Yves Missi

O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024″ com Yves Missi. Ele se revelou um dos pivôs mais atléticos e explosivos da classe desse ano depois de uma boa temporada de estreia por Baylor. Então, confira a análise do site para o jogador de 20 anos.

Idade: 20 anos
País: Camarões
Time: Universidade de Baylor (EUA)
Posição: pivô
Altura: 7’0″ (2,13m)
Envergadura: 7’2’’ (2,18m)
Peso: 104,0 kg

Médias nesta temporada (NCAA): 10,7 pontos, 5,6 rebotes, 0,4 assistência, 0,6 roubo de bola, 1,5 toco, 1,1 turnover, 61,4% nos arremessos de quadra e 61,6% nos lances livres (com 4,1 tentativas) em 23,0 minutos por jogo

Atributos físicos e atléticos

– Missi, antes de tudo, possui os atributos físicos ideais para atuar como pivô profissional. Os seus 2,13m de altura e 2,18m de envergadura falam por si só, mas parece ainda mais impositivo em quadra;

– Além disso, apresenta condição atlética de elite para um jogador de garrafão da NBA. Ele é bastante móvel e explosivo mesmo em espaço limitado, o que resulta em alguns lances impressionantes;

– Vai se aproveitar da chegada ao basquete profissional para fortalecer o corpo e ganhar mais músculos. Mas, por enquanto, ele já é um jovem jogador bem composto fisicamente que não se intimida com contato.

Ataque

– Pivô extremamente móvel para o seu tamanho e, por isso, corre de um lado a outro da quadra sem dificuldades. É o tipo de atleta de garrafão ideal para acompanhar o ritmo veloz da NBA atual;

– É um ótimo prospecto, certamente, operando em pick-and-rolls. Ele é um excelente e físico screener capaz de abrir espaço para os seus companheiros, enquanto gira com agilidade para pressionar defesas como roller;

– Trata-se de um finalizador de alto nível por causa dos seus atributos físico-atléticos. Mas não só por isso: Missi é um jovem impositivo que joga como alguém impositivo e quer finalizar jogadas com força;

– Projeta ser um pivô de elite em médio/longo prazo oferecendo espaçamento vertical. Foi um alvo de lobs de alto nível na NCAA e isso deve ser mais potencializado pelos armadores da NBA;

– Missi mostrou uma grande evolução durante a temporada atacando a partir do drible e punindo closeouts menos equilibrados. Pode usar a sua agilidade em espaço para atacar pivôs no perímetro;

– Possui ótima taxa de rebotes nos dois lados da quadra “escondida” atrás das médias atuando só 23 minutos por partida. Destaca-se, em particular, quando tem liberdade para atacar a tábua ofensiva;

– Ele joga basquete organizado há menos de cinco anos, pelo que dizem. Ou seja, Missi pode ter um upside bem interessante porque, na teoria, ainda está em formação como jogador.

Defesa

– Excelente protetor de aro para um freshman universitário, pois combina coordenação e (absurda) explosão vertical. Lembre-se que a média de 1,5 toco por partida aconteceu com média de só 23 minutos;

– Ainda não é, mas Missi projeta ser um grande defensor em espaço aberto pelos seus recursos físico-atléticos. É complicado achar pivôs do seu tamanho que cobrem tanto espaço e, ao mesmo tempo, são tão fluidos/coordenados;

– Os playoffs exibiram a importância de pivôs que podem fazer closeouts longos e ter recuperação física para fechar o garrafão. O prospecto de Baylor, certamente, pode fazer isso entre os profissionais;

– Missi tem um grande potencial defensivo, mas, a princípio, isso gira demais em torno dos recursos físico-atléticos. Faltam-lhe ainda leitura e instintos mais apurados, bem como disciplina e noção de posicionamento.

Pontos fracos

– Em primeiro lugar, Missi é terrivelmente limitado com a bola nas mãos no momento. Apresenta capacidade de criação nula em geral, além de tomar decisões lentas e não processar o jogo em velocidade ideal;

– Exibe um controle de bola bem pouco desenvolvido, resultando em desperdícios de bola. Eu acho que isso limita demais a sua capacidade de atacar closeouts e mismatches no perímetro contra competição profissional;

– Para alguém tão móvel e ágil, Missi é incrivelmente desprovido de movimentos e um arsenal em torno do aro. Afinal, o seu trabalho de pés em espaço curto é nulo nesse momento;

– Não dá nenhum sinal de potencial como arremessador, em síntese. O prospecto não tentou nenhum chute de três pontos como universitário e teve 50% de conversão nos lances livres na maior parte da temporada;

– Da mesma forma, Missi é um passador muito próximo da nulidade porque não exibe qualquer sinal de visão de quadra apurada. Acho que até a capacidade em handoffs é questionável, mesmo sendo um screener de bom nível;

– Indisciplina defensiva se revela em uma tendência a cometer faltas “bobas” que pode ser explorada pelos adversários mais técnicos da NBA. É um pivô que se “empolga” em tentar tocos, por exemplo;

– Missi é um prospecto de muito mais transpiração do que inspiração, para resumir. Por isso, transparece um jogador com alto e seguro “piso” na NBA, mas, ao mesmo tempo, baixo teto em potencial;

Conclusão

Afinal, o que é mais importante: instintos naturais e técnica ou atributos físico-atléticos? A resposta mais comum é a primeira opção, mas vários prospectos começam a sua vida no basquete com a segunda alternativa. A rodagem em quadra, ao longo dos anos, traz e apura a primeira parte. Missi é um exemplo dessa trajetória. É um sensacional atleta, que uma boa equipe pode transformar em um melhor jogador de basquete.

Comparações: Clint Capela (Hawks) e Isaiah Jackson (Pacers)

Projeção: TOP 30

Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Yves Missi

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Yves Missi – NBA Draft 2024

Um dos pivôs mais atléticos da classe, jovem deve ser escolhido na primeira rodada do recrutamento