As conversas entre Portland Trail Blazers e Miami Heat envolvendo Damian Lillard começaram como uma das trocas mais esperadas da offseason. Mas, com o passar dos meses, virou uma novela. E ainda não há prazo para terminar. Afinal, a equipe do Oregon segue fazendo “jogo duro” para negociar o astro. Segundo Zach Lowe, da ESPN, simplesmente não há negociação ativa entre os times no momento.
“Eu fiquei de férias por algumas semanas, então desliguei de tudo. Mas, assim que voltei, comecei a fazer ligações e conversar com pessoas próximas dessa situação. É impressionante, pois não tem nada. Todos dizem que não existem contatos. Não há absolutamente nenhum diálogo significativo entre as duas equipes”, relatou o analista, durante o podcast “The Lowe Post”.
Lillard pediu para ser trocado pelo Blazers, após mais de uma década na franquia, no início da offseason. A situação, no entanto, é bem mais difícil do que parece. O craque estabeleceu que só quer jogar em Miami. Isso afastou interessados e, com isso, limitou as perspectivas de negociação para os dirigentes do Oregon. O time, em resposta, “travou” o avanço do negócio para tentar ganhar tempo.
“Tudo está bem quieto dentro do Heat. Por isso, acho que a única forma de termos um avanço é se Damian entrar em cena. Ele precisa fazer pressão, uma ‘bagunça’. Mas não acho que vá acontecer, pois não é o seu perfil. Nesse momento, não vejo Damian disposto a dificultar as coisas para Portland”, ponderou o comentarista Bobby Marks, também da ESPN.
Melhor oferta
O Blazers, oficialmente, “trava” as negociações com o Heat na espera de possíveis trocas mais vantajosas por Lillard. Mas o fato é que o cenário parece cada vez mais remoto. Sabe-se que a oferta de Miami, a princípio, não agrada. Tyler Herro, em particular, não é um ativo que faça os olhos de dirigentes de Portland brilharem. Marks, no entanto, questiona se existem reais opções.
“Se você toma as decisões em Portland, em algum momento, a realidade vai bater à porta. Então, quer saber? Tyler, dois jovens jogadores e as escolhas de draft é a melhor proposta que vamos conseguir. É verdade que isso parecia um pior cenário possível no início de julho. Mas, agora, a história mudou porque já estamos quase na pré-temporada”, apontou o analista da ESPN.
A direção do Oregon agiu como se o tempo fosse o seu aliado. O drama, então, é que a proximidade da volta dos jogo muda esse cenário. “A questão passa a ser: você está disposto a ‘segurar’ Damian e empurrar a situação para a temporada? Não sei se é uma boa, pois ele já perdeu vários jogos por lesão nesses últimos tempos”, completou Marks.
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Mercado limitado
A imposição do Heat como destino único para Damian Lillard, antes de tudo, minou as trocas do Blazers. Há divergências sobre a gama de interessados no armador de 33 anos. Afinal, além de Miami, quem estaria no páreo pelo atleta em uma disputa aberta? O Brooklyn Nets, por exemplo, sempre foi uma possibilidade especulada. Segundo Sean Deveney, do site Heavy, não vai muito além disso.
“Eu acho que ninguém gosta da ideia de Damian forçando a sua saída de Portland. Obrigando, mais do que isso, o time a aceitar uma proposta que não agrada. Mas, caso não fosse o ‘Miami ou nada’, teriam muito mais interessados? Não há tantas equipes assim dispostas a ‘despejarem’ ativos em um veterano que não fica saudável com um contrato gigante”, disse um executivo a Deveney.
A aposta nos bastidores é que o mercado por Lillard não estaria tão mais aquecido por uma concorrência ampla. “Não ajuda, certamente, que Damian e o seu agente tenham minado as opções da forma como fizeram. Mas não é só o que já falaram. A maior parte da liga, na verdade, estava curiosa para ver qual era o mercado de Damian”, finalizou o dirigente anônimo.
Voz do povo
Independentemente do fim dessa história, Lillard é um dos maiores jogadores da história do Blazers. Não há discussão sobre isso. E, por enquanto, a tumultuada saída não parece ter prejudicado a imagem do ídolo. O site The Athletic realizou uma pesquisa entre quase 2.000 torcedores do Blazers que confirmou que os fãs ainda adoram o veterano. Mas o seu comportamento é um caso à parte.
“A torcida ainda adora Damian, antes de tudo. Mas, ao mesmo tempo, menos de 14% dos votantes aprovam que ele direcione os rumos de uma troca ativamente. Mais de 80% dos torcedores, ao mesmo tempo, concordam que a franquia ignore a sua exigência e procure a melhor proposta possível. Todos sabem como separar as coisas, então”, atestou o repórter Jason Quick, do portal esportivo.
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