Dez anos e muito obrigado

Jumper Brasil completa dez anos de existência

Fonte: Jumper Brasil completa dez anos de existência

Era dezembro de 2005, eu acabava de retornar dos Estados Unidos, onde morei por aproximadamente um ano, e o Orkut tinha comunidades de basquete. Algumas interessantes, outras nem tanto. Eu comandava a NBA Brasil, com mais de 40 mil membros. Não tinha ideia do que estava por vir.

Cheguei sem a menor pretensão, sem a noção do que poderia fazer. Afinal de contas, a empresa onde eu trabalhava (Varig) estava naquele momento “fim de festa” e já havia fechado seus escritórios em minha cidade. O que fazer, então? Trabalhava apenas como temporário em agências (de publicidade e turismo). Mas ainda queria fazer algo que eu realmente gostasse. Algo que me tirasse o sono. Precisava daquilo.

Um dia, alguns amigos da NBA Brasil me chamaram para fazer um blog. Éramos seis, com foco em diversos esportes. Logo, Seis na Área. Durou pouco tempo. Foi para dar um pontapé naquilo que eu realmente estava buscando.

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O Tiago Vasconcelos, então um adolescente de Maceió, fã de basquete, me fez o favor de deletar uma das minhas comunidades com tópicos de cada franquia. Eu queria ir na cidade dele só pra dar uns cascudos nele. Filho da mãe! Mas nós éramos muito amigos. Conversávamos todos os dias no finado e saudoso MSN.

Ele era um sujeito visionário. Lá pelos 15, 16 anos, gostava de acompanhar NBA pelo Draft Brasil. Eu, nem tanto. Nada contra o Menta (Rafael Menta), que é super gente boa. Mas tinha que cuidar da NBA Brasil no Orkut. Então, o Tiago me deu a ideia de montar um site sobre o assunto. Ele faria toda a parte estética da coisa, iria configurar tudo para que eu gerenciasse um grupo de pessoas e escrevesse. Tudo bem. Vamos nessa.

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Inicialmente, o nome era NBA Jumper. Era um blog acanhado e até feio visualmente. Culpa do Tiago. Mas quem se importava? Nós trazíamos notícias quase imediatas da NBA em português e criei algo que utilizamos até hoje, o resumo da rodada, com aquele mini box score.

Imagine só. Um ano depois que cheguei, depois de conversar muito com algumas pessoas, finalmente resolvemos criar o Jumper. E do grupo inicial, Ricardo Stabolito e Gustavo Lima seguem por aqui. Outros, como Guilherme Gonçalves e Ricardo Romanelli, são articulistas, entre idas e vindas.

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Em 2008, o Tiago montou um layout lindo e que funcionava bem. Cada time tinha sua logo, que trazia internamente notícias sobre eles. As primeiras publicidades, ainda que não rendessem quase nada, começaram a aparecer. O Jumper estava crescendo e já tinha lá suas 15 mil visitas diárias. Era assombroso para todos nós e, assim como as publicidades, apareceram propostas de venda de conteúdo.

Participamos do prêmio iBest, do iG, naquele ano. O mais legal é que não tínhamos ideia do que poderia acontecer. E fomos muito bem votados, tanto que só ficamos atrás do UOL Esporte, Grande Prêmio e do Globo Esporte na categoria Esportes. Já entre os jurados, ficamos com o segundo lugar. Sensacional!

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Um dia depois do resultado, Gian Oddi, aquele mesmo da ESPN Brasil, me mandou um e-mail e, em seguida, me ligou. Ele era quem mandava no iG. O cara me ligou e eu não acreditava. Achei, inicialmente, que era um trote.

Não era.

Ele fez uma proposta e, por mais tentadora que fosse, eu tinha que conversar com o pessoal. Liguei para o Tiago, tremendo. Não lembro o que eu falei. Só sei que eu andava a sala toda enquanto ligava. Devo ter quebrado algum recorde de distância dentro de um imóvel, creio. Porém, como tudo tem um porém, recebi no dia seguinte outra proposta, mais abrangente, de um grupo de São Paulo, que investia na minha cidade.

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Parecia revolucionário. Queriam 33% do Jumper, investiriam um determinado valor e, de quebra, criariam um site de vários esportes, com investimento pesado de um grupo de telefonia. Agradeci ao Gian e passei a bola para o novo sócio, que tomaria conta de tudo a partir daquele momento. Ledo engano.

Lembra daqueles patrocínios e do layout com as logos dos times? Pois é. A NBA não gostou muito daquilo.

Cara, não era para fazer barulho assim. O Jumper acabou incomodando a liga e, um dia antes de assinar o contrato, recebemos uma carta da NBA, exigindo a transferência do nome NBA Jumper e de todo o seu conteúdo para eles.

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O então sócio não quis saber de briga e pediu para fazermos o que a NBA havia pedido para não criarmos problemas maiores.

