Torta de climão no Phoenix Suns

Robert Sarver, Deandre Ayton, Jae Crowder… Suns convive com vários problemas a menos de duas semanas de estreia na temporada

torta climão Phoenix Suns Fonte: Chris Coduto / AFP

Tudo bem quando termina bem. Biquini Cavadão sabia do que estava cantando em “Impossível”. Mas tem um time na NBA que está vivendo o oposto disso. O Phoenix Suns teve um fim de temporada surpreendente e, na offseason, a continuação de uma verdadeira torta de climão. Então, o Suns deixou coisas sem resolver ou pessimamente explicadas. Agora, o time colhe frutos podres de suas relações faltando menos de duas semanas para o início da campanha 2022/23.

E agora, Joseph?

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Bem, vamos por partes. Primeiro, vamos mostrar como tudo aconteceu.

O Suns apostou suas fichas em Deandre Ayton no Draft de 2018 ao invés de Luka Doncic, mas era até compreensível, pois o pivô acabara de destruir no basquete universitário. Além disso, era uma posição que a equipe do Arizona precisava há tempos. Sabe aquela referência? Então, o último jogador que o Suns teve assim foi nos restos de Shaquille O’Neal, em 2009. Amare Stoudemire ainda estava por lá, mas era outro tipo de atleta, de função. Desde então, vários nomes passaram por lá e o menos piores deles eram o esforçado polonês Marcin Gortat e o já veterano Tyson Chandler.

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Ou seja, o Suns realmente tinha uma lacuna ali.

Então, avançamos um pouquinho e vamos até o time da “bolha”.

Foram oito vitórias sem derrota alguma, apesar de que o Suns não conseguiu a classificação aos playoffs. No entanto, ficou claro que existia algo interessante para trabalhar.

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Como Devin Booker já estava na equipe, o plano era trazer um armador experiente. Aliás, Chris Paul sempre foi a meta da direção e, em uma grande transação, o Suns recebeu o que queria e precisava. Um organizador de jogadas para Booker e Ayton brilharem.

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Uma base jovem, talentosa e com alguém com rodagem para segurar todo tipo de bronca, o Suns se tornava uma força. Com toda a liderança de Paul, era a chance de o time lutar pelo seu primeiro título na história da liga. Obviamente, foi o que aconteceu.

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O Suns superou cada um de seus oponentes e chegou às finais diante do Milwaukee Bucks. Todavia, o resultado ficou abaixo do que se esperava. Mas não seria exatamente um problema sem soluções, pois era só estender o contrato de Paul que tudo ficaria bem.

Temporada 2021/22

Após um início forte do Golden State Warriors, o Suns acelerou, venceu 18 partidas consecutivas e, então, começou a trocar de liderança com a equipe californiana. Em janeiro, entretanto, assumiu em definitivo e passou de passagem. No fim da fase regular, Phoenix tinha 64 triunfos, o recorde da franquia em uma campanha, enquanto o Warriors caiu para o terceiro lugar, com 53. Ou seja, o Suns atropelou, mesmo com lesões de Paul e Booker.

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Só que a torta de climão estava por vir no Phoenix Suns.

Primeiro, encontrou sérias dificuldades diante de um New Orleans Pelicans sem Zion Williamson e que tinha 28 vitórias a menos na temporada regular. No fim, o Suns passou de fase em seis partidas.

Depois, o adversário era o Dallas Mavericks. Na teoria, o Suns era o franco favorito a vencer em cinco, no máximo, seis jogos. Mas não foi bem assim que aconteceu.

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Phoenix abriu 2 a 0 na série semifinal do Oeste. Pronto, era o que o time precisava para restabelecer a confiança que perdeu contra o Pelicans.

E não é que tomou a virada?

Aí, sim, nós fomos surpreendidos novamente.

A derrota no sétimo jogo foi marcante, especialmente pelo primeiro tempo.

Nada funcionou.

Apesar de Chris Paul não cometer os mesmos erros de ataque como nas partidas anteriores, Devin Booker estava apagado, Mikal Bridges não conseguia parar Luka Doncic e, por fim, Deandre Ayton parecia que havia comido seis pratos de feijoada antes do jogo.

