Fonte: Reprodução / InstagramEstamos a 24 horas da offseason começar “de vez” na liga. Afinal, os agentes livres vão ser liberados para discutirem contratos com qualquer time da NBA nesse domingo. Eles só negociavam, por enquanto, com as suas próprias equipes. Ou seja, só renovação ou extensão de vínculo eram possíveis. Agora, o mercado fica reaberto para qualquer negócio de forma oficial.
Existem astro e grandes nomes disponíveis na agência livre, como em qualquer outro ano. Ídolos podem deixar as suas franquias, enquanto outras negociações parecem estagnadas. Então, movimentações importantes estão prestes a acontecer e a NBA prepara-se para abalos. Os rumores correm soltos, mas todos sabem que nem tudo tende a acontecer. E muita coisa é só “cortina de fumaça”.
Mas quem realmente pode sair do seu time? E quais são as situações que tem cara de mera especulação? Para tentar entender esse jogo de cena, convocamos quatro dos nossos analistas para discutir alguns dos principais nomes no mercado. Além disso, temos o convidado especial Gabriel Martins, do podcast “Cara dos Sports”.
Quais são as mudanças que a gente pode esperar, de verdade, dos próximos dias no mercado? E, por outro lado, quem apostamos que não vai sair do lugar? Vamos conferir…
1. James Harden vai renovar contrato com o Clippers?
Gustavo Freitas: Sim, porque o time funcionou com Harden e fez um bom papel por lá. Não é mais aquele candidato constante a MVP, mas ajuda bastante e teve um impacto positivo no elenco. Então, acho bem provável que siga em Los Angeles.
Matheus Carvalho: Sim. Acho que Harden vai evitar outra offseason tumultuada. Está jogando em sua cidade natural em uma franquia que fez o possível para valorizá-lo em pouco tempo. Mudou tudo, além disso, para tê-lo. Por isso, essa vai ser uma das primeiras notícias quando o mercado estiver reaberto.
Gabriel Martins: Sim. Em particular, por dois motivos: a saída provável de Paul George e o mercado de Harden não ser dos maiores. O seu rendimento nos playoffs já está bem registrado, mas, ao menos, ele tem sido durável na temporada regular. Isso é algo que o Clippers precisa.
Victor Linjardi: Sim. Imagino que espere a resolução de Paul George para definir o seu futuro, já que quer jogar ao lado de estrelas no Clippers. Mas a tendência é que siga por lá depois de uma boa participação nos playoffs. E, acima de tudo, por ser peça-chave no time do Tyronn Lue.
Ricardo Stabolito Junior: Sim. Ele está bem no Clippers e, ao mesmo tempo, não há grande interesse no mercado. A franquia deseja mantê-lo. Acho que nem Harden vai conseguir complicar as coisas dessa vez.
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2. Isaiah Hartenstein vai renovar contrato com o Knicks?
Gustavo Freitas: Sim. Depende, mas acho que sim. Vai receber propostas melhores de outros times, mas ele gosta do Knicks e sabe que a equipe está melhor. É uma grande oportunidade. Apesar de poder aparecerem outros times com chances reais de vencer, Hartenstein deve ter a preferência de seguir em Nova Iorque.
Matheus Carvalho: Não. Antes da troca de Mikal Bridges, eu até achava que as coisas poderiam ser equilibradas. Mas, com a chegada do novo jogador, o acerto teria que ser por muito menos. Nicolas Claxton, por exemplo, acabou de ganhar US$100 milhões do Brooklyn Nets. Assim, vejo Hartenstein embolsando mais.
Gabriel Martins: Não. Hartenstein se valorizou muito nos playoffs e, assim, o Knicks não vai ter espaço na folha salarial para isso. Trocar Mitchell Robinson para mantê-lo seria o ideal, mas é difícil.
Victor Linjardi: Não. O problema aqui é financeiro, pois o Knicks quer manter o pivô. Aliás, acredito que o interesse seja mútuo. Mas, com a chegada de Mikal Bridges, há pouco espaço na folha salarial. Para oferecer um contrato atrativo, o time precisa abrir mais espaço ou mergulhar nas taxas.
Ricardo Stabolito Junior: Não. Jogadores do porte de Hartenstein não costumam aceitar cortes salariais para jogar aqui ou ali. Então, quando as ofertas (muito maiores) chegarem, acho que o dinheiro vai falar mais alto.
