Joel Embiid virou a NBA de cabeça para baixo desde que (finalmente) começou a jogar. E, com seu repertório ofensivo e mobilidade impressionantes, o jovem atrai comparações com alguns dos melhores pivôs de todos os tempos. Uma lenda cujo nome é frequentemente ligado ao “fenômeno” do Philadelphia 76ers é Hakeem Olajuwon, ídolo do Houston Rockets, mas o jogador de 23 anos prefere rejeitar rótulos e paralelos trazidos pelo sucesso instantâneo.
“Eu sou diferente de todos esses craques. Tenho certeza que Hakeem poderia ter arremessado muito bem para três pontos, por exemplo, mas não é assim que as coisas funcionam. Ele foi, definitivamente, melhor do que eu no lado defensivo e ainda tenho um longo caminho para alcançar seu nível ofensivamente, mas, em termos gerais, quero ser o jogador mais completo de todos os tempos”, cravou o titular do Sixers, em entrevista ao site oficial da liga.
Em busca de ser um dos melhores e mais completos da NBA, Embiid vai deixando uma trilha de pivôs contemporâneos pelo caminho. E faz questão de informar isso ao mundo. O camaronês já se envolveu em debates acalorados pelas redes sociais com Hassan Whiteside e fez provocações públicas a Andre Drummond. Ele virou um personagem maior do que as quadras, uma personalidade na internet que não está interessado em deixar o jogo dentro das quatro linhas.
“Se eu for enfrentá-lo – seja a primeira vez ou não – e você quiser ser físico, falar um monte de besteiras para mim ou coisa do tipo, isso motiva-me. Faz com que queira chutar o seu traseiro em quadra, então posso acabar com você nas redes sociais também depois. Quero destruí-lo no jogo e na internet. Caso queira tentar essa abordagem, só posso te dar boa sorte. Porque eu não paro. Nunca paro”, garantiu o jogador, seguido por mais de um milhão de pessoas no twitter.
Embiid disputou apenas 53 jogos na NBA desde que foi selecionado com a terceira escolha do draft de 2014, mas isso foi o bastante para que deixasse uma marca e suas médias são espantosas para um ainda quase novato: 21.7 pontos, 9.2 rebotes e 2.2 tocos. Ele se diz lisonjeado com as tantas comparações com lendas do jogo, mas já falou mais de uma vez que prefere ser lembrado por seu nome do que ser lembrado como um “novo Olajuwon”, por exemplo.
“Eu quero passar quando quiser, pontuar quando quiser, ser o melhor defensor do mundo. Sou muito fã de Hakeem e ele sabe disso. Mas somos atletas diferentes. Ele foi muito bom, mas sinto que tenho tudo a meu favor. Arremesso, opero no post, marco, sou físico e atlético. Ele também era. Não alcancei esse nível ainda. Na verdade, não estou nem perto de Hakeem. Mas sei que, hoje, tenho tudo a meu favor”, encerrou o símbolo da reconstrução do Sixers.