Passamos todo o conteúdo de basquete para o Newsport, aquele site que o sócio deu. Mas ali, a coisa esfriou. O dinheiro da telefonia não chegava, já tínhamos cerca de 40 pessoas escrevendo nele e, para a surpresa de todos, a empresa fechou suas portas, deixando todos nós sem nenhum centavo. O Jumper foi para a UTI.

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Não tínhamos mais nada, além de um layout escuro que fizeram naquela empresa. Precisávamos mudar tudo, mas como? Nem nome a gente tinha mais. Éramos do ex-NBA Jumper.

O Ricardo Stabolito tem um irmão, o Rodrigo, que também fazia parte da equipe. Numa daquelas reuniões intermináveis no Skype, ele sugeriu o Jumper Brasil. Gostei tanto da ideia, pois manteríamos parte do nome, que aceitei na hora.

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Depois de cerca de três meses, voltamos com um grupo reduzido, quase sem esperanças de um novo contato com o iG. E não deu certo mesmo. O Gian disse que a empresa que controlava o grupo estava encerrando até as parcerias antigas e que nós não teríamos mais como acertar. Paciência.

Voltamos, no formato de blog. Funcionou bem, até que voltou a crescer e toda hora o Jumper caía. Um colega se propôs a bancar a hospedagem, com estrutura própria, mas o aumento nas visitas deixava a gente com um pé atrás. Sempre caía.

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Perdemos patrocínios, jornalistas, pessoas que queriam ajudar. O Jumper voltou para a UTI.

Em 2011, depois de mais dois meses fora, retornamos como blog no WordPress. Na época, o Fábio Sormani me convidou para escrever sobre NBA no iG, com indicação do Luís Araújo, do ótimo Triple Double. Então, sobrava tudo para o xará (Gustavo Lima), o Ricardo Stabolito e o Vini Donato.

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Com o tempo, recebemos uma estrutura da Manweb, do Daniel Emiliano, que nos permitia fazer transmissões ao vivo durante o draft e o site não caía por nada.

Lembra daquelas 15 mil visitas diárias? Em 2015 viraram 100 mil. Em dias de Draft, já passamos dos 200 mil! Uau! O Jumper realmente cresceu!

Em uma dessas coberturas, recebemos o convite do Lance!. Era o Eduardo Mansell me ligando, dando os parabéns pelo site e chamando para fazer parte do grupo. Em setembro daquele ano, acertamos e aqui estamos.

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São dez anos de muitas noites “estragadas”, de sono interminável durante o dia, mas muita força de vontade para trazer tudo sobre o que a gente mais gosta. Sem o leitor, é óbvio que não estaríamos falando disso agora. Essa confiança em nosso trabalho é o que faz o Jumper seguir em frente.

Durante esse período, tivemos muitas evoluções. Vários blogs nasceram, a TV brasileira passou a transmitir mais jogos e hoje, temos um número considerável de atletas do país na liga. Quando começamos, eram apenas cinco: Nenê, Anderson Varejão, Leandro Barbosa, Rafael Araújo e Marquinhos.

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Dez fatos da NBA em 2006-07

Se tem uma coisa que temos, é gratidão. Abaixo, o nome de alguns que colaboraram com o Jumper em algum momento, sem contar com Gustavo Lima, Ricardo Stabolito, Vini Donato e, claro, Tiago Vasconcelos:

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Rafael Proença
Guilherme Gonçalves
Ricardo Romanelli
Rodrigo Stabolito
Michel Zelazny
Pedro Nery
Eduardo Ribeiro
Gabriel Farias
Renan Della Corte
Lucas Colisse
Flávio Faria
Luís Araújo
Luiz Fernando Teixeira
Leonardo Sacco
Bruno Pollice
Caio Corassini
Douglas Lima
Daniel Emiliano
Bruno Fernandes
Pablo Quezado
Airton Ferreira
Arthur Isoppo
Guilherme Silva
Marcelo Urbano
Luís Francisco
Alexandre Spissoto
Antonio Carlos Júnior
Leandro Sarhan
George Raposo
Caio Blois
Renan Ronchi
Igor Dias
João Henrique Olegário
Lucas Vian
Ícaro Costa
Denny Rodrigues
Antony Curti
Fábio Balassiano
Kaio Kleinhans
Thiago Viana
Fabrício Nunes
Luiz Henrique dos Santos
Edison Rizzato
Aline Delamerlina
Alexsander Anzini
João Victor Pires
Leonardo Ferreira
João Otávio Vieira
Vinicius Zaniboni Lopes
Vinícius Giannini
Eduardo D’Avila Ferreira
José Carlos Ribeiro Júnior
Renan Lucco
Zeca Oliveira
Thiéres Rabelo
Paulo Savian
Thiago Avellar
Yuri Iacona
Vitor Camargo
Leonardo Sasso
Rodrigo Lazarini
Gabriel Andrade

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