A seleção da Grécia chegou à China para a disputa da Copa do Mundo FIBA com a esperança de título, reforçada com o MVP da temporada passada da NBA. Assim que a bola subiu, porém, a expectativa deu lugar a uma campanha desapontadora e críticas pelo modo como o time utilizava Giannis Antetokounmpo. O treinador Thanasis Skourtopoulos crê que não pode ser contestado com base no que o astro mostra no Milwaukee Bucks.
“Nós não temos a oportunidade de montar uma equipe, desde o começo, pensando unicamente em Giannis. Leio constantemente esses comentários de que a Grécia não joga como Milwaukee e não sei o que podemos dizer. É simples: não somos o Bucks. Fim de caso. Acho que não é preciso falar mais nada”, disparou o técnico, após a despedida com vitória sobre a República Tcheca.
Para Skourtopoulos, comparar a maneira como Antetokounmpo é utilizado em sua equipe e na seleção passa por um paralelo descabido sobre dois projetos que são totalmente diferentes. “O Bucks possui um elenco construído centrado em Giannis. Nós também o temos como a referência, mas nossos jogadores têm suas próprias personalidades e valor como parte do nosso programa”, ponderou o comandante.
As críticas ao treinador de 54 anos foram especialmente duras nos Estados Unidos, previsivelmente. Ele causou grande indignação na mídia especializada em NBA, por exemplo, pelo pouquíssimo envolvimento do ala nos lances finais da derrota contra o Brasil e no último quarto do revés contra os norte-americanos. O técnico explicou ter sentido que Antetokounmpo foi impactado negativamente pela atenção gerada por sua presença na seleção.
“Giannis apresentou-se com uma excelente atitude, mas, em algum momento, acho que ficou estressado porque queria provar algo a todos e resolver todos os nossos problemas. Era perseguido por torcedores em todos os cantos, o que é cansativo. E, ao mesmo tempo, ele não recebeu o devido respeitos dos juízes: é inacreditável como recebeu tapas em todas as partidas e absolutamente nada era marcado”, acusou Skourtopoulos.