockers nesses quatro anos de basquete universitário é algo surreal. O Final Four seria algo muito merecido para eles.

Gabriel Andrade: Sai Syracuse e entra Kentucky. Não pela chance de título em si, mas para testar um prospecto que gosto bastante, o ala-armador Jamal Murray. Não ter um grande calouro no Final Four faz uma falta pra mim como analista.

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5. Quem será o campeão nacional deste ano?

Gustavo Lima: North Carolina. Apesar das atuações espetaculares de Buddy Hield por Oklahoma, e por Villanova ser um time “certinho” nos dois lados da quadra, vou apostar na equipe com mais profundidade no elenco e com “veteranos” (Marcus Paige e Brice Johnson) que podem fazer a diferença no final.

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Ricardo Stabolito Jr.: North Carolina. Oklahoma e Villanova são concorrentes fortes, mas UNC é daqueles times que parecem estar no momento certo para ganhar. Tem opções no elenco, experiência, torcida, veteranos capazes de decidir. Ser minha aposta, porém, costuma ser péssimo sinal.

Vitor Camargo: Villanova. Apesar de ser o menos “sexy” dos times restantes, é o que tem melhor equilíbrio e balanço em quadra, o que tem jogado melhor até aqui. Os Wildcats têm um time experiente para cortar as redes na semana que vem. 

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Leonardo Sasso: North Carolina. É o time mais completo dos quatro que estão disputando o Torneio da NCAA neste momento. Tem um dos garrafões mais fortes do país e consegue dominar tanto na zona pintada como no perímetro.

Gabriel Andrade: North Carolina. O armador Marcus Paige merece fechar sua carreira universitária com o título. A equipe é experiente e com peças muito interessantes, sobretudo Paige, o ala Justin Jackson e o ala-pivô Brice Johnson. Só vejo UNC perdendo em caso de uma atuação épica de Buddy Hield porque, em Syracuse e Villanova, não deposito tanta confiança.

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