Fonte: AFPO Minnesota Timberwolves parecia ter tido uma ótima noite de estreia na temporada, iniciando a campanha com uma vitória contra o Detroit Pistons, em casa. Mas o tom de comemoração ficou de lado a partir da entrevista coletivo pós-jogo de um dos astros do jovem elenco. Após uma pergunta sobre as diferenças do time da última temporada em relação ao atual, Karl-Anthony Towns acabou fazendo um desabafo depressivo sobre a recente morte de sua mãe, Jacqueline, e a dor que guarda na alma.
“Eu já não sei falar sobre o que passou. Não reconheço meu jogo de outros anos e como já atuei. Para ser sincero, não me recordo ou importo-me com quem já fui. Só sei o que aconteceu do dia 13 de abril em diante [data da morte da mãe]. Vocês poderão me ver sorrindo por aí, mas o fato é que Karl morreu nesse dia e não voltará mais. Vocês estão conversando com meu corpo, mas a minha alma morreu há alguns meses”, disparou o pivô de 25 anos, ainda em profundo luto.
Jacqueline foi vítima da COVID-19 e, além dela, o jogador perdeu mais seis familiares para a doença nos últimos meses. Essa foi a primeira partida oficial de Towns desde a morte da mãe, que era uma figura presente nos jogos do Twolves e alma adorada pela organização a ponto de ter amizade com atletas do elenco. Em meio à tragédia familiar, ele conta com o apoio e ajuda de diversos parentes que está recebendo (e até acolhendo) em sua casa nesses tempos difíceis.
“Eu tenho muita sorte de ter meus filhos, sobrinhos, primos em minha casa, esperando no fim do dia. Minha irmã está comigo em todos os momentos e era a filha favorita da minha mãe. Ela nega e diz que era eu. Coisas de irmãos, né? Mas o resumo é que não posso falar em passado, em antes de 13 de abril. Não conheço mais aquele homem de antes. Já não tenho nenhuma parte dele comigo”, lamentou o titular de Minnesota, que anotou 22 pontos, 11 rebotes e sete assistências na vitória por 111 a 101.
Diante da difícil experiência, Towns encara um futuro emocional extremamente incerto com a única certeza de que vai precisar de muito mais tempo para conseguir, de fato, seguir em frente. “Eu gostaria de poder responder questões sobre como éramos antes, mas não dá. Só sei sobre quem sou agora. Dizer que vivo um dia de cada vez desde então, provavelmente, seria pegar leve demais. Acho que estou vivendo momento a momento”, refletiu.
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