Por Michel Moral
Está em vigor o decreto do presidente norte-americano Donald Trump, que proíbe a entrada de pessoas de sete países nos Estados Unidos. São eles: Iraque, Iêmen, Irã, Síria, Líbia, Somália e Sudão. A medida tem validade de 90 dias, mas há possibilidade de conversão em lei definitiva. Assim, alguns jogadores que hoje atuam na NBA podem sofrer consequências desse “banimento”, entre eles, o pivô Thon Maker, do Milwaukee Bucks, e o ala Luol Deng, do Los Angeles Lakers, ambos do Sudão. Assim, uma simples viagem ao Canadá pode trazer problemas para esses jogadores quando tentarem voltar para os Estados Unidos.
O caso de Deng não preocupa tanto, pois o Lakers não enfrentará mais o Toronto Raptors neste ano. Agora, a única e remota possibilidade de isso acontecer seria em uma final entre as duas equipes. Já o Bucks, que esteve no Canadá na última sexta-feira (o primeiro dia de validade decreto) para enfrentar o Raptors, foi a primeira equipe a vivenciar o drama da medida do governo. A preocupação tomou conta do vestiário da equipe, pois Maker poderia ser barrado na alfândega, quando do retorno aos EUA. Contudo, o vice-presidente da franquia, Alexander Lasry, tranquilizou os fãs ao anunciar que o jogador conseguiu regressar para o país. “Ele voltou”, disse o mandatário, “mas nós precisamos rezar para aqueles que não terão a mesma sorte”, completou.
O Bucks ainda pode enfrentar o Raptors neste ano, caso haja uma combinação na classificação dos playoffs, que se inicia em abril. A NBA já se posicionou diante da situação e entrou em contato com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, solicitando a suspensão da ordem de Donald Trump. Segundo o porta-voz da NBA Mike Bass, “a NBA é uma liga global e estamos orgulhosos por atrair os melhores jogadores de todo o mundo”.
O que ameniza a preocupação de Bucks e Lakers é que os dois jogadores possuem cidadanias e passaportes de outros países. Deng, da Grã-Bretanha, e Maker, da Austrália.
Vale lembrar que a NBA possui vários programas ao redor do mundo, como o ‘Basquetebol Sem Fronteiras”, que já teve participação no Brasil, e hoje está atuando no desenvolvimento de jogadores sudaneses.
Outro que se manifestou acerca da polêmica medida do governo foi Steve Kerr. Para o técnico do Golden State Warriors, este decreto vai “contra os princípios defendidos no país”.