Houston Rockets
2012-13: 45-37, 8º na conferência Oeste
Playoffs: foi eliminado pelo Oklahoma City Thunder em seis jogos na primeira rodada
Técnico: Kevin McHale
GM: Daryl Morey (três classificações para os playoffs em seis temporadas)
Destaques: Dwight Howard, Jeremy Lin, James Harden e Chandler Parsons
Elenco
3 – Omer Asik, pivô
2 – Patrick Beverley, armador
10 – Ronnie Brewer, ala-armador
0 – Aaron Brooks, armador
21 – Marcus Camby, pivô
1 – Isaiah Canaan, armador
18 – Omri Casspi, ala
33 – Robert Covington, ala
32 – Francisco Garcia, ala-armador
13 – James Harden, ala-armador
12 – Dwight Howard, pivô
6 – Terrence Jones, ala-pivô
7 – Jeremy Lin, armador
20 – Donatas Motiejunas, ala-pivô
25 – Chandler Parsons, ala
4 – Greg Smith, ala-pivô
55 – Reggie Williams, armador
Quem chegou: Dwight Howard, Marcus Camby, Ronnie Brewer, Omri Casspi, Reggie Williams e Isaiah Canaan.
Quem saiu: Thomas Robinson, Royce White, Carlos Delfino, James Anderson e Tim Ohlbrecht
Dwight Howard teve uma saída muito problemática do Orlando Magic em 2012 e deixou o Los Angeles Lakers em julho deste ano após uma temporada em que a equipe – incluindo o próprio pivô – foi muito abaixo do que se esperava de um elenco repleto de estrelas. Mesmo assim, Howard ainda pode elevar substancialmente o patamar de uma equipe, e é o patamar de candidato ao título que o Houston Rockets espera ter alcançado com a aquisição do astro.
Com James Harden e Jeremy Lin, a franquia do Texas conseguiu ter um dos times mais empolgantes para se assistir, com contra-ataques rápidos e bolas de três que tornaram a equipe a segunda que mais pontuou na temporada passada, com média de 106 pontos por jogo.
No entanto, a caminhada do Rockets acabou na primeira rodada dos playoffs e ficou claro que apenas com Lin e Harden como destaques a equipe iria se manter no meio da tabela da conferência Oeste e sem conseguir avançar para os duelos mais decisivos da temporada.
O próprio Jeremy Lin passou a ser questionado. Suas estatísticas, apesar de boas, não cresceram de acordo com o que se esperava pelo seu novo status de titular, com mais minutos em quadra. As críticas mais duras vieram com os playoffs, quando ele não passou de sete pontos em nenhuma das quatro partidas que disputou.
O gerente-geral Daryl Morey precisou trabalhar duro desde a temporada passada para abrir espaço na folha de pagamento do Rockets e poder oferecer um contrato de quatro anos e 88 milhões de dólares para Dwight Howard. Em seu segundo ano como técnico principal do Rockets, Kevin McHale terá a difícil missão de fazer o pivô ser dominante como em anos anteriores e Jeremy Lin participar melhor da armação da equipe.
Perímetro
Jeremy Lin já teve um período insano no início de 2012 pelo New York Knicks e uma temporada seguinte apenas regular pelo Houston Rockets. Para que o armador contribua para que a franquia chegue perto do título, é fundamental que ele esteja mais próximo do seu desempenho em Nova Iorque, do que no sua média de 13,4 pontos no primeiro ano na equipe titular.
James Harden é o cara que comanda a pontuação da equipe e no ano passado se tornou uma das armas ofensivas mais decisivas da liga. Com Dwight Howard no grupo, tanto ele como Lin devem tem um grande apoio para o seu jogo. Ambos gostam de bater pra dentro e ir em direção a cesta saindo do pick’n’roll, e com um pivô como Howard disponível para receber a bola, essa jogada pode ser ainda mais letal.
Chandler Parsons é versátil e pode ser usado na posição número 4 por conta do seu tamanho, o que também o ajuda na defesa. Ele e Francisco Garcia, vindo do banco, também podem ajudar muito da linha de três pontos. Os dois tiveram 38,5% e 37,4% de aproveitamento nos arremessos de longa distância na última temporada regular.
