O Jumper Brasil dá prosseguimento à série diária “Draft 2023: As necessidades de cada time”, desta vez com o Utah Jazz. Afinal, a equipe da capital norte-americana terá direito a fazer a nona escolha no recrutamento deste ano.
Em 2022/23, o Jazz fez a nona pior campanha da temporada, com 37 vitórias e 45 derrotas. Dessa forma, a equipe ficou de fora dos playoffs pela primeira vez nas últimas sete temporadas.
O detalhe é que isso ocorreu porque o time de Salt Lake City entrou em um processo de reformulação. Afinal, os titulares dos últimos anos – Donovan Mitchell, Rudy Gobert, Bojan Bogdanovic, Mike Conley e Royce O’Neale – foram negociados. Além disso, o técnico Quin Snyder saiu e, para o seu lugar, veio o estreante Will Hardy.
Assim, a prioridade do CEO da franquia, Danny Ainge foi a de rejuvenescer o elenco. Agora, a intenção é seguir na reconstrução, mas ao redor da dupla Lauri Markkanen e Walker Kessler, destaques do time na última temporada. Nesta offseason, aliás, a franquia terá bastante espaço na folha salarial para investir em reforços (pelo menos US$30 milhões).
No Draft deste ano, além da pick 9, o Jazz terá mais duas escolhas de primeira rodada (16 e 28). Assim, é bem provável que a franquia negocie pelo menos uma delas. Aliás, uma das opções de Utah é empacotar as picks para subir no recrutamento.
Por fim, vale lembrar que o Jazz terá 13 escolhas de primeira rodada até 2029. Oito delas, aliás, foram adquiridas nas várias trocas da última temporada. Ou seja, a franquia tem tudo para se dar bem nessa reconstrução.
Draft 2023: As necessidades do Utah Jazz
Elenco para a próxima temporada (cinco atletas com contratos garantidos)
PG: Collin Sexton (24 anos, US$17,3 milhões)
SG: Ochai Agbaji (23 anos, US$ 4,1 milhões)
SF: Simone Fontecchio (27 anos, expirante de US$3 milhões)
PF: Lauri Markkanen (26 anos, US$17,2 milhões)
C: Walker Kessler (21 anos, US$2,8 milhões)
Média de idade: 24,2 anos
Folha salarial: US$44,4 milhões
Agentes livres: Udoka Azubuike (C, 23 anos, irrestrito) / Juan Toscano-Anderson (SF/PF, 30 anos, irrestrito) / Johhny Juzang (SG/SF, 22 anos, restrito) / Micah Potter (C, 25 anos, restrito)
Player option: Jordan Clarkson (SG, 31 anos, US$14,2 milhões) / Talen Horton-Tucker (SG/SF, 22 anos, US$11 milhões) / Rudy Gay (SF/PF, 36 anos, US$6,5 milhões) / Damian Jones (C, 28 anos, US$2,6 milhões)
Contratos não garantidos ou parcialmente garantidos: Kelly Olynyk (PF/C, 32 anos, US$12,2 milhões, sendo US$3 milhões garantidos, totalmente garantido após 28/06/23) / Kris Dunn (PG, 29 anos, US$2,6 milhões, totalmente garantido a partir de 23/10/23) / Luka Samanic (PF, 23 anos, US$2,1 milhões, totalmente garantido a partir de 10/01/24) / Vernon Carey (C, 22 anos, US$2 milhões, totalmente garantido a partir de 23/10/23)
Exceções salariais: room exception (para times que estão abaixo do teto salarial, no valor de US$7,6 milhões), trade exception 1 (US$9,6 milhões, expira em 06/07/23), trade exception 2 (US$2,74 milhões, expira em 25/08/23), trade exception 3 (US$6,74 milhões, expira em 22/09/23), trade exception 4 (US$5 milhões, expira em 09/02/24), trade exception 5 (US$4,37 milhões, expira em 09/02/24)
Posições carentes: todas
Leia Mais!
- Draft 2023: As necessidades do Washington Wizards
- Draft 2023: As necessidades do Indiana Pacers
- Draft 2023: As necessidades do Orlando Magic
Necessidades da equipe
- Um armador de ofício. Sem Mike Conley, o Jazz ficou órfão de um organizador. Afinal, Sexton é muito mais um pontuador do que um criador para os companheiros.
- Bons defensores. O Jazz teve a sétima pior eficiência defensiva em 2022/23, com 116 pontos sofridos a cada 100 posses de bola. Hoje, o time tem um bom protetor de aro (Kessler), mas precisa adicionar especialistas defensivos no perímetro.
