Torta de climão: o que (não) aconteceu na agência livre da NBA

Situações que poderiam ser evitadas, mas aconteceram na NBA

agência livre NBA Fonte: NATHANIEL S. BUTLER/AFP

Listamos dez acontecimentos de muita expectativa, mas ainda não vingaram na atual agência livre da NBA. Entre elas, a saga Kevin Durant, a troca que inflacionou o mercado e uma assinatura indesejada. Confira abaixo:

Kyrie Irving e Kevin Durant voltando ao Nets

O Brooklyn Nets não está satisfeito com a atual situação que se colocou, mas é quem tem menos pressa para resolver seu futuro. A direção sabe que possui dois dos melhores jogadores da NBA e que, se quiser aumentar seus valores, precisa que eles estejam em quadra. Nem tanto o caso de Kevin Durant, mas de Kyrie Irving.

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Enquanto Irving estiver na situação de desconfiança, é óbvio que fica difícil avaliar o quanto consegue por ele em uma troca. E o ponto passa exatamente por isso, pois ele deixou o Nets na mão por mais de uma vez.

O que Durant pode fazer por um time em sintonia é algo que qualquer franquia gostaria de ter. Ele pediu troca diretamente ao dono do Nets, Joe Tsai, mas ficar não seria o pior dos mundos para as duas partes. Embora tenha ocorrido a solicitação, com as peças certas, é possível vencer ali. E nem é tão difícil assim, mas precisa deixar de lado a amizade com Irving pelas vitórias.

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Irving é incrivelmente talentoso, mas ninguém nunca sabe quais são os reais objetivos dele. Se o foco estiver em quadra, na vontade de vencer, talvez ele nem precise sair. No entanto, se a ideia de jogar ao lado de LeBron James for mais forte, o melhor que o Nets tem a fazer é trocar logo e mudar o ambiente.

Deandre Ayton segue com o Suns

Inimigo íntimo?

Não chega a tanto, óbvio, mas o Phoenix Suns deu a Deandre Ayton o contrato que não queria dar. O pivô conseguiu um acordo que, na visão da diretoria, não valia. Mas como fazer? Deixar sair de graça e perder uma peça que pode vir a ser valiosa em troca?

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Então, o Suns cobriu a proposta do Indiana Pacers mesmo sem querer. A ideia era utilizar o jogador em uma sign and trade, mas o Pacers avançou o sinal, impossibilitando uma negociação agora. Apesar de o desejo da direção ainda seja conseguir uma troca após o dia 15 de janeiro de 2023, Ayton teria o poder de vetar durante o primeiro ano do novo acordo. Ou seja, se Ayton se sentir “sacaneado” em Phoenix, ele pode bater o pé e ficar.

Portanto, a diretoria precisa ter muita cautela a partir de agora. Sentar com Ayton e explicar que ele faz parte do futuro, mas que tudo depende de seu comprometimento, é o primeiro passo. Se o casamento funcionar, talvez não seja necessário trocar. Mas tudo tem de ser feito com transparência: “se você não correr como os outros, não se empenhar, quem perde é você”.

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Ou algo assim.

Troca de Gobert inflaciona mercado

O pivô Rudy Gobert estava de malas prontas ao fim do último jogo do Utah Jazz nos playoffs. Apesar de ele ser um excepcional defensor, o clima em Salt Lake City era muito ruim entre Donovan Mitchell e ele. A relação deteriorou, mas não sem antes a direção tentar intervir. Claro, tudo o que o Jazz não queria era ter uma torta de climão para partir todos os dias. Infelizmente, foi o que aconteceu.

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Enquanto os dois brigavam, o Jazz deixava de ser protagonista. E havia margem para tentar algo, pois a dupla era muito talentosa. Cada um ao seu jeito. Mas, agora, tudo faz parte do passado. O Minnesota Timberwolves queria mais proteção no garrafão e pagou caro por isso.

Muito caro, aliás.

Quatro escolhas de primeira rodada, além de Patrick Beverley, Malik Beasley, Leandro Bolmaro, Jarred Vanderbilt e Walker Kessler (pick de 2022), fizeram com que o Brooklyn Nets e o próprio Jazz exigissem mais por seus atletas.

