Fonte: Reprodução / InstagramO Philadelphia 76ers teve dois jogadores eleitos para o Jogo das Estrelas nesse ano. Mas só um deles tinha plenas condições físicas quando os playoffs começaram. Tyrese Maxey assumiu o comando da equipe em vários momentos, enquanto Joel Embiid estava muito abaixo de suas condições ideais. E, para Stephen A. Smith, esse cenário foi um sinal do caminho que a franquia deve seguir daqui em diante.
“Joel é um atleta que a organização deve manter, mas não pode construir em torno dele mais. Não há rota para evolução assim. É preciso desenvolver ao redor de Tyrese, pois ele é o rosto do time agora. Ele merece contrato máximo e, acima de tudo, ser tratado como esse astro transformador. Os componentes precisam fazer sentido em função desse garoto”, cravou o analista da ESPN.
Nos últimos anos, o Sixers montou os seus elencos e concebeu a forma de jogar sob a liderança de Embiid. O craque, afinal, foi o prospecto que personificou a mais recente reconstrução da equipe. Por isso, ele recebeu o apelido “O Processo”. A sequência de lesões do pivô, no entanto, prejudicou o time em várias séries de playoffs. Smith não acredita que esse modelo possa levar Philadelphia ao título mais.
“A partir de agora, Joel deve se ajustar a uma nova realidade e encaixar-se como apoio de Tyrese. E isso porque apresenta problemas de durabilidade que o inviabilizam como alguém com quem se pode contar sempre. Certamente, ele tem os recursos para fazer isso. Precisa compreender, então, que a prosperidade do Sixers gira em torno de outro jogador”, indicou o controverso comentarista.
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Disponibilidade
Dizem que não há qualidade mais subestimada em um astro do que a disponibilidade. Para fazer a diferença em um jogo, afinal, você precisa estar em quadra. E Embiid não passou no teste nessa temporada. Ele só disputou 39 jogos da campanha por causa de uma lesão no menisco do joelho esquerdo. Embora tenha retornado antes do início da pós-temporada, o pivô seguiu administrando incômodos na região.
“O Sixers precisa priorizar Tyrese como peça formadora de sua cultura. Afinal, a equipe não pode ficar perdida por muita coisa girar em torno de um jogador constantemente lesionado. Mas, ao mesmo tempo, você mantém Joel e dá a chance para que seja um integrante. Eu sei que isso é difícil por uma questão salarial, mas, dentro de quadra, esse é o caminho”, apontou o comentarista.
Para Smith, mesmo que Embiid seja o atual MVP da liga, não há mais o que sustente a atual construção do Sixers. É preciso tentar algo diferente, acima de tudo, porque um jogador pede passagem. “Tyrese precisa ser a referência por causa de sua combinação de juventude, disponibilidade e excelência enquanto jogador. Ele deve ser o rosto da organização, pois é o novo catalizador”, finalizou.
Reconhecimento
Uma transição como sugere Smith nunca costuma ser fácil. Envolve não só uma questão técnica, mas fatores como salário e ego. Ou seja, tudo é bem mais complexo e difícil do que parece. A boa notícia, nesse sentido, é que Joel Embiid já reconhece a excelência e grandeza de Tyrese Maxey. O pivô teve vastos elogios ao ala-armador depois da eliminação do Sixers dos playoffs.
“Nós temos um jovem superastro em ascensão que pode liderar essa franquia a carreira inteira em Tyrese. Então, isso é empolgante pensando no futuro. Ele já foi um dos dez melhores jogadores dessa temporada, por exemplo. Eu espero que esteja em um dos times ideais da liga nesse ano. E acho que pode entrar discussão para MVP da liga em breve”, reverenciou o astro camaronês.
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