- Bons arremessadores do perímetro. Na última temporada, o time de Utah foi apenas o 20º em aproveitamento nas bolas de três (35,3%). Além disso, foi o quinto que mais sofreu cestas (43,4 por jogo).
- Extensão prévia com Lauri Markkanen (elegível a partir de 6 de agosto deste ano). All-Star pela primeira vez, eleito o jogador que mais evoluiu (MIP) e grande destaque do Jazz. A temporada 2022/23, portanto, foi um divisor de águas na carreira do finlandês.
Escolhas no Draft 2023: 9, 16 e 28
Prospectos mais indicados
* Pick 9
Taylor Hendricks (PF, UCF, freshman, 19 anos). Hendricks é um ala-pivô que possui qualidade nos dois lados da quadra. Foi o único atleta do College a converter pelo menos 60 bolas de três, dar 55 ou mais tocos e cravar 35 ou mais enterradas, em 2022/23. Portanto, não é exagero afirmar que se trata do melhor 3-and-D da classe. Dessa forma, Hendricks é um jogador de fácil encaixe em qualquer time da NBA. Afinal, é capaz de contribuir tanto na defesa quanto no ataque, e não precisa da bolas nas mãos para ser útil. Além disso, a liga privilegia o espaçamento de quadra, o que, inclusive, vai facilitar a vida de Hendricks.
Anthony Black (PG/SG, Arkansas, freshman, 19 anos). Black é um guard de mais de dois metros de altura, detalhe que já chama a atenção. Além disso, é um ótimo e versátil defensor (antecipa linhas de passes com instintos e inteligência apurados, marca as três posições do perímetro). No ataque, Black é agressivo no ataque à cesta e se destaca por quebrar as defesas e invadir o garrafão com naturalidade. Aliás, ele não foge do jogo de contato. Como criador, possui uma leitura de jogo avançada, controla o ritmo em quadra e exibe uma ótima tomada de decisão nos pick-and-rolls.
Cason Wallace (PG/SG, Kentucky, freshman, 19 anos). Pode ser o próximo guard oriundo de Kentucky a se dar bem na NBA. Afinal, Wallace aprendeu a ser efetivo dividindo a bola com outro armador e se movimentando sem a bola. O armador sofreu com a falta de espaçamento de quadra no College, mas deverá encontrar mais facilidade na NBA. Wallace é um defensor de elite, que cuida bem da bola, tem entendimento avançado do jogo e ainda acerta arremessos do perímetro. Portanto, pode atuar com e sem a bola. Enfim, uma aposta segura neste recrutamento.
Gradey Dick (SF, Kansas, freshman, 19 anos). Não é exagero afirmar que trata-se do melhor arremessador do Draft de 2023. Dick, aliás, tem um dos arremessos mais “puros” que já vi, uma mecânica perfeita. Além disso, ele é excelente atuando fora da bola. Portanto, um arremessador de elite, que se movimenta muito bem em quadra e não precisa da bola nas mãos para ser útil. Defensivamente, ele não é uma negação. Pelo contrário, é muito esforçado, dedicado. Assim, Dick deverá ter um encaixe tranquilo em qualquer equipe da NBA. Enfim, um potencial role player com papel bem definido e que não compromete em quadra. Portanto, uma escolha segura.
* Pick 16
Jalen Hood-Schifino (PG, Indiana, freshman, 19 anos). Hood-Schifino é um armador alto, com braços longos e força física na parte superior do corpo. Isso lhe ajuda a manter posição e a criar um mínimo de espaço para seus arremessos de meia distância e floaters. Além disso, possui excelente controle de bola, e joga com muita pausa e tranquilidade em quadra. O armador, aliás, é um exímio controlador de jogo no pick-and-roll. Por fim, Hood-Schifino é um bom defensor no chamado ponto de ataque. Enfim, trata-se de um jogador inteligente e habilidoso, que traz segurança com a bola nas mãos.
Kobe Bufkin (PG/SG, Michigan, sophomore, 19 anos). Kobe é um combo guard atlético que possui grande inteligência no ataque. Além disso, é um ótimo finalizador e um eficiente arremessador fora da bola (catch-and-shoot). No ataque, Bufkin também consegue criar a partir do pick-and-roll. Já na defesa, ele mostra excelente postura e se sai muito bem marcando pressão. Aliás, sua inteligência, esforço e leitura defensiva são notáveis. Portanto, é útil com e sem a bola. Enfim, Kobe é um dos prospectos mais completos de 2023.
