O Los Angeles Lakers estava pressionado antes do início da temporada 2007/08 da NBA, enquanto tentava dar a Kobe Bryant uma opção de ataque em busca de trocas: acertou por Pau Gasol. No entanto, até chegar ali, o time tinha muitos problemas e vinha de um momento ruim na liga.
Em 2004, o Lakers precisou colocar ponto final nas brigas entre Shaquille O’Neal e Kobe Bryant optando por fazer uma das maiores trocas da história da NBA, mandando o lendário pivô para o Miami Heat. A equipe ficou fora dos playoffs pela primeira vez em mais de uma década na primeira temporada liderado pelo ala-armador de 25 anos, que sofreu lesão no tornozelo e só jogou 66 partidas daquela campanha.
Na offseason seguinte, porém, as coisas pareciam destinadas a melhorar na NBA: o técnico Phil Jackson voltou ao comando do Lakers, após uma temporada, e os angelinos adquiriram o promissor pivô Andrew Bynum, de 17 anos, na loteria do Draft. As mudanças não passaram de ilusão, no entanto: o time iria continuar patinando nas duas temporadas seguintes.
Kobe teve algumas das melhores marcas individuais da carreira entre 2005 e 2007, incluindo o histórico jogo de 81 pontos e a sequência de atuações com 50 ou mais pontos. Mas, coletivamente, o fraco elenco de apoio foi suficiente apenas para que o Lakers chegasse aos playoffs da NBA. Foram duas eliminações seguidas diante do Phoenix Suns, do então MVP Steve Nash, na primeira rodada do mata-mata.
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Mas as coisas ficaram ainda mais dramáticas em 2007: o melhor jogador da NBA àquela altura, Kobe pediu ao Lakers para buscar trocas por ele. A diretoria roxa e dourada começava, então, uma luta contra o tempo para melhorar seu elenco de apoio e demovê-lo da ideia de sair. Rumores sobre a possível ida do craque para o Detroit Pistons e Chicago Bulls não paravam de crescer.
Enquanto isso, Bynum, vindo do basquete colegial, ainda não decolava na NBA e deixava o Lakers em situação ruim. Então, na offseason, Kobe foi flagrado em um vídeo amador falando mal jovem pivô e sugerindo que ele deveria ter sido trocado em um pacote pelo veterano Jason Kidd. E isso tudo ocorria enquanto o rival Boston Celtics formava um supertime que rendeu o seu 17º título da NBA.
Pau Gasol no Lakers
Em 1º de fevereiro de 2008, o Lakers fechou uma das trocas que mudaram a história da NBA com o Memphis Grizzlies para ter Pau Gasol. O time mandou o pivô Kwame Brown, além de Jarvaris Crittenton, e o ala Aaron McKie. Enquanto isso, mandou duas escolhas de Draft (2008 e 2010) e os direitos sobre o pivô Marc Gasol, irmão de Pau e que ainda atuava no basquete da Europa.
O teto salarial da NBA na temporada 2007/08 estava em cerca de US$55 milhões. A troca, então, foi benéfica para o Grizzlies para “limpeza” de sua folha salarial: mandou seu maior salário e recebeu um expirantes, além de um jovem promissor (Marc Gasol). Mas vale dizer que Memphis não tinha perspectiva alguma de chegar aos playoffs naquele ano já antes da troca.
Se dava certo para o Grizzlies, a troca foi ótima para o Lakers, que recebeu em Gasol um ótimo jogador de garrafão. No entanto, o negócio não foi muito bem recebido pelo resto da NBA, que via como um grande erro da liga em aceitar.
As reações
De acordo com o então técnico Gregg Popovich, do San Antonio Spurs, o Lakers foi muito beneficiado por receber Gasol em uma das trocas mais insandas da NBA.
“O que eles fizeram em Memphis é incompreensível. Deveria ter algum tipo de comitê na NBA que impedisse trocas que não fazem sentido algum. Então, eu gostaria de candidatar-me para esse comitê e votar ‘não’ para esse negócio”, disse Popovich.
Mas ele não foi o único que não gostou do que houve entre Lakers e Grizzlies por Gasol. Danny Ainge, então dirigente do Boston Celtics e Kevin McHale, que estava no Minnesota Timberwolves, reclamaram muito. Mas em vão.
Os resultados
Nem é preciso dizer que, para o Lakers, o resultado foi muito positivo ter Pau Gasol. Ele virou a peça perfeita para jogar ao lado de Kobe. A dupla formou um forte elenco com outros nomes, como Lamar Odom, Derek Fisher, Ron Artest (hoje, Metta World Peace) e o próprio Bynum. Como resultado, foi às finais da NBA por três anos consecutivos.
Com Gasol, o Lakers venceu mais dois títulos da NBA. Ele ficou no time até 2014, quando foi para o Chicago Bulls. Mas mesmo aos 35 anos, ele voltou ao All-Star Game mais duas vezes. O espanhol jogou na liga até 2019, após uma passagem pelo Spurs de Pop.
Originalmente, a matéria “Trocas que mudaram a NBA: Pau Gasol no Lakers” foi publicada por Ricardo Romanelli, em abril de 2020.
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