Vocês não me enganaram

Gustavo Freitas lista o que não o surpreendeu nesta temporada

Fonte: Gustavo Freitas lista o que não o surpreendeu nesta temporada

Eu amo odiar listas e sempre que me dou conta, eu faço uma. Então, só para me contrariar, fiz uma lista de times, jogadores e até mesmo ex-técnico, que não me enganaram em absolutamente nada nesta temporada. Lá vai…

1- Milwaukee Bucks

A classificação para os playoffs na temporada passada me pareceu nada mais que um acaso. E as desculpas são sempre as mesmas, pela fraca conferência, por times fazendo força para perder, ou seja por pura sorte. Aí, logo no começo de 2013-14, o time fica sem Larry Sanders, pivô que foi demasiadamente valorizado de um ano para o outro, perde dois cestinhas (Brandon Jennings e Monta Ellis) para outras equipes e simplesmente fede. Até o desenho daquela quadra me deixa enjoado. Uma franquia que até teve sucesso há algumas décadas e vive de brilharecos, mas não passa disso. Sabe a plaquinha de “eu já sabia”? Pois é. Eu tinha certeza que esta temporada seria um desastre. 

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2- Los Angeles Lakers

Primeiro, eu fiz o preview do Lakers para a temporada e o coloquei como o 11° do Oeste. Muitos criticaram, outros somente torceram o nariz. Desculpem, amiguinhos. O Lakers foi simplesmente um time de aluguel em 2013-14. Como não ser, se no elenco estavam apenas três ou quatro jogadores com contrato para o ano seguinte? E outra: Kobe Bryant começou machucado e o quinteto titular tinha ninguém menos que Shawne Williams. Quem, em sã consciência, pode apostar em playoffs? Aí tinha o fato de Steve Nash estar em decadência, Pau Gasol viver contundido, ter perdido Dwight Howard e Metta World Peace, e ali no banco estar um técnico mais do que contestado, Mike D’Antoni. É pedir para brigar pela loteria do draft.

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3- Steve Nash

Por mais que eu o ache um dos melhores armadores que já vi jogar, Steve Nash é um ex-jogador em atividade. Infelizmente para o Los Angeles Lakers, seus torcedores, e para todos os simpatizantes do atleta. É simplesmente embaraçoso vê-lo nessas condições, por ter sido um ídolo por onde passou, pelos seus dois prêmios de MVP, e pela esforço que o Lakers fez para contar com ele em seu elenco. Melhor opção: aposentadoria e rápida.

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4- Paul Millsap

Sabe aquela sensação que você tem que um jogador vai jogar o All Star game? Então. Sempre tive sobre Paul Millsap. Quando jogava no Utah Jazz, eu até entendia o fato de ser relegado por diversos fatores, como a concorrência da conferência Oeste e até mesmo dentro do time. Vale lembrar que no ano passado, o Jazz contava com quatro potenciais titulares para o garrafão, que incluía Al Jefferson (que foi para o Charlotte Bobcats), Enes Kanter, e Derrick Favors. Bastou mudar de ares para ganhar o respeito necessário para uma convocação. 

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5- Detroit Pistons

Desde o início, muitos aqui sabem, que fui contra a ideia do Detroit Pistons utilizar três jogadores reconhecidamente de garrafão no quinteto titular. O que é que a direção do Pistons estava na cabeça ao contratar Josh Smith? Não tanto por ele, que acho um atleta muito talentoso e bastante explosivo, mas pelo que o time faria com Andre Drummond, Greg Monroe, e ele em um mesmo time inicial. Minha aposta, que foi furada, aliás, era que o Pistons trocaria Monroe por um ala ou um ala-armador. Não aconteceu e o resultado é o que vimos durante toda a decepcionante temporada.

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6- Rajon Rondo

Rajon Rondo é um dos meus principais ídolos na NBA da atualidade. Não só por jogar no Boston Celtics, mas principalmente pelo modo que joga. É habilidoso, rápido, tem uma visão incrível, porém jamais será o primeiro jogador de uma equipe. Rondo é um facilitador, um sujeito que coordena o ataque e busca seus companheiros o tempo todo. Mas e aí? O camisa 9 é uma má influência para seus colegas mais novos. O episódio de seu aniversário, quando optou por não acompanhar o time para comemorar seu aniversário na balada, é mais um capítulo de seus problemas fora de quadra.

