Poucos jogadores da NBA conhecem melhor Victor Wembanyama do que Rudy Gobert. Há vários vídeos de treinamentos com ambos, afinal, desde que o jovem francês tinha só 15 anos de idade. Assim, o veterano tornou-se um mentor para o prospecto. Nessa sexta-feira, um ciclo completou-se: por fim, eles se enfrentaram pela primeira vez na liga. Um confronto especial, que foi motivo de orgulho para os dois.
“A dedicação e trabalho duro de Victor estão valendo a pena. Vi uma grande diferença em seu jogo da Summer League para agora. Dá para ver que não está só em quadra, mas fazendo as coisas certas. Então, eu estou muito feliz e orgulhoso da forma como está evoluindo como jogador. O seu progresso até agora é fantástico”, elogiou o três vezes melhor defensor da liga.
O Minnesota Timberwolves, de Gobert, derrotou Wembanyama e o San Antonio Spurs por 117 a 110. Isso não quer dizer, no entanto, que o jovem não deu trabalho. Pelo contrário. O novato finalizou o jogo com 29 pontos, nove rebotes e quatro tocos. Três deles, aliás, em cima do seu mentor. Foi só a oitava vez em quase 700 jogos na NBA que o pivô teve três arremessos bloqueados por um mesmo adversário.
“Eu acho que, antes de tudo, o seu senso de posicionamento está muito acima de um calouro normal. Dá para ver que Victor tem estudado e sido bem treinado. Ele altera arremessos e, com isso, entra na cabeça dos jogadores defensivamente. Certamente, esse garoto vai ser um problema sério para a liga. Já é um problema, mas será um problema bem sério em breve”, avisou o conterrâneo.
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Reverência
Mas a exaltação não veio só de um lado. Para Victor Wembanyama, a noite também foi o momento ideal para agradecer Rudy Gobert por seu suporte. A trajetória do talento francês no basquete, certamente, passa muito pelo apoio e exemplo que o marcador representou. Ele acredita que, se não fosse pela mentoria do pivô do Twolves, a sua carreira não teria nem perto do sucesso atual.
“Esse jogo foi especial. Eu sei que todas as partidas nessa liga vão ser especiais, pois sempre há uns dois jogadores que você só sonha em enfrentar. Mas, dessa vez, diria que o sentimento é maior porque Rudy representa muito para mim. É um amigo que tentou cuidar de mim e ensinar-me o jogo ao longo dos anos. Por isso, tudo foi mais especial e desafiador”, contou o jogador de 19 anos.
Gobert não é tão enfático em aceitar os agradecimentos porque vê a sua mentoria para Wembanyama como um tipo de obrigação. Eles fazem parte de uma raça em extinção, que luta para manter-se viva na NBA. “Eu tentei dar-lhe todas as dicas possíveis, pois somos poucos. Eu acho que as pessoas não pensam nisso, mas já não há muitos jogadores do nosso tamanho na NBA mais”, refletiu o veterano.
O que vai virar?
Victor Wembanyama tentou o seu melhor para levar a melhor no primeiro duelo contra Rudy Gobert na NBA. Treze dos seus 29 pontos, por exemplo, aconteceram no último quarto de partida. Com isso, o Spurs conseguiu diminuir uma diferença de 18 pontos para duas posses de bola. A virada não se consolidou, mas, para o experiente atleta, mostrou muitas das características que definem o novato.
“Victor vive para momentos como esse. Ele é um competidor e, mais do que isso, um vencedor. A forma como trabalha e estuda, além de sua mentalidade em quadra, não deixam dúvidas disso. Você combina esse perfil com os atributos físicos únicos que já possui e nasce um fenômeno. Nós deveríamos apreciá-lo, pois não acho que veremos um talento assim em algum tempo”, aconselhou o pivô de 31 anos.
Wembanyama já espanta a NBA no presente, mas, para Gobert, o futuro é um grande ponto de interrogação. Um ponto de interrogação positivo, pois não há limites para as possibilidades. “É até difícil imaginar o que Victor pode tornar-se após alguns anos trabalhando como agora. Eu não consigo projetar, aliás, como vai evoluir. É fantástico e assustador, ao mesmo tempo”, resumiu.
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