Fonte: Jesse D. Garrabrant / AFPSpencer Dinwiddie vai jogar pelo Los Angeles Lakers até o fim da temporada. Mas a escolha não se deu por falta de opções. O armador recebeu forte interesse do Dallas Mavericks, em particular, antes do acordo verbal com os angelinos. Ele já havia sido atleta da equipe texana, aliás, por três anos. Afinal, qual foi a explicação do veterano para a sua escolha agora?
“Digamos que você é um garoto que tomou uma surra de um valentão. Dallas seria a sua mãe, pois diria que está tudo bem e acontece. O Lakers, no entanto, é o seu pai. ‘Isso não está certo, então vai lá e brigue até vencê-lo’. Eu sinto que esse é o tipo de mentalidade que precisava nesse momento da carreira”, justificou o jogador, em sua primeira entrevista pelo novo time.
Mas, obviamente, essa questão não foi o único motivador da escolha de Dinwiddie. Ele citou a chance de atuar com o astro LeBron James, além de ser amigo de Christian Wood. As pretensões competitivas, certamente, também pesaram. O Mavericks está uma posição e 3,0 jogos à frente do Lakers na classificação do Oeste. No entanto, em termos de potencial, o armador acredita que os angelinos estão em outro patamar.
“Esse é um time que, na hora da decisão, pode atingir um nível que nenhuma equipe consegue. Venceram jogos importantes nos últimos anos, mas é difícil manter o foco durante um ano inteiro. E os oponentes vão trazer o seu melhor basquete contra nós, pois o nome que carregamos em nosso uniforme tem esse efeito. No entanto, o mais importante é que essa franquia sabe como vencer”, elogiou o veterano.
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Complemento
É comum que os jogadores tomem decisões como agentes livres após saberem o papel que vão ter nos times pretendentes. Isso fica ainda mais acentuado com os atletas do mercado de dispensados, pois eles tendem a voltar a ficar disponíveis poucos meses depois. Ou seja, precisam provar que podem contribuir. A julgar por sua definição, Dinwiddie projeta ter amplo espaço e importância no Lakers.
“A minha função vai ser acelerar o ritmo das ações e colocar pressão no aro. Além disso, eu devo assumir a defesa no ponto de ataque. Não só marcar armadores, mas também alas dependendo do time que estiver em quadra e fazer trocas. Mas, acima de tudo, eu preciso entrar em quadra oferecendo agressividade, atitude e inteligência nos dois lados da quadra”, contou o jogador de 30 anos.
Ver a lista de responsabilidades de Dinwiddie pode dar uma impressão errada sobre a importância da contratação. Afinal, ele não chega para ser solução e referência. É um complemento e, sobretudo, compreende essa condição. “A minha mentalidade é ser parte de algo que já funciona, a princípio. Tudo gira em torno de encaixar-me dentro dessa equipe, não dominar a equipe”, ponderou.
Um dólar