O Phoenix Suns saiu da última posição da conferência Oeste após a surpreendente vitória contra o Los Angeles Clippers nesta quinta-feira. Nos bastidores, porém, o ambiente da franquia é de crise desde a demissão do técnico Alvin Gentry. A opção do time por efetivar Lindsey Hunter no cargo – que sequer era assistente – causou enorme incômodo e provocou a saída dos dois principais auxiliares da comissão técnica: Elston Turner e Dan Majerle.
Contratado há mais de um ano pelo Suns, Turner chegou com a promessa da direção de que teria uma chance de comandar o time em caso do cargo ficar em aberto. Ele estava disposto a seguir na comissão mesmo com a quebra da promessa, mas acabou convencido a deixar a franquia com pagamento integral dos salários pelos próprios dirigentes.
“Quando descobri que não consegui o emprego, fiquei muito decepcionado. Quem não ficaria? Tenho 16 anos de carreira, sendo que 15 deles em equipes com campanhas vitoriosas. Isso deveria ter sido considerado um trunfo, mas parece que eu simplesmente não era mais bem vindo”, afirmou o assistente, em entrevista concedida na quinta.
Já Majerle, um ídolo local como jogador, não aceitou a escolha de Hunter e pediu demissão. “Falar em integridade e ignorar dois profissionais qualificados não faz sentido. Eles optaram por Lindsey, um cara que sequer estava na comissão e disseram que só viria para nos ajudar. Ia ficar calado, mas ouvir gente da franquia dizer no rádio que eu seria a escolha popular e mais fácil é um tapa na cara”, desabafou.
Para o ex-atleta, Turner merecia a vaga e ele deveria ser a segunda opção. “É algo difícil de engolir. Em uma situação como essa, Elston seria o indicado a ficar no cargo com seus anos de experiência. Se ele não fosse, eu merecia. Trabalhei para isso. Não preciso de favores”, finalizou.