A troca de James Wiseman para o Detroit Pistons aconteceu de forma quase melancólica, mas não para o técnico Dwane Casey. Segunda escolha do Draft de 2020, o pivô deixou o Golden State Warriors como um fracasso. O projeto pelo jovem, de 21 anos, não funcionou em San Francisco. No entanto, em sua nova casa, ele terá menos pressão para se tornar um bom jogador. De acordo com o treinador, Wiseman já está fazendo a diferença em Detroit.
“Ele possui todas as habilidades atléticas”, disse Casey. “O tamanho que ele tem já está fazendo a diferença para ajudar a nossa defesa. Agora, nós temos aquele cara de 2,13 metros perto do aro para bloquear os arremessos. Então, Wiseman faz um grande trabalho ali. Mas ele está aprendendo todas aquelas pequenas coisas, como o trabalho de pés e não deixar ninguém o tirar do garrafão. Os assistentes já trabalham com ele nisso”.
É fato que o Pistons estava atrás de um jogador como Wiseman. Apesar de a equipe contar com diversos pivôs, como Jalen Duren, Marvin Bagley e Isaiah Stewart, Casey insiste em atuar com dois “caras grandes”. Aliás, isso tem se tornado uma tendência em algumas equipes. O Cleveland Cavaliers, por exemplo, tem tido sucesso com Jarrett Allen e Evan Mobley. O mesmo acontece no Boston Celtics, com Al Horford e Robert Williams e no Milwaukee Bucks, com Giannis Antetokounmpo e Brook Lopez.
Entretanto, Casey pretende trabalhar com eles em duplas. Ou seja, Duren e Stewart parecem fazer parte do quinteto titular, enquanto Bagley será o parceiro de Wiseman.
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Nos últimos anos, ele já utilizou apenas Stewart no garrafão, enquanto Jerami Grant e Saddiq Bey eram os alas. O técnico insistiu com a diretoria por James Wiseman na última trade deadline e, agora, o Pistons pode jogar como ele quer.
Em quatro partidas por Detroit, Wiseman registra médias de 13.0 pontos e 8.0 rebotes em cerca de 24 minutos por noite. Na derrota para o Charlotte Hornets, ele começou como titular e anotou 23 pontos e pegou sete rebotes.
Passagem pelo Warriors
James Wiseman era uma verdadeira incógnita quando se inscreveu para o Draft de 2020. O pivô fez apenas três partidas no basquete universitário, mas as equipes apostavam em seu tamanho e na habilidade para bloquear arremessos. O Warriors tinha a segunda escolha naquele recrutamento e não teve dúvidas em arriscar. Afinal, no time de San Francisco ele teria tempo para se desenvolver sem pressão.
Na teoria, sim. Na prática, o técnico Steve Kerr tentava driblar os jornalistas, pois o jogador ainda não estava pronto para ter muitos minutos. Então, após uma primeira temporada sem muito compromisso com as vitórias (2020/21), Wiseman se machucou. Ele perdeu toda a campanha seguinte. Quando voltou às quadras, Kevon Looney havia sido muito importante nos playoffs e não deixou dúvidas sobre a titularidade.
Kerr enviou o jovem ao time de desenvolvimento na G League, aguardando por melhora rápida. Não aconteceu como planejava e Wiseman se tornou “dispensável”. No último dia 9, a equipe o enviou para Detroit. Agora, sob o comando de Casey, o atleta tem uma nova chance de provar que não foi um desperdício.
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