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Eliminação traumática, mas com novos episódios.

Deandre Ayton e Monty Williams

O técnico Monty Williams notou que Deandre Ayton não estava bem e o sacou com menos de quatro minutos no segundo tempo e não o colocou de volta. A imprensa, então, queria saber o que houve ali, se era uma decisão técnica, alguma tentativa desesperada de mudar os rumos do jogo, mas Williams deu poucas pistas com um “problemas internos”.

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Ayton era agente livre restrito e o Suns se interessou em uma possível troca por Kevin Durant. Então, a ideia seria fazer uma sign and trade com o pivô e, em seguida, realizar a negociação com o Brooklyn Nets. Havia um problema, todavia, pois o Nets não poderia ter dois jogadores sob contrato máximo imediatamente após o de calouro. Ben Simmons era o outro atleta.

Então, o que se imaginava era que Simmons iria para um terceiro time.

Não houve troca, entretanto.

Em contrapartida, Ayton assinou uma oferta máxima do Indiana Pacers.

O que fazer, afinal? Vai deixar perder de graça?

Bem, o Suns cobriu, mas o plano não era bem assim.

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Mas a offseason estava longe de acabar…

Enquanto o Suns convivia com a realidade de não contar com Durant, a direção implodiu.

Robert Sarver, dono da franquia, se envolveu em uma situação ridícula, acusado de racismo e misoginia. Como resultado, ele colocou o time à venda. Pelo menos, isso.

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Mas adivinhe, ainda tem mais motivos para uma torta de climão no Phoenix Suns.

Pelas redes sociais, Jae Crowder anunciou que não jogaria mais pela equipe.

Daí, no dia seguinte, começou o período de treinamentos e, no Media Day (quando os jogadores e a comissão técnica se reapresentam para a imprensa), Ayton afirmou que não houve conversa alguma com o treinador durante todo esse tempo. Por outro lado, Williams se esquivou, dizendo que precisava dar espaço aos seus jogadores.

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No primeiro jogo da pré-temporada, diante do Adelaide 36ers, mais uma pancada. Não que seja exclusividade do Suns, mas perder para um time de fora da NBA é meio vergonhoso, né?

Para finalizar, Williams falou sobre Ayton ontem e, de novo, foi evasivo. Sem demonstrar exatamente o que se passa entre os dois, o treinador deu a entender que ali existe apenas o compromisso profissional. Não existem conversas fora da quadra, não tem nenhuma relação mais próxima.

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Alguém duvida que Ayton sai do Suns em troca até fevereiro, na trade deadline? De acordo com as regras de seu novo contrato, o time pode negociar o atleta após o dia 15 de janeiro.

Existe chance de implosão no elenco?

Bem, hoje julgo como improvável, mas a situação pode piorar. O ambiente, de fato, não é dos mais saudáveis hoje. Robert Sarver, Deandre Ayton, Jae Crowder… são muitos problemas ao mesmo tempo que podem influenciar negativamente em quadra. O Suns, um time com chances reais ao título, se vê em uma condição de incredulidade depois de tudo isso.

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É óbvio que, dentro de quadra, Chris Paul vai tentar fazer seu papel de líder falar mais alto. Ninguém sabe, de verdade, o que se passa dentro do vestiário. Apesar de Ayton deixar pistas que as coisas não estão 100% e de Williams negar atritos, mas não passar de uma relação profissional com o jogador, tudo parece nebuloso demais.

Não acredito em implosão no elenco, todavia.

Williams é um técnico com bastante conceito na direção e, se tiver de acontecer alguma mudança, ao menos por enquanto, é a troca de Crowder. Não coloco a mão no fogo por Ayton, entretanto. Ele demonstrou não gostar do que houve, o que pode ser bom e tratar de produzir em quadra ou, o pior cenário, fazer corpo mole.

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Enquanto nada acontece, tudo fica como está, mas a torcida é que a torta de climão termine como o Biquini Cavadão sugeriu, com Ayton dentro ou fora do Phoenix Suns, com a troca de Crowder e Sarver no inferno. Tudo termina bem.

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