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Ou seja, se Gobert valeu isso, quanto valem Kevin Durant ou Donovan Mitchell?

 

Tyler Herro exigiu titularidade

Tyler Herro entrou na NBA conhecido por seu poder ofensivo e, na “bolha”, mostrou serviço. Havia muita expectativa acerca de seu futuro, mas o segundo ano foi bem abaixo do que se esperava. Então, a temporada 2021/22 foi de redenção, especialmente com o prêmio de melhor reserva.

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Mas é suficiente para ele?

A pergunta é retórica, pois Herro quer a titularidade na próxima campanha. Entretanto, não sei se o técnico Erik Spoelstra está tão disposto a abrir mão de sua ideia de trazer o jogador do banco. E tem outro problema, pois o atleta vai entrar em seu último ano de contrato. Adivinha? Ele quer um acordo máximo.

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Talvez, não seja agora, mas a situação de Herro vai dar dor de cabeça ao Heat quando for renovar. Embora o time ainda sonhe com Kevin Durant, o jogador estaria envolvido em uma eventual negociação.

Herro é muito bom jogador no ataque, mas peca bastante na defesa. Provavelmente, um dos motivos pelo qual ele ainda não se tornou um titular na equipe passe por aí.

 

Sexton, Turner e mais indefinições

Ainda existem algumas indefinições no mercado da agência livre da NBA, tirando as situações de Kevin Durant, Kyrie irving e Donovan Mitchell. Entre os principais nomes estão Collin Sexton, do Cleveland Cavaliers e Myles Turner, do Indiana Pacers.

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Enquanto o primeiro é agente livre restrito, Turner viu o Pacers tentando assinar com um jogador de sua posição (Ayton). Então, o futuro dos dois ainda está em jogo.

Sexton ainda não sabe onde vai jogar a próxima temporada e o Cavs, se quisesse mesmo seguir com ele, já teria dado um novo contrato. Portanto, a direção segue analisando o mercado para poder dar o próximo passo, seja renovar ou assinar e trocar (sign and trade). Embora ele seja ótimo no ataque, ele é (muito) ruim defendendo e causa problemas por mater a a bola nas mãos por muio tempo.

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Pelo que o Cavaliers fez ao renovar rápido com Darius Garland, dando a ele um acordo máximo, o sinal que recebemos foi que a direção entende que ele rendeu muito mais sem Sexton por perto.

Já Turner, entra em seu último ano de contrato em um Pacers cheio de incertezas. A reformulação está sendo feita, mas está pelas metades. Domantas Sabonis e Malcolm Brogdon foram embora, então quando a diretoria tenta um outro pivô no mercado, é porque quer ir em outra direção.

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No entanto, o mercado para pivôs deu uma esfriada. O Dallas Mavericks, por exemplo, era o time que mais desejava contar com seus serviços e, rapidamente, fechou troca por Christian Wood.

 

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Celtics se reforça, mas Jaylen Brown estaria insatisfeito

A agência livre do Boston Celtics foi uma das melhores da NBA. Primeiro, manteve a base que foi às finais da liga. Depois, recebeu um bom veterano (Danilo Gallinari) e trouxe um armador de muita qualidade dos dois lados da quadra (Malcolm Brogdon). E, por eles, o Celtics abriu mão apenas de jogadores pouco importantes.

No entanto, parece que tem um probleminha ali com Jaylen Brown.

Embora seja um excelente jogador e esteja crescendo de produção a cada ano na liga, Brown se sente pouco querido pela torcida de Boston. Recentemente, ele curtiu um comentário em uma rede social dizendo basicamente que os torcedores não apreciam o seu basquete quanto deveriam.

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Brown sabe que é bom, mas tudo em Boston gira em torno de Jayson Tatum. Todas as vezes em que existem rumores sobre trocas na equipe, sempre envolvem ele, mas nunca Tatum.

Pode não ser nada, mas o contrato de Brown expira em 2023/24 e há indícios de que ele não vai renovar e quer deixar a equipe.

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E o Miles Bridges?