Dereck Lively (C, Duke, freshman, 19 anos). À exceção do fenômeno Victor Wembanyama, a classe de pivôs de 2023 deixa a desejar. No entanto, Lively é o jogador que oferece mais upside na primeira rodada. Embora careça de refinamento técnico-tático, ele combina rara mobilidade com os seus atributos físicos de elite (envergadura invejável, impulsão, explosão). Assim, é um grande espaçador vertical. Destaca-se, aliás, nos pick-and-rolls, quando gira com agilidade, após realizar bloqueios para o homem da bola, e coloca pressão nas defesas. Além disso, ele é um bom reboteiro e um protetor de aro de elite. Lively também cobre muito espaço em quadra e sente-se confortável contestando arremessos no perímetro.
Bilal Coulibaly (SG/SF, Metropolitans 92-FRA, França). Companheiro de Wembanyama, Coulibaly vem subindo nas projeções do recrutamento. Isso se deve às suas grandes exibições nos playoffs da liga francesa. Antes de tudo, ele é um ala que chama a atenção pelos atributos físico-atléticos de elite. Com passadas largas, tem facilidade em chegar à cesta. Além disso, Coulibaly é um ótimo e versátil defensor. O jovem de 18 anos também mostra upside como criador, seja do próprio arremesso ou de jogadas para os companheiros. Assim, por conta de seu impacto no basquete profissional, Coulibaly já deixou claro que pode contribuir de imediato na NBA.
Jordan Hawkins (SG, UConn, sophomore, 21 anos). Hawkins é um dos melhores e mais dinâmicos arremessadores da classe. Assim, tem tudo para ser uma ameaça do perímetro na NBA. O ala-armador, aliás, é uma aposta segura no recrutamento. Ou seja, chegará ao nível profissional para contribuir de imediato. Portanto, um encaixe perfeito para um time que precisa de um arremessador confiável, que se movimenta muito bem fora da bola. Dessa forma, Hawkins é projetado como um role player na NBA, no caso, um jogador que chega com uma função específica em quadra: matar bolas de três pontos.
* Pick 28
Colby Jones (SG/SF, Xavier, junior, 20 anos). Jones é um ala que possui um elevado QI de basquete nos dois lados da quadra. Além disso, é um ótimo criador para os companheiros, evoluiu como arremessador do perímetro (quase 38% de aproveitamento) e mostra versatilidade defensiva. Portanto, um protótipo de role player que cairia bem em qualquer equipe da NBA.
Dariq Whitehead (SF, Duke, freshman, 18 anos). Apesar da lesão no pé direito que o limitou em Duke, Whitehead oferece um enorme upside nos dois lados da quadra. Um dos prospectos mais jovens da classe, o ala chama a atenção pelos atributos físico-atléticos de elite. Além disso, já se mostrou um ótimo arremessador do perímetro (aproveitamento de quase 43%) e um sólido defensor. Portanto, um protótipo de 3-and-D, tão em alta na NBA. Por fim, Whitehead é um talento a ser lapidado. Ou seja, um projeto de médio e longo prazo.
Ben Sheppard (SG/SF, Belmont, senior, 21 anos). Sheppard subiu bastante nas projeções após se destacar no Combine. Potencial 3-and-D na NBA, o ala chama a atenção como arremessador no catch-and-shoot e por ser um bom defensor de perímetro. Além disso, Sheppard possui uma leitura avançada do jogo e consegue criar para os companheiros no pick-and-roll.
Olivier-Maxence Prosper (SF/PF, Marquette, junior, 20 anos). O canadense, acima de tudo, chama a atenção pelos atributos físicos-atléticos. Forte, explosivo, ágil, dono de braços longos. Dessa forma, Prosper é um defensor versátil. Afinal, tem força física para bater de frente com bigs e agilidade suficiente para marcar alas mais baixos e velozes. Além disso, é um arremessador em franca evolução nas situações de catch-and-shoot.
Andre Jackson (SG/SF, UConn, junior, 21 anos). Peça fundamental para o título universitário da UConn, Jackson de destaca pela versatilidade defensiva e por ser altruísta em quadra. Afinal, ele consegue marcar todas as posições do perímetro e é um passador criativo. Ou seja, um playmaker que é um defensor acima da média.
Assine o canal Jumper Brasil no Youtube
Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.
Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA
Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp