As emissoras ESPN e TNT vão seguir com os direitos de transmissão das partidas da NBA na televisão norte-americana. O comissário da liga, Adam Silver, anunciou nesta segunda-feira a renovação do acordo com os grupos Disney e Turner por nove anos, com início na temporada 2016-17. Segundo os jornais Wall Street Journal e The New York Times, o acerto renderá o valor recorde de US$24 bilhões aos cofres da NBA.
O novo contrato aumentará o número de jogos a serem exibidos por cada emissora a partir de 2016: a ESPN vai mostrar 100 partidas, enquanto a TNT passará a transmitir 64 confrontos. A parceria com a Turner também se expande à produção e veiculação de conteúdo para mídias digitais e novas tecnologias (como o Watch ESPN, por exemplo), além dos direitos de exibição do draft, D-League, Liga de Verão e WNBA.
“A Disney e a Turner dividem a responsabilidade pela crescente popularidade e interesse que a NBA gera. Nós estamos empolgados por entender nossa parceria. Com o novo acordo, nossos fãs continuarão a ser beneficiados pela espetacular cobertura da NBA oferecida por cada um deles”, afirmou Silver. Segundo a ESPN, o aumento do número de transmissões também vai englobar outros países, incluindo a América Latina – e, por extensão, o Brasil.
Em comparação com o contrato antigo, que ainda vale para as próximas duas temporadas, a NBA vai passar a receber valor anual quase três vezes maior: sobe de US$930 milhões para US$2.66 bilhões. Como a televisão consiste na principal fonte de renda da liga, a tendência é que contratos mínimos/máximos e o teto salarial disparem em 2016, impulsionados pelas novas cifras. Especialistas acreditam que o limite de investimentos para os times (atualmente, US$63 milhões) deverá quebrar a barreira dos US$80 milhões.
Um grupo que promete fortes reações à notícia é a união dos jogadores da NBA. Os atletas cederam a diversas imposições das franquias – que se consideravam em crise financeira – durante as negociações do atual acordo coletivo de trabalho (2011). Agora, com a liga mais rica do que nunca, é esperado que busquem compensação. A próxima renegociação da CBA pode acontecer em 2017 e o armador Deron Williams já prevê um novo locaute.
“Eu acho que vamos seguir quase na mesma direção do último locaute. Será difícil aceitarmos novamente as concessões de 2011. Espero que os jogadores estejam prontos para mais uma paralisação e tenham aprendido com a última greve. Nós temos que ficar preparados também como grupo. Estaremos mais bem preparados para tomar diferentes decisões, se necessário”, avisou Williams, que representa o elenco do Brooklyn Nets na união, em entrevista ao jornal New York Daily News.