Omri Casspi tem versatilidade similar a de Parsons e pode sair do banco para substituir o ala, cumprindo a função tanto de um arremessador da linha de três pontos, como também jogando mais próximo à cesta, usando sua altura.
Um dos principais jogadores do banco do Rockets, Patrick Beverley chegou a equipe vindo da Rússia no início deste ano e surpreendeu nos playoffs substituindo bem Jeremy Lin. Sua velocidade tanto no ataque quanto na defesa podem inclusive fazer dele um titular no time de Houston, caso Lin não jogue bem no início da temporada.
Reggie Williams e Aaron Brooks também são jogadores que oferecem perigo da linha de três pontos, mas devem brigar por minutos de quadra com Ronnie Brewer e o calouro Isiah Canaan, que pode passar parte da temporada na D-League.
Garrafão
O garrafão do Houston Rockets deve sofrer uma considerável melhora com a aquisição de Dwight Howard. Espera-se que ele já esteja totalmente recuperado da cirurgia nas costas que limitou suas jogadas explosivas ao longo do seu período como um Laker, mas que agora devem trazer contribuição para o time dos dois lados da quadra.
Na defesa, sua envergadura é fundamental para que ele sempre esteja entre os maiores reboteiros e bloqueadores de arremessos da NBA nos últimos anos. No ataque, ele deve encontrar em James Harden um ótimo parceiro para os pick’n’rolls, além de seguir superando seus adversários com sua força ao receber a bola de costas pra cesta.
O peso de Howard na equipe só não é maior pois Omer Asik já cumpria muito bem o papel de pivô na temporada passada. Se por um lado o turco apresenta limitações no seu jogo ofensivo, desde seus tempos no Chicago Bulls ele se mostra muito eficiente defendendo os adversários e pegando rebotes. Ele e Howard ocuparam a terceira e primeira posições, respectivamente, em rebotes por jogo na liga.
No entanto, Asik já demonstrou estar descontente por voltar ao posto de reserva que ele já ocupava no Bulls, quando substituia Joakin Noah. É importante que a diretoria dos Rockets saiba lidar com esse problema para que eles não percam um jogador que deve ser muito importante para a rotação.
A maior dúvida no quinteto inicial do Rockets para Kevin McHale deve estar na posição de ala-pivô. Donatas Motiejunas e Terrence Jones estão em seu segundo ano na NBA e são os candidatos mais fortes para a posição. Enquanto o lituano gosta de arremessar da linha de 3 pontos, Jones aposta em sua capacidade defensiva e de pegar rebotes para ganhar o posto.
Greg Smith é eficiente finalizando próximo a cesta e assim como o veteraníssimo Marcus Camby, ele deve aproveitar os poucos minutos de quadra que sobrarem de Howard e Asik.
Análise Geral
O Houston Rockets tem potencial para conseguir uma grande evolução em relação ao ano passado e garantir uma posição melhor na tabela para os playoffs. Kevin McHale tem a sua disposição um elenco com um bom quinteto titular, além de reservas como Patrick Beverley e Omer Asik que podem manter um alto nível de jogo com a segunda unidade.
Daí para o título, o nível de exigência sobre os jogadores teria que aumentar muito mais. Por mais que fique livre de confusões e dores nas costas, é difícil imaginar que Dwight Howard volte a ser dominante como nos seus melhores anos de Orlando Magic. Além disso, a Linsanity parece uma lembrança distante para Jeremy Lin, que precisa ficar de olho para não ser superado por Beverley entre os titulares.
De qualquer forma, a contratação de uma super estrela da NBA trouxe uma grande expectativa em torno dos Rockets. Os fãs de Houston voltaram a acreditar que a equipe pode brigar pelas primeiras posições do Oeste, uma esperança que não existia desde a época que Yao Ming e Tracy McGrady comandavam a equipe.
Previsão: 5º na conferência Oeste
