Fonte: Adam Pantozzi / AFPA temporada do Los Angeles Lakers é uma turnê que flerta cada vez mais com o desastre. A equipe iniciou a campanha com o sonho de disputar o título, mas, no momento, está só na 13ª posição do Oeste. Os otimistas vão indicar que, a princípio, o time está a apenas dois jogos de uma vaga no play-in. Por outro lado, os californianos conseguem ser melhores do que só duas franquias na conferência.
No entanto, as necessárias mudanças no elenco aconteceram nas últimas semanas. O time angelino aproveitou a trade deadline e, assim, trouxe cinco novos atletas. É meia rotação renovada para o resto da temporada com jogadores melhores. Então, as coisas estão prestes a mudar.
Vão mudar, certo?
Reunimos hoje três integrantes da nossa equipe e o convidado Gabriel Martins (podcast Cara dos Sports) para discutir isso. Agora, realmente, o Lakers parece destinado a subir na tabela? Ou o desastre, por fim, vai se confirmar? E, aliás, o que seria sucesso e fracasso na temporada do Los Angeles Lakers? Vamos lá!
1. Verdadeiro ou falso: os reforços mudam o patamar do Lakers na temporada.
Gustavo Freitas: Verdadeiro, mas com ressalvas. Não chegou um terceiro astro. D’Angelo Russell é um armador que cuida melhor da bola, além de ser melhor arremessador do que Russell Westbrook. Isso já faz uma grande diferença, certamente.
Victor Linjardi: Verdadeiro. Vai ser preciso, no entanto, construir entrosamento entre os jogadores. Não é instantâneo.
Gabriel Martins: Verdadeiro, mas acredito que a mudança seja superestimada. O elenco está mais encorpado, mas o quão longe dá para chegar se D’Angelo Russell é o seu terceiro melhor jogador? Não muito provavelmente, pois ainda existe uma diferença significativa para o topo do Oeste.
Ricardo Stabolito: Falso, mas isso não quer dizer que não esteja mais forte. O Lakers, anteriormente, era um time para brigar por vaga nos playoffs. Essa é uma prateleira com muitas equipes no Oeste. Segue no mesmo “bolo”, mas bem mais forte e com bem mais chances.
2. Afinal, o que é sucesso na temporada (título, finais, semifinais playoffs, play-in) do Lakers?
Gustavo Freitas: Chegar ao play-in. Acredito que, para a direção, já seria um tipo de prêmio de consolação. Já existe uma meta mais realista, embora a equipe ainda esteja entendendo como funcionará até abril. O time ganhou as peças necessárias, então é hora de fazer acontecer.
Victor Linjardi: Chegar ao play-in. Conseguir uma vaga na repescagem já pode ser considerado um sucesso para o Lakers. Mas isso porque a campanha foi ruim desde o início da temporada. Algo além disso, por enquanto, seria surpreendente.
Gabriel Martins: Semifinais do Oeste. Sucesso mesmo, afinal, seria vencer uma série de playoffs. Mas fazer um duelo duro na primeira rodada, para o torcedor imaginar que o elenco pode ‘brigar’ na próxima temporada com mais ajustes, também estaria bom. Dá aquela nota sete para passar de ano.
Ricardo Stabolito: Chegar aos playoffs. O Lakers teve uma temporada desastrosa até agora, mas aposta que só precisa estar entre os oito para se garantir. Estar no mata-mata, então, significa que se deram uma chance de vencer. Eu não acredito muito nisso, mas é como pensam.
3. Por fim, a temporada do Lakers tem salvação?
Gustavo Freitas: Sim. Ainda dá para salvar, mas é necessário torcer para que as lesões não atrapalhem. LeBron James, por exemplo, tem incômodo no tornozelo há algum tempo. Para Anthony Davis, então, benzedeira e sal grosso até para entrar no vestiário! Se seguirem saudáveis, o Lakers está vivo.
Victor Linjardi: Sim. Se considerarmos que disputar o play-in seja uma salvação, então a resposta é sim. O Lakers ainda tem chances disso, mas não tem margem para erros.
Gabriel Martins: Sim. Pode soar clichê, mas um mês de LeBron e Anthony Davis jogando o seu melhor ainda podem te levar longe. Não tem o time intransponível no Oeste, além disso. Então, há salvação. Mas existem muitas variáveis que precisam pender em favor do Lakers.
Ricardo Stabolito: Sim, pois ela nunca esteve perdida. O Lakers ainda está perto, afinal, da zona de play-in. E, a partir daí, você está a duas vitórias dos playoffs. A equipe “flerta”, mas não está fadada ao desastre. A temporada só é uma decepção para quem apostava que poderia ser um candidato ao título.
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