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Cade Cunningham lidera renascimento do Pistons na NBA

Equipe de Detroit é uma das gratas surpresas da temporada

cade cunningham pistons NBA Fonte: Reprodução / X

Sob a liderança de Cade Cunningham, o Detroit Pistons voltou a ser relevante na NBA. Não é exagero afirmar em renascimento da franquia. Afinal, estava no limbo há mais de uma década. Famosa pelos Bad Boys dos anos 80 e 90, a equipe virou uma piada na liga. Mas, em 2024/25, o Pistons virou manchete, desta vez pelo sucesso em quadra.

Nos últimos 15 anos, a equipe de Detroit chegou aos playoffs apenas duas vezes (2016 e 2019). Em ambas as disputas, aliás, caiu na primeira rodada. No período, o time alternou campanhas medíocres com fiascos. Por exemplo, nas últimas cinco temporadas, o Pistons somou 94 vitórias em 384 jogos. Ou seja, um aproveitamento de apenas 24%.

Foi lanterna da Conferência Leste em três dessas campanhas, penúltimo e antepenúltimo nas outras. O fundo do poço foi em 2023/24, quando fez a pior campanha de sua história (14 vitórias e 68 derrotas). Mas, o que mudou de uma temporada para outra? De pior time da NBA, o Pistons se tornou competitivo.

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Mesmo com os sucessivos fracassos, Detroit só ficou com a primeira escolha do Draft em 2021. Na ocasião, o Pistons selecionou o maior talento disponível: Cade Cunningham, que tinha potencial para se tornar um astro na NBA. Uma pick óbvia, mas que mudaria o patamar do time somente alguns anos depois…

O início da trajetória do armador não foi o que muitos esperavam. Também pudera, o time era horrível. Assim, Cunningham não foi eleito calouro do ano. Aliás, em 2022, o prêmio ficou com Scottie Barnes, do Toronto Raptors. Com uma repetição de erros, a franquia não conseguia montar um time decente ao redor de seu principal nome.

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Leia mais sobre Cade Cunningham e o Pistons!

Cunningham foi treinado por Dwane Casey e Monty Williams, que se negaram a enxergar o melhor encaixe para o Pistons. Com um talento natural para atacar a cesta, e atributos físico-atléticos de elite, o camisa 2 sofria com a falta de espaçamento. Assim, o Detroit Pistons era o pior time para se assistir na NBA.

Entretanto, tudo mudou após a chegada de JB Bickerstaff. Depois de quatro temporadas completas pelo Cleveland Cavaliers, o treinador foi contratado pelo Pistons com a missão de reerguer o time. Muitos analistas diziam que era uma missão quase impossível…

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Já em relação ao front office, o gerente-geral Troy Weaver foi demitido após quatro temporadas de fracassos. Para o lugar dele, o Pistons buscou Trajan Langdon, que era GM do New Orleans Pelicans. Em Detroit, no entanto, o executivo ganhou o cargo de presidente. Portanto, com total liberdade de mudar o que fosse preciso na equipe.

Respeitado na NBA, Langdon fez o que Weaver deveria ter feito no Pistons: cercou Cade Cunningham com bons arremessadores. Malik Beasley e Tim Hardaway Jr. A evolução natural do armador, combinada com um melhor encaixe em quadra, elevou o nível do time. Se a temporada acabasse hoje, Detroit teria uma vaga direta nos playoffs.

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Campanha surpreendente

Além do sexto lugar surpreendente no Leste (36 vitórias e 27 derrotas), o Pistons chama a atenção pela consistência nos dois lados da quadra. No ataque, por exemplo, Cunningham está brilhando com o espaçamento do time. Aos 23 anos, o armador tem os melhores números em quatro campanhas na liga: 25,3 pontos, 6,1 rebotes e 9,4 assistências, além dos aproveitamentos de 46% nos arremessos de quadra e 36% nas bolas de três. Desse modo, ele foi All-Star pela primeira vez na carreira.

Sob a batuta de Cade Cunningham, o Detroit Pistons é o 14º da NBA em eficiência ofensiva. Assim, produz 114,1 pontos a cada 100 posses de bola. Nos últimos quatro anos, a equipe sempre figurou no top 4 de piores ataques. Cunningham, aliás, é o terceiro da liga em assistências. Está atrás apenas de Trae Young, do Atlanta Hawks, e Nikola Jokic, do Denver Nuggets.

