Indiana Pacers: chegou a hora da reformulação

No “limbo”, o Pacers precisa reconstruir o elenco, que já mostrou que não vai levar o time a lugar algum

Indiana Pacers reformulação Fonte: Ron Hoskins / AFP

Chegou a hora do Indiana Pacers iniciar um processo de reformulação do elenco. Com apenas nove vitórias em 25 jogos, o time de Indianápolis talvez seja a maior decepção da temporada. Antepenúltimo colocado da Conferência Leste, um time que não se mostra competitivo em quadra e detentor da pior média de público na NBA (13.181). A verdade é que o Pacers necessita de uma “chacoalhada” para sair desse limbo.

Nos quatro anos em que foi comandada por Nate McMillan (2016-2020), a equipe de Indianápolis não passou da primeira rodada dos playoffs e sofreu três “varridas”. Já na última temporada, a experiência com Nate Bjorkgren foi um fiasco. O treinador novato perdeu o vestiário e o Pacers foi apenas o nono colocado do Leste. Caiu no play-in, após ser atropelado pelo Washington Wizards. Enfim, uma eliminação melancólica.

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Para 2021/22, o Pacers trouxe de volta o experiente Rick Carlisle, com a esperança de ser competitivo e voltar aos playoffs. No entanto, “surgiram” dois problemas: Indiana manteve a base do elenco, que nunca levou o time a lugar algum, e os concorrentes do Leste se reforçaram. É só ver as campanhas de Chicago Bulls, Cleveland Cavaliers e Wizards, por exemplo.

Em suma, o time de Indianápolis ficou para trás, acomodou, estagnou. E está no limbo. Não é bom o suficiente para brigar pelo topo, nem ruim o bastante para ter mais chances de ficar com uma escolha privilegiada no Draft. Por estar num mercado pequeno, não atrai o interesse dos astros da liga.

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Há até pouco tempo, Orlando Magic e Detroit Pistons estavam nessa mesma condição. Assumiram a mediocridade e partiram para um processo de reconstrução do elenco. É esse o caminho que a dupla formada pelo presidente Kevin Pritchard e o gerente-geral Chad Buchanan precisa aceitar.

Excesso de lesões

O excesso de lesões minou qualquer chance do time de Indiana brigar pelo topo do Leste, nas últimas duas temporadas. Myles Turner e Domantas Sabonis perderam 11 jogos cada em 2019/20. Brogdon outros 19. Para piorar, Victor Oladipo disputou somente 19 partidas.

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Na temporada seguinte, Turner foi desfalque em 25 jogos, Brogdon em 16 e Sabonis em outros dez. Destaque na “bolha” da NBA, em 2020, TJ Warren não joga há quase um ano. Disputou apenas quatro partidas em 2020/21 e ainda não estreou na atual campanha.

Já Oladipo voltou a não ficar saudável e entrou em quadra apenas nove vezes. Não por acaso, ele foi envolvido na mega troca que culminou na ida de James Harden para o Brooklyn Nets. Na negociação, o Pacers recebeu o talentoso Caris LeVert, mas que possui um histórico de lesões. Durante os exames de rotina no novo time, ele descobriu um câncer renal. Com isso, LeVert perdeu os primeiros 24 jogos. Felizmente, o atleta se curou.

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Na atual temporada, LeVert já desfalcou o time em oito jogos. Jeremy Lamb ficou de fora de sete partidas, e Brogdon de outras cinco. Nesta semana, TJ McConnell lesionou o punho direito e vai se ausentar dos próximos jogos.

Situação do elenco

O núcleo formado por oito atletas – Brogdon, Sabonis, Turner, Warren, Lamb, McConnell, Justin Holiday e Goga Bitadze – está junto há pouco mais de duas temporadas.

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Possíveis moedas de troca

Em 2021/22, o time de Indiana tem a 15ª maior folha salarial da NBA. Não é bom para uma franquia de um mercado pequeno gastar muito e não alcançar bons resultados.

Hoje, Sabonis e Turner são as moedas de troca mais atrativas. Há meses, a imprensa norte-americana especula que um deles vai deixar o Pacers, mas nada mudou. Outros atletas que poderão despertar interesse (por conta dos contratos expirantes) são Warren e Lamb. O veterano Justin Holiday tem um contrato “amigável” e também pode se tornar disponível, além de LeVert.

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Assim, a dupla Pritchard/Buchanan precisa se arriscar e promover uma reformulação no elenco. Então, os objetivos seriam flexibilizar a folha salarial, acumular ativos (jovens em ascensão/picks) e dar mais espaço para o novato Isaiah Jackson. O outro calouro, Chris Duarte, já conseguiu o seu espaço na rotação principal.

O empecilho: fazer isso com um treinador vitorioso no comando. O grande erro foi não mexer no elenco com a chegada de Carlisle. Quer ser competitivo, mas não muda o núcleo que já mostrou que não eleva o nível do time?

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Porém, ainda há tempo de fazer as mudanças. A trade deadline (prazo final para trocas) será no dia 10 de fevereiro. Portanto, os dirigentes têm pouco mais de dois meses para fazer as movimentações. Do jeito que está é que não dá para ficar.

Enfim, chegou a hora da direção do Pacers admitir: com esse elenco (que raramente fica saudável), o time não vai a lugar algum. Não briga pelas primeiras posições do Leste, nem por uma escolha de topo no próximo Draft. Deixe o comodismo de lado, Indiana! Reformulação já!

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