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Durante a semana, nós vimos duas facetas de Lance Stephenson – sem dúvidas o principal personagem desses playoffs. Stephenson não esconde de ninguém: quer o título, mas, antes disso, atrapalhar LeBron James em busca pessoal pelo terceiro consecutivo. E ele não mede esforços.
Antes mesmo do início da final do Leste, falou sobre os joelhos de Dwyane Wade. Depois, o ala-armador do Indiana Pacers afirmou ter o antídoto para LeBron e que iria entrar na cabeça dele. Falhou e o astro do Miami Heat anotou 32 pontos e não deu a menor chance ao seu adversário.
Criticado até por companheiros, Stephenson mostrou o seu lado “humilde” e disse estar arrependido por ter dito que havia encontrado as falhas de James. Pura falsa modéstia. Falou por pressão, por estar de costas para a parede. Não era de fato o que pensava. Tanto que na partida seguinte, repetiu os mesmos atos contra o seu rival e o resultado foi favorável.
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O sopro no ouvido de LeBron foi algo que deixou muita gente espantada, mas nada que surpreendesse. Afinal de contas, Stephenson faz de tudo para tirar o camisa 6 do Heat do jogo. Ele mexe com a cabeça do adversário, o deixa vulnerável e, queira ou não, isso lhe rende mais problemas do que louros.
Não o critico de forma alguma. Acho legal termos jogadores assim na NBA. Onde estão aqueles sujeitos que fazem de tudo para vencer? Isso é “bundalização”. Palavra nova, acredite. Mas a NBA está ficando sem graça com essa mania de bom mocismo.
Todo time tem que ter um Bruce Bowen no elenco. Um cara chato, que serve em tese, apenas para atormentar o seu oponente com uma defesa magnífica e com alguns conteúdos bônus.
DeShawn Stevenson, no Dallas Mavericks, cansou de fazê-lo contra James na final de 2011. O Mavs acabou sendo campeão naquele ano e LeBron teve um papel desastroso em quadra.
Jogadores como eles, hoje temos Tony Allen e Matt Barnes. E só.
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Não estou dizendo que os astros não devam prevalecer, pois a NBA é uma Liga que precisa disso para continuar crescendo. Mas a graça aumenta quando você vê alguém tentando impedir. A dificuldade aumenta e é aí que os verdadeiros gigantes se mostram.
Stephenson é melhor do que muita gente acha. É ele quem começa a organização do Pacers em quadra. É melhor defensor do Pacers – ao menos, na minha opinião, melhor que Roy Hibbert. Pode fazer mais que somente importunar e ele sabe disso.
Na quinta partida, LeBron se apagou com as faltas. Méritos de Stephenson? Possivelmente. Porém, se quer ser finalista pela quarta vez seguida, James e seus colegas precisam superar o Pacers na noite desta sexta-feira. Se deixar para resolver em Indianapolis, as chances caem drasticamente.