Revisão da temporada – Miami Heat

Como se a perda do título não fosse suficiente, o Heat se vê agora sem o seu melhor jogador

Fonte: Como se a perda do título não fosse suficiente, o Heat se vê agora sem o seu melhor jogador

Miami Heat (54-28)

MVP do time na temporada: LeBron James – 27.1 pontos, 6.9 rebotes, 6.3 assistências, 1.6 roubo de bola e 56.7% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 37.9% nos arremesos de três.

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Pontos positivos:

– LeBron James comandou o Miami Heat ao quarto título consecutivo da conferência Leste. Desde a sua chegada, a equipe sempre foi para as finais da NBA.

– Cada vez mais distante do garrafão, Chris Bosh acertou 74 cestas de três em 2013-14 (33.9% de aproveitamento), sua melhor marca da carreira.

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– Com o técnico Erik Spoelstra, o time da Flórida jamais ficou de fora dos playoffs. Spoelstra assumiu o cargo em 2008-09. Nesse período, ele já soma 314 triunfos em 476 partidas (66% de aproveitamento).

– Quando inteiro, Dwyane Wade chegou a ter boas atuações. O astro converteu 54.5% de seus arremessos, melhor aproveitamento da carreira.

– Rashard Lewis renasceu nos playoffs. O veterano foi titular em oito das 18 partidas no período e, apesar de não ter muito tempo de quadra, deu ao Heat mais uma opção ofensiva. 

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Pontos negativos:

– As seguidas lesões de Wade foram determinantes para a saída de LeBron. O ala-armador não consegue se manter saudável e em 2013-14, obteve suas piores marcas desde a sua primeira temporada na NBA. O camisa 3 ainda teve o seu menor tempo de quadra.

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– Vários jogadores de confiança de Spoelstra caíram de produção. Não foi só Wade, mas também Shane Battier e Udonis Haslem, dois nomes constantes no quinteto inicial. A situação foi tão ruim que o técnico teve que “achar” em Lewis uma opção para os playoffs

– O fato de ter somado apenas 36.9 rebotes por jogo, evidenciou um grave problema no elenco: a falta de jogadores de garrafão. Por mais que Chris Andersen tentava, ele parecia ser o único atleta brigando dentro da área pintada, uma vez que Bosh se distanciou cada vez mais de lá. A aposta em Greg Oden não deu certo, mas não chegou a ser nenhuma surpresa. 

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– Mario Chalmers e Norris Cole até fizeram uma temporada regular decente. Acontece que nos playoffs, ambos renderam muito abaixo do esperado. Na final do Leste, contra o Indiana Pacers, Chalmers foi batido rotineiramente por George Hill. Suas atuações foram tão ruins diante do San Antonio Spurs, que Erik Spoelstra tentou inventar um time sem nenhum jogador específico da posição no jogo decisivo.

– A grande pedra no sapato do Heat na fase regular foi o Brooklyn Nets. O time da Flórida perdeu os quatro jogos que disputou, mas deu o troco nas semifinais do Leste, derrotando o adversário por 4 a 1.

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Análise

Como um time que foi para as últimas quatro finais da NBA pode ter tanto destaque negativo como o Miami Heat? Simples. O esquema de Erik Spoelstra nunca exigiu de fato um armador de ofício ou um pivô dominante. O jogo esteve sempre nas mãos de LeBron James e Dwyane Wade. Com Chris Bosh jogando mais aberto, o garrafão ficou absolutamente nulo no ataque.

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A defesa nunca foi um grande problema para o Heat. Por mais que individualmente os jogadores fossem bons deste lado da quadra, o estilo de jogo de Spoelstra também favorecia. Soa estranho dizer que um time como o Heat, que teve um garrafão questionável, ser mais atacado fora dele. Isso se deve pela forma que a equipe protegia o aro. Não por menos, o Miami foi o quarto time que mais teve arremessos de três tentados contra, com 23.4 por jogo. Para se ter uma ideia, o Heat foi o oitavo que menos sofreu pontos no garrafão durante toda a temporada, com 40.5 por partida.

Essa falta de jogadores capacitados nas duas posições acabaram fazendo a diferença, principalmente quando o adversário sabia explorar seus defeitos. 

Uma série que deixa isso bem claro é a da final do Leste de 2012-13, quando Roy Hibbert e David West aniquilaram o garrafão do Heat. Na final daquele mesmo ano contra o Spurs, a história se repetiu e Tim Duncan obteve médias de 18.9 pontos e 12.1 rebotes. Não que Duncan não seja excelente, mas ele já estava com 37 anos. Venceu as duas séries nos detalhes.

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Pensando nisso, a diretoria resolveu arriscar em Greg Oden. Preparando o pivô para os playoffs, a comissão técnica pensava em utilizá-lo em momentos estratégicos, para ser de fato um intimidador. Oden nunca deu sinais que poderia se recuperar e só jogou menos de três minutos na nova final diante do Spurs. Mesmo assim, só entrou em quadra quando os jogos já estavam decididos.

Com Mario Chalmers e Norris Cole muito abaixo do que poderiam render, ao menos no papel, o Heat também não teve um armador. É bem verdade que desde a chegada de Wade, em 2003-04, o time só teve Jason Williams como organizador, pois o jogador precisa da bola para criar o próprio arremesso. Desde então, o Heat já contabiliza três títulos em cinco finais. Não pode ser tão ruim, ora.

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De qualquer forma, a perda do título para o Spurs teve vários culpados. Desde o ar condicionado do ginásio de San Antonio na primeira partida, ao pouco efetivo jogo da rotação principal, até chegarmos ao problema do elenco. Em times que se gastam muito em cima de dois ou três atletas, acaba faltando qualidade para o restante do grupo. É o famoso cobertor curto. Como já explicado, faltaram jogadores específicos e isso não é de hoje. 

Futuro

A saída de LeBron James é um problema. Mas não é um problema qualquer. É só o melhor jogador de basquete em atividade deixando a equipe. Chris Bosh e Dwyane Wade ficaram, é verdade. Mas terão de voltar no tempo para que o Miami Heat seja um vencedor novamente. 

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O time se reforçou com Danny Granger, Josh McRoberts, e principalmente, Luol Deng. Claro que Deng não vai fazer o que LeBron fazia. Por isso, Bosh e Wade vão precisar jogar como antes do trio ser formado. Se é possível, é. Mas e a condição física de Wade? 

Existe ainda a grande possibilidade de o brasileiro Leandro Barbosa integrar a equipe. Porém, só depois do Mundial para sabermos se isso será concretizado.

No draft, o Heat buscou o armador Shabazz Napier. Ainda muito cru e com Mario Chalmers e Norris Cole no elenco, dificilmente verá tempo de quadra suficiente.

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O Heat ainda é um time forte, no final das contas. Perdeu LeBron, mas não pode perder também a identidade de ser uma das melhores equipes na defesa. Agora é preparar o outro lado da quadra.

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