Torcedor do Lakers vai perder a paciência

Após nove partidas, time californiano venceu cinco e não mostra sinais de evolução

torcedor Lakers perder paciência Fonte: Harry How/AFP

Cinco vitórias, quatro derrotas. Nem de longe é o que se esperava do Los Angeles Lakers no início da atual temporada. O torcedor do Lakers, que antes estava esperançoso por mais um título, vai perder a paciência com o time. Desperdícios de longas vantagens e falhas de distribuição no tempo de quadra podem causar problemas para o técnico Frank Vogel.

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O Lakers não pode perder para o Oklahoma City Thunder. Sem menosprezar o Thunder, porém existe uma filosofia na equipe, desde a temporada passada, de melhorar as chances por uma escolha no draft. E tudo bem com isso. É o tank e já vimos esse filme várias e várias vezes. E, apesar de ser o time mais jovem da temporada, ganhou do Lakers duas vezes em 2021-22 num período de oito dias.

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Criticado, Russell Westbrook foi bem durante boa parte do jogo e, mesmo forçando alguns arremessos, estava se apresentando bem. Porém, ele cometeu um erro crucial no fim. E isso é algo que faz o torcedor do Lakers perder a paciência, não tem como.

Tudo bem, existem desculpas. LeBron James não atuou nos dois embates, Trevor Ariza, Kendrick Nunn e Talen Horton-Tucker ainda não estrearam, mas não dá. Perder para o Thunder depois de abrir largas vantagens é sinal de algo muito errado.

Das cinco vitórias que o Lakers teve, a equipe passou sufoco contra o Memphis Grizzlies, San Antonio Spurs e Houston Rockets, na última terça-feira. É desanimador quando o torcedor olha para o time e vê que a montagem do elenco ainda não surtiu efeito.

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COINCIDÊNCIAS?

No dia 27 de outubro, o Lakers encarou o Thunder em Oklahoma City. A equipe não contava com LeBron, mas vencia com muita tranquilidade. Restavam pouco mais de três minutos para o intervalo, quando Anthony Davis recebeu passe de Rajon Rondo, fez a cesta e sofreu falta. Davis acertou o lance livre e o time liderava por 70 a 44. Sim, 26 pontos de diferença. Enquando o ala-pivô se preparava para cobrar o ponto de bonificação, Russell Westbrook retornou à quadra. O Thunder fez 12 pontos a dois até o intervalo e, no segundo tempo, completou a virada.

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Na noite de quinta-feira, a história se repetiu. O Lakers liderava por 45 a 26, com seis minutos para o fim do primeiro tempo, uma vantagem de 19 pontos. Então, Westbrook sai e volta depois de dois minutos de descanso. A liderança, que ainda era confortável (14 pontos) despenca para um quando o armador retorna. Ou seja, era apenas administrar e ir para os vestiários com dígito duplo na frente. Mas, não. Depois disso, o time de Los Angeles anotou cinco pontos, enquanto o Thunder fez 15 e caiu para apenas quatro.

Embora o Thunder tenha empatado no terceiro quarto, a primeira liderança só ocorreu nos últimos seis minutos de partida. Mas, antes de isso ocorrer, o Lakers vencia por 84 a 75. A virada veio com 13 pontos sem resposta. O Thunder cresceu e Shai Gilgeous-Alexander resolveu o jogo, ainda que Carmelo Anthony tenha tentado pelo outro lado.

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Essas viradas começaram nos minutos finais do primeiro tempo. O time abriu e levou pontos sem ter qualquer tipo de confronto.

ANTHONY DAVIS

O Lakers vinha de três vitórias consecutivas sobre Cleveland Cavaliers e duas contra o Houston Rockets. A equipe esperava embalar o quarto triunfo em sequência e, ainda, seria o sexto nos últimos sete jogos. Nada mal, não é mesmo? Porém, não foi bem assim que aconteceu.

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Ainda que, contra o Cavs, Anthony Davis tenha atuado por apenas 14 minutos como pivô, Carmelo Anthony salvou o time da derrota. Foram seis cestas de três em oito tentativas (três, apenas nos últimos sete minutos de jogo). Será que o sinal de alerta foi ligado? Parecia que sim.

Nos jogos contra o Rockets, Davis jogou o tempo todo como pivô. Tudo bem que, no fim, o time texano vendeu caro a derrota, mas Vogel dava a entender que tal formação seguiria. Entretanto, contra o Thunder, Davis voltou a ficar menos tempo (16 minutos) na posição central.

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Acontece que, por conta da lesão de LeBron James, o treinador entendeu que precisava colocar DeAndre Jordan no quinteto titular. Como resultado, Dwight Howard, que não enfrentou o Rockets por estar machucado, ganhou oito minutos em quadra.

Quem viu o jogo, sabe. Howard entrou com muito mais intensidade que Jordan. Contudo, o titular ficou lá por seis minutos a mais que o três vezes eleito melhor defensor da temporada. Não sei, mas faz algum sentido isso aí?

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CARMELO ANTHONY NÂO PODE SER O SALVADOR DA PÁTRIA

O Lakers conta com jogadores que, somados, acumulam 57 Jogos das Estrelas. Por que é que Carmelo Anthony, aos 37 anos, precisa salvar o time nos momentos em que o time não funciona? Isso não pode acontecer em todos os jogos. Partida após partida, Anthony sai do banco para converter mais de 50% dos arremessos de três, mas é algo que não se sustenta.

Assim como LeBron James acertou 14 dos primeiros 29 arrememessos de longa distância (48.3%) e, depois, seu aproveitamento despencou para 34.7%, Anthony dificilmente vai conseguir converter 52% por toda a temporada. Aliás, sua melhor marca no quesito ocorreu na campanha passada, pelo Portland Trail Blazers (40.9%).

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Da última vez que escrevi sobre o Lakers, apontei que o encaixe LeBron e Westbrook não era dos melhores, porém James vinha bem como arremessador e menos organizador. Mas isso já mudou nos três jogos seguintes e o camisa 6 só acertou três dos próximos 20 arremessos de três.

A montagem do elenco parece estranha, com dez atletas acima de 30 anos. Entretanto, ao mesmo tempo, a diretoria contratou vários especialistas em arremessos para amenizar o impacto LeBron e Westbrook, que demandam muito a bola. Só que eles estão machucados, sobrando, justamente, Anthony.

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Até a próxima quarta, o time pega Portland Trail Blazers, Miami Heat e Charlotte Hornets. Quantas vitórias vão acontecer até a volta de James? Será que até lá, o torcedor do Lakers vai perder ainda mais a paciência com Vogel, Westbrook e Jordan?

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