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Na defesa, por sua vez, Detroit restaurou a sua identidade. Afinal, em 2024/25, é o nono em eficiência defensiva. Historicamente, o time se caracterizou pelo jogo mais físico, pela marcação implacável.

Em seus três títulos na NBA (1989, 1990 e 2004), o Pistons se destacou pelo poderio defensivo e pela dureza de seus pivôs (Bill Laimbeer e Ben Wallace, no caso). Hoje, o jovem Jalen Duren tem a missão de proteger o aro. Em sua terceira temporada na liga, o atleta de 21 anos se tornou um defensor consistente. O reserva dele, Isaiah Stewart (23 anos), abusa da fisicalidade e faz bem o “trabalho sujo” perto da cesta.

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Ao lado de Duren, outro destaque defensivo é Ausar Thompson. O ala de 22 anos possui a melhor eficiência defensiva do time. Além disso, ele é capaz de marcar quatro posições. Cabe a Thompson “tomar conta” do principal jogador do time adversário.

Montagem do elenco

Cunningham, Duren e Thompson são consequências positivas das péssimas campanhas recentes do Pistons. Afinal, todos foram escolhas de loteria. Outro fator em comum é que se destacam pelos atributos físico-atléticos de elite. Não por caso, Detroit tem o sétimo pace (número de posses de bola) da liga.

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Também vale destacar a evolução de outro jovem da equipe. Pick 5 do Draft de 2022, Jaden Ivey se tornou um arremessador confiável (41% nas bolas e três). Ou seja, o ala-armador de 23 anos mostrou que pode atuar ao lado de Cunningham. No entanto, Ivey está fora da temporada devido a uma fratura da fíbula da perna esquerda.

No último recrutamento, o Pistons selecionou o ala Ron Holland, que jogou na G League. Ainda muito cru, o novato de 19 anos vai levar um tempo para se firmar na rotação principal do time. É, portanto, uma aposta de médio e longo prazo.

Quanto aos veteranos, Langdon foi muito bem no mercado. Acertou o retorno de Tobias Harris. Fez uma troca por Tim Hardaway Jr. e assinou com Malik Beasley. Este, aliás, é um forte candidato ao prêmio de melhor reserva da temporada. Por último, Langdon buscou Dennis Schroder no mercado de dispensados.

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Futuro

Detroit venceu 21 dos últimos 30 jogos. Ou seja, um aproveitamento de 70%. Nesse período, inclusive, o time possui a melhor eficiência defensiva da liga. Além de liderar o Pistons, Cade Cunningham caminha para ser eleito para um dos times ideais da temporada da NBA.

Quem diria que a equipe alcançaria esse status durante uma reconstrução, e logo no início de trabalho de Bickerstaff. Aliás, o comandante do Pistons seria o meu voto hoje para o prêmio de técnico do ano. Afinal, transformar o pior time da NBA em uma equipe competitiva é um feito.

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Astro do Detroit Pistons, Cade Cunningham vai entrar, em 2025/26, no primeiro ano de sua extensão contratual de cinco temporadas. Ivey e Duren, por outro lado, estarão no último ano do vínculo de calouro. Já Stewart tem mais três anos de contrato. E Thompson vai iniciar sua terceira temporada na NBA. Vale lembrar que, no recrutamento deste ano, o Pistons não terá uma escolha de primeira rodada.

Quanto aos veteranos, Hardaway Jr., Beasley e Schroder serão agentes livres irrestritos. Ou seja, poderão assinar com qualquer equipe na próxima offseason. Harris, por sua vez, tem mais um ano de contrato. Langdon, portanto, terá trabalho no mercado.

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A continuar nesse ritmo, o Pistons conseguirá uma vaga direta nos playoffs. Detalhe: a equipe não faz uma campanha acima dos 50% desde 2016. Com o nível defensivo que alcançou, Detroit será uma “carne de pescoço” na pós-temporada.

Mas, a campanha de 2024/25 dá sinais de que Detroit tem tudo para se estabelecer no noticiário positivo da liga. A expectativa para os próximos anos é de evolução do núcleo jovem liderado por Cunningham. Sim, o Pistons deixou o limbo e voltou a ser relevante na NBA.

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