A competência do Spurs no draft

O San Antonio Spurs pode até não eliminar o Los Angeles Lakers neste domingo, mas está muito próximo de se classificar para as semifinais de conferência, após fazer 3 a 0 na série na última sexta-feira. Mas uma coisa esse time texano tem que nenhuma outra equipe da NBA consegue: tirar o máximo de cada […]

Fonte:

O San Antonio Spurs pode até não eliminar o Los Angeles Lakers neste domingo, mas está muito próximo de se classificar para as semifinais de conferência, após fazer 3 a 0 na série na última sexta-feira. Mas uma coisa esse time texano tem que nenhuma outra equipe da NBA consegue: tirar o máximo de cada jogador.

Podemos notar, não de hoje, que o Spurs trata suas escolhas no draft com uma seriedade que poucos, ou talvez nenhum time, consegue fazer.

Em seu elenco dos playoffs, apenas dois foram escolhas top 10, sendo que um deles, Tracy McGrady, só chegou recentemente e jamais atuou pela equipe. Seis deles são de segunda rodada. Quatro foram entre as picks 21 e 29, e dois sequer foram escolhidos.

Publicidade

Se tirarmos McGrady e colocarmos Stephen Jackson, que atuou pelo time durante toda a temporada, adicionamos outro jogador de segunda rodada, fazendo de Tim Duncan, a única escolha top 10. De fato, Duncan foi a primeira escolha de 1997. Mas só.

Apenas para servir como comparação, pegamos aqui o Lakers, seu oponente da primeira rodada.

No time californiano, Kobe Bryant foi 13°, enquanto Steve Nash, o 15° de 1996. Metta World Peace, foi o 16° de 1999, e por fim, Earl Clark, o 14° de 2009.

Publicidade

Agora vamos ao que interessa:

Dwight Howard (1° de 2004), Pau Gasol (3° de 2001), Antawn Jamison (4° de 1998), e Jordan Hill (8° de 2009).

São quatro escolhas top 10, contra basicamente uma do Spurs.

Publicidade

Tudo bem, não estou dizendo que o Spurs está batendo o Lakers só por causa dessa competência. O Lakers teve contra o problema das lesões de alguns de seus principais jogadores, entre eles, um dos maiores de todos os tempos, Kobe Bryant. Isso faz diferença.

Mas o que estou colocando, na prática, é que o que a diretoria texana consegue construir a partir de jogadores de segunda ou de fim de primeira rodada, em sua maioria, é que impressiona.

Publicidade

Dos titulares, Tiago Splitter e Tony Parker são de fim de primeira rodada. Ambos foram a escolha 28 de seus anos. Danny Green, foi o 46° de 2009.

Spurs na história recente do draft

1999 – Manu Ginobili, 57°
2001 – Tony Parker, 28°
2002 – John Salmons, 26°; Luis Scola, 55°
2003 – Leandro Barbosa, 28°
2004 – Beno Udrih, 28°
2005 – Ian Mahinmi, 28°
2007 – Tiago Splitter, 28°
2008 – George Hill, 26°; Goran Dragic, 45°
2009 – DeJuan Blair, 37°; Nando De Colo, 53°
2011 – Cory Joseph, 29°; Adam Hanga, 59°

Publicidade

Desses, vários são ou foram titulares no Spurs ou em outras equipes. Podemos notar que vários são estrangeiros, o que é fácil notar que a NBA não é mais uma liga dos Estados Unidos, e sim, um campeonato mundial.

Destaques para Parker e Ginobili, que já estiveram em edições do Jogo das Estrelas, e Splitter, efetivado como titular nesta temporada.

No Suns, Dragic e Scola são titulares.

Publicidade

Hill, reserva de Parker no Spurs, virou incontestável no Indiana Pacers.

Gregg Popovich

Há 17 anos no comando da equipe, o técnico Gregg Popovich sempre classificou o Spurs para os playoffs. E sabe qual foi sua pior campanha? Em 2009-10, quando venceu 50 jogos (60,9% de aproveitamento). Ou seja, Popovich é, e foi, parte fundamental para todo esse sucesso. São quatro títulos desde 1998-99. Claro que Duncan também é um dos responsáveis por tais números e conquistas. Mas um dia ele vai aposentar (contrato até 2014-15), assim como foi com David Robinson. 

Publicidade

Popovich cuida muito bem de seus jogadores e pede que o máximo de esforço deles seja o mínimo a ser feito. E seus atletas entendem bem o recado. 

Para quem se acostumou com o Spurs tendo um jogo muito cadenciado, viu o time mudar nos últimos anos. Muitas cestas de três pontos, misturado com  transição, e claro, muita defesa. Mérito de Pop.

Publicidade

Comprometimento com o futuro

Há anos dizem que o Spurs é um time muito velho e que é uma equipe de temporada regular. Desde 2007, San Antonio não vence um título. De fato, Duncan, Ginobili, e Parker, não estão ficando mais jovens.

Publicidade

Matt Bonner e Boris Diaw, também já passaram dos 30.

Entretanto, se olharmos para o elenco num todo, veremos jogadores de futuro muito promissor, como Kawhi Leonard e Danny Green.

Quando Duncan e Ginobili se aposentarem, o que deverá acontecer nos próximos anos, Parker ainda estará por lá, e esses jovens terão a missão de conduzir a equipe aos playoffs.

Publicidade

Talvez não seja um time tão forte como o dos últimos anos. Mas quem garante que não? O Spurs foi aos playoffs em 23 dos últimos 24 anos. Só não foi em 1996-97, quando David Robinson se machucou e a equipe claramente utilizou o artifício do tank.

Então prepare-se. Competência é tudo na NBA. Goste ou não do Spurs, você o verá entre os primeiros por muito tempo.

Últimas Notícias

Comentários