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7- Washington Wizards

Antes de qualquer coisa, dê uma olhada no elenco do Washington Wizards. Com todo aquele material humano, é improvável você pensar que pode dar errado. John Wall é fantástico, Marcin Gortat sabe defender como poucos a área pintada, Travor Ariza sempre contribuiu para suas equipes, e Nenê saudável é muito mais do que apenas um cara grande no garrafão. Defende bem, tem um arremesso de média distância confiável, e sabe passar. O problema é: nunca está saudável. No mais, o Wizards é um time para o futuro, mas hoje já aparece entre os melhores do Leste.

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8- San Antonio Spurs

Já falei da plaquinha “eu já sabia”, né? Mesmo com diversas contusões de seus principais jogadores, com a queda brusca de rendimento de Danny Green, Gregg Popovich colocou o San Antonio Spurs novamente nos playoffs com mais de 50 vitórias e outra vez é um dos favoritos ao título. Veja aquele elenco. São tantas opções para todas as posições que você fica com uma pitada de inveja, caso torça para outra equipe. 

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9- Joakim Noah

Ao lado de Andre Drummond, Joakim Noah era uma das minhas principais apostas para o melhor defensor da temporada. Acontece que o repertório de Noah parece não ter fim. Claro que não é aquele jogador que vai carregar seu time na pontuação todas as noites e que provavelmente vai levar uma falta técnica. Tem algum cara na NBA tão intenso quanto ele? Os fãs de Dwight Howard que me perdoem, mas hoje Noah é o melhor pivô da NBA.

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10- Indiana Pacers

Mesmo que esteja em uma fase um pouco diferente do início da temporada, o Indiana Pacers ainda é a minha primeira opção para disputar a final da NBA pelo lado do Leste. Assim como o San Antonio Spurs, seu elenco é um absurdo de tão talentoso que é. Saiu Danny Granger, mas ele fará falta? Dificilmente, pois Paul George já ocupou a vaga de melhor jogador ainda na temporada passada. Não passou de um bom reserva. Trouxe Evan Turner, que ainda parece estar perdido, e Andrew Bynum nas últimas semanas. Medo do Miami Heat? Creio que sim, até com justiça, até pelo fato de o time da Flórida ter vencido a conferência nos últimos três anos. A boa notícia é que a equipe terá tempo de se reerguer até a hora H.

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11- Philadelphia 76ers

Antes do início da temporada, nós aqui do Jumper cravamos que o Philadelphia 76ers seria o pior time da NBA. Isso foi bem antes de a equipe implodir seu elenco, que já era sofrível. Quando você ainda me faz o favor de trocar Spencer Hawes e Evan Turner, aí é que eu paro para pensar se esse time ainda vai conseguir vencer em 2013-14. Meu palpite? Talvez ganhe um ou dois jogos, se isso. Mas o projeto está no ano que vem.

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12- Brooklyn Nets

Eu realmente me surpreendi com o péssimo início do Brooklyn Nets. Ora, eram tantos jogadores capazes de fazer o time vencer e como é que não conseguiam? Culpei a inexperiência de Jason Kidd no comando da equipe, o azar de perder outra vez o pivô Brook Lopez por contusão, e o fim das carreiras de Paul Pierce e Kevin Garnett. Então, na virada do ano, o Nets mudou da água para o vinho e agora só não vai para os playoffs se uma catástrofe acontecer. Pouco provável.

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13- Utah Jazz

Quando eu falei para os meus colegas do Jumper que achava que o Utah Jazz seria o pior time da conferência Oeste, um deles, o membro honorário Renan Della Corte, chegou a dizer que era heresia. Bem, por mais que o elenco seja bastante promissor, e que eu ache que em dois ou três anos brigará pelos playoffs, estava claro que o time ainda precisaria aprender muito para poder fazer algo.

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14- Phil Jackson

Sempre torci para que Phil Jackson retornasse de suas longas férias. Não imaginava que ele seria técnico, mas sim um dirigente. Até por questões físicas, Jackson não reúne mais condições para ficar no banco de reservas. Seu último ano no Los Angeles Lakers mostrou exatamente isso. Então, ao aceitar o cargo de presidente do New York Knicks, equipe por onde foi campeão como jogador, foi um misto de alívio e felicidade. Alívio porque eu não consigo acreditar que o Knicks seja essa verdadeira bagunça por tanto tempo. Já a felicidade é por vê-lo novamente comandando uma equipe. É um mito vivo.

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15- Final de semana das estrelas

A cada ano eu fico mais decepcionado e até mesmo enjoado com o fim de semana das estrelas. Outro dia eu postei aqui algumas ideias que tive para mudar essa situação. Quem acompanhou durante os anos 90 aqui no Brasil, eu aposto que nem 30% (sendo muito otimista) desse pessoal não assistiu a patética e confusa pausa na fase regular. 

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