O que a agência livre da NBA mostrou foi que mercados pequenos não conseguem grandes negócios a não ser em troca ou draft. O Charlotte Hornets, por exemplo, é um dos times que não saem disso. A equipe queria vários jogadores, mas não tinha o que fazer. Então, o passo inicial seria renovar com o que tem de melhor, certo? Mas e quando esse melhor está todo enrolado?

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Bem, Bridges se enrolou sozinho. Por enquanto, nada acontece no Hornets por causa do péssimo episódio de violência doméstica. Aliás, acontece, mas com LaMelo Ball, que vai trocar o número de camisa 2 para 1. Teve, também, o acerto de Kenny Atkinson para ser o treinador, mas ele desistiu dias depois. Então, Steve Clifford volta ao cargo que ocupou entre 2013/14 e 2017/18.

Ou seja, o Hornets tem um impasse para resolver e não fez contratações no período de agência livre da NBA. Portanto, não dá para sonhar muito com isso.

 

Damian Lillard sonha com Durant, mas encara a realidade no Blazers

Bem, que situação complicada, né? Damian Lillard rejeitou qualquer troca para seguir no Portland Trail Blazers e até estendeu seu contrato. Mas o jogador que ele gostaria de ter ao seu lado, Kevin Durant, dificilmente chega. Aliás, o Blazers sofre com esse tipo de contratação há tempos. Embora já tenha sido campeão, o time não vem conseguindo grandes nomes no mercado de agência livre da NBA há várias temporadas. O último, por exemplo, foi Brian Grant, em 1997/98. E ele nem era um astro. Antes dele, Kenny Anderson, em 1996/97.

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Ou seja, os grandes jogadores só chegam ali em draft ou troca.

Mas para Durant ir ao Blazers, o time teria de envolver várias escolhas de draft, precisava enviar Anfernee Simons antes da extensão e vários contratos. Obviamente, não deu certo e a equipe ainda conseguiu uma boa contratação no ala Jerami Grant.

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Não dá para ir a lugar algum com isso, pensando em busca de título, mas pode brigar por play-in.

 

O caso Donovan Mitchell

O clima em Salt Lake City foi pelos ares, então Rudy Gobert já saiu. Agora, é a vez de trocar Donovan Mitchell. E, se pensar bem, ele está mais próximo de ser negociado do que Kevin Durant pelo Brooklyn Nets.

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Claro, por conta do que o Utah Jazz conseguiu por Gobert, espera-se que o time consiga ainda mais por Mitchell. E tem gente disposta a fazer isso: Miami Heat e New York Knicks.

Enquanto no Heat ele seria mais um grande nome, ao lado de Jimmy Butler, no Knicks ele chegaria para reinar sozinho em um time carente de ídolos. Embora a equipe tenha fechado com Jalen Brunson (US$104 milhões por quatro anos), Mitchell tem outro tamanho, tem mais bola e mais grife.

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Resta saber quando isso vai se resolver, mas existe uma grande chance de Mitchell encontrar um novo lar antes do início da próxima temporada.

 

Depois de tudo, Westbrook fica no Lakers

Não foi por falta de tentar, mas dificilmente Russell Westbook vai sair em troca agora. Ainda existe a expectativa de o Los Angeles Lakers conseguir Kyrie Irving, mas isso pode ficar só para o outro ano, quando ambos serão agentes livres.

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Não que Westbrook seja ruim, mas o encaixe não deu certo. E, agora, querem fazer de tudo para funcionar com LeBron James e Anthony Davis?

Vai?

Possivelmente, não. Mas a montagem do atual elenco parece um pouco melhor do que o que foi feito há um ano. Ainda é possível disputar playoffs porque ali estão grandes nomes da NBA, mas enquanto estiver assim, é bom esquecer títulos por um bom tempo.

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Westbrook tem um contrato de US$47 milhões e ainda tem gente com espaço em seu teto salarial para receber o jogador em troca. Se o Indiana Pacers quiser, por exemplo, dá, mas teria de envolver Myles Turner e/ou Buddy Hield.

Por enquanto, tudo difícil.

 

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