Golden State Warriors
2010-13: 47-32, 6º lugar na Conferência Oeste
Playoffs: eliminado na semifinal da conferência em seis jogos pelo San Antonio Spurs, após vencer o Denver Nuggets em seis jogos
Técnico: Mark Jackson (terceira temporada)
GM: Bob Myers (segunda temporada, nenhum título)
Destaques: Stephen Curry, Andre Iguodala, David Lee, Klay Thompson
Elenco
20 – Kent Bazemore, armador
30 – Stephen Curry, armador
0 – Toney Douglas, armador
8 – Nemanja Nedovic, ala-armador
11 – Klay Thompson, ala-armador
9 – Andre Iguodala, ala-armador
40 – Harrison Barnes, ala
23 – Draymond Green, ala
10 – David Lee, ala-pivô
5 – Marreese Speights, ala-pivô
12 – Andrew Bogut, pivô
31 – Festus Ezeli, pivô
1 – Ognjen Kuzminc, pivô
7 – Jermanie O’Neal
Quem chegou: Toney Douglas, Nemanja Nedovic, Andre Iguodala, Marreese Speights, Ognjen Kuzmic, Jermaine O’Neal
Quem saiu: Jarrett Jack, Carl Landry, Richard Jefferson, Scott Machado, Andris Biedrins, Charles Jenkins, Dwayne Jones
O Golden State Warriors teve uma temporada muito boa em 2012-13, em vários aspectos. O time liderou a NBA em acertos da linha de três pontos – 40.3% – muito por conta da primeira temporada saudável de Stephen Curry em anos. O armador, injustamente não convocado para o All-Star Game, fez chover nas quadras com 45.3% de aproveitamento do perímetro. Suas médias de 22.9 pontos, 6.9 assistências, 4.0 rebotes e 1.6 roubos o colocam entre um dos melhores da posição atualmente.
Outro que se destacou foi Klay Thompson, que além de também acertar arremessos de três como se fossem lances livres – 40.1 3PT% – provou ser um defensor de perímetro mais do que decente, conseguindo até mesmo parar Tony Parker ou Danny Green em alguns momentos da série contra o San Antonio Spurs.
Para o bem da franquia, Andrew Bogut conseguiu se recuperar das lesões e fazer um fim de temporada decente. Sua atuação nos playoffs foi melhor ainda, sendo peça chave para que vencessem o Denver Nuggets – 10.3 rebotes e 2.3 tocos na série, além de dominar JaVale McGee. David Lee, a máquina de duplos-duplos do time, se machucou e pouco pôde colaborar durante a pós-temporada, mas foi um grandes responsáveis pela campanha de 47 vitórias – e ele foi para o All-Star Game.
Os calouros Harrison Barnes, Draymond Green e Festus Ezeli foram muito bem, com os dois primeiros rapidamente se transformando nos melhores defensores de perímetro do time. No banco de reservas, se destacaram também Carl Landry e Jarrett Jack, que deixaram a franquia.
Porém, os demais reservas eram ruins demais, e isso pode ter atrapalhado o time. Richard Jefferson e Andris Biedrins (assim como os seus salários ridículos) mais prejudicam do que tudo, e os torcedores devem ter feito um altar para Bob Myers por ele ter conseguido se livrar deles, manter TODOS os principais jogadores de rotação e ainda trazer Andre Iguodala.
Cartada de mestre.
O perímetro
Além dos Splash Brothers (juntos, Curry e Thompson acertaram 483 arremessos de três pontos na temporada regular, e mais 67 nas 12 partidas dos playoffs) e Barnes (38.4 minutos por partida nos playoffs), agora o Warriors tem Iguodala. O ala-armador vindo do Nuggets é quase que perfeito para o time: um ótimo defensor, pode marcar as posições 2, 3 e 4 tranquilamente, pode conduzir a bola e assim permitir que Curry se aproveite de bloqueios e se movimente sem a bola, além de ser um veterano que pode tirar a pressão dos companheiros.
Por conta disso, Barnes deve ir para o banco e Iguodala ser o titular como ala. Após ser titular durante toda a temporada, o segundanista vai aceitar esse “rebaixamento” na rotação? Para o bem do time, sim. Com ele vindo do banco, o Warriors vai ter um considerável salto de qualidade em comparação ao último ano, e os titulares poderão descansar.
Toney Douglas também foi uma boa contratação. Apesar de não ter jogado muito por Houston Rockets ou Sacramento Kings, ele é um bom defensor e passador que comete poucos desperdícios (responsável por assistir 23.8% dos companheiros no Kings). Além disso, seu aproveito nos arremessos não é tão ruim, 40. 7%.
Além dos titulares Curry-Thompson-Iguodala, o Warriors pode ter um perímetro extremamente defensivo se usar uma formação com Douglas-Iguodala-Green; se optarem por small ball, Barnes ou Green podem ser o 4; o ataque pode ser conduzido por Iguodala para que Thompson e Curry se aproveitem dos bloqueios; Douglas pode jogar como 2 para que tenham dois defensores em quadra e Curry se preocupe apenas em pontuar… enfim, múltiplas possibilidades.
Enquanto isso, Nemanja Nedovic é uma incógnita e Kent Bazemore deve continuar disputando com Robert Sacre, do Los Angeles Lakers, o posto de “Melhor Reserva Animador de Banco” da temporada.
O garrafão
O Warriors tem seis jogadores para a rotação do garrafão no momento: Lee, Bogut, Ezeli, Marreese Speights, Ognjen Kuzmic e Jermaine O’Neal. Destes, apenas Lee é alguém que precisa ser marcado com mais atenção e é capaz de bater defensores do um contra um e isso talvez seja um problema.
Ezeli ainda é muito cru, e precisa receber a bola em boas condições – de preferência sem marcador – para pontuar, embora seja um defensor razoável. Speights pode espaçar a quadra, pois consegue acertar arremessos de média distância, além de ser bom reboteiro. O’Neal vai começar a sua 18ª temporada na NBA, já passou há muito tempo do auge, mas graças aos médicos do Phoenix Suns ainda deve ser capaz de jogar com certa qualidade, principalmente na defesa.
A chave para a franquia é Bogut. Se ele permanecer saudável, é um dos melhores pivôs da liga defensivamente, além de ser regular no ataque finalizando pick-and-rolls e pegando rebotes ofensivos. Se ele se machucar de novo, as coisas ficam complicadas. Sem ele, seria dificílimo para o Warriors vencer o Nuggets e complicar a série contra o Spurs na temporada passada.
Kuzmic, de 22 anos, é mais uma aposta da Europa, sem nenhum um compilado de melhores momentos postado no YouTube. Com 2.13m, deve ser um bom reboteiro, no mínimo.
Análise Geral
O Warriors, que já era bom ano passado, ficou ainda melhor. O banco está muito mais confiável, Iguodala é um All-Star e os jovens jogadores devem evoluir ainda mais. É provável que eles alcancem a final da Conferência Oeste, por conta do envelhecimento do Spurs, da incerteza em torno do Oklahoma City Thunder (como Russell Westbrook vai voltar?), pelo fato do Los Angeles Clippers nunca ser inteiramente confiável e do Memphis Grizzlies continuar sem um arremessador de perímetro decente.
E se continuar melhorando, Stephen Curry tem tudo para ser um All-Star e entrar para um dos times ideais da NBA.
Previsão: 4º lugar na Conferência Oeste