3. Klay Thompson vai renovar contrato com o Warriors?
Gustavo Freitas: Muito, mas muito não. Assim como George, Thompson quer mais do que tem sido oferecido. Ele teve problemas na última temporada, inclusive com Steve Kerr. É provável que encontre um time que o queira, pois existem várias equipes que gostam do seu estilo de jogo.
Matheus Carvalho: Não. É a novela com os dois lados mais distantes, certamente. Klay quer muito e existem time dispostos a lhe darem esse contrato, mesmo que curto. Vê-lo fora do Warriors vai ser estranho, mas me surpreenderia se ficasse.
Gabriel Martins: Não. Acredito que Golden State vai ser agressivo na offseason e não pagará Thompson por sua história. Algum time com flexibilidade vai fazer uma aposta em um retorno à forma do astro e valorizar a experiência dele.
Victor Linjardi: Não. Tudo aponta para uma mudança de ares do ídolo do Warriors. E, depois de uma temporada ruim, o melhor caminho é tentar um recomeço em outra franquia mesmo. Um lugar em que possa receber mais dinheiro e o tempo de quadra que almeja.
Ricardo Stabolito Junior: Não. O Warriors precisa economizar, mas, ao mesmo tempo, ser competitivo. Ou seja, precisa diminuir gastos com atletas que não produzem à altura do que recebem. As exigências contratuais de Thompson não condizem com as atuações em quadra. Ídolos merecem homenagens, não contratos só por sua história.
4. DeMar DeRozan vai renovar contrato com o Bulls?
Gustavo Freitas: Depois das movimentações recentes de Chicago, acho que não. E, aliás, nem faria sentido para o time iniciar uma reconstrução com alguém no elenco que precisa vencer. Não é assim que funciona, então deve levar os seus talentos para outro lugar.
Matheus Carvalho: Não. O Bulls, pelo jeito, agora tende a abraçar uma reconstrução mais profunda. O ponto é que a situação de DeRozan pode mudar a depender de alguns movimentos do mercado. Se George ficar no Clippers, por exemplo, o seu preço sobe.
Gabriel Martins: Sim, pois não sei se o mercado é grande para DeRozan. Sei que o Bulls caminha para o tank, mas ele pode ter algum valor de troca para uma equipe desesperada mais próximo da trade deadline.
Victor Linjardi: Não. Depende do jeito que o Bulls planejar a sua temporada, mas creio que sua vontade de jogar em Los Angeles é conhecida por todos. Se Chicago for para uma reconstrução, deve sair. Mas, se não for bem assim, uma renovação pode ser considerada.
Ricardo Stabolito Junior: Sim. E, em seguida, é trocado em uma sign-and-trade. O Bulls vai por outro caminho, mas ajuda a sua saída. DeRozan teve uma boa passagem pela equipe do ponto de individual, então sem rancor. Segue a vida.
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5. Verdadeiro ou falso: LeBron James vai declinar a cláusula do seu contrato e renovar com o Lakers.
Gustavo Freitas: Verdadeiro. A franquia fez tudo o que ele queria, pois Bronny James e JJ Redick estão lá. Por que ele iria querer jogar em outro lugar? É algo que fez completo sentido. A sua extensão, em síntese, é quase protocolar.
Matheus Carvalho: Verdadeiro. Afinal, o Lakers já fez e está tentando fazer tudo para mantê-lo satisfeito. Trouxe o seu filho, quer movimentos agressivos na agência livre e movimentou-se bem no draft. Além disso, comercialmente, é o que faz mais sentido a esta altura de sua vida também.
Gabriel Martins: Verdadeiro. Seria a maior reviravolta da história dos esportes se não renovar, certamente. Por mais que o clima tenha pesado depois dos rumores do relacionamento de LeBron com a mãe do novo companheiro de time dele…
Victor Linjardi: Verdadeiro. O Lakers simplesmente não vai deixá-lo ir embora. E, ao mesmo tempo, ele não quer ir embora.
Ricardo Stabolito Junior: Verdadeiro. Para começar, LeBron “vende” um Lakers forte e imponente que nem sempre se prova em quadra. E existe o óbvio: a equipe acabou de contratar o seu parceiro de podcast como técnico e selecionar o filho do astro no draft. Então, é sobre isso – e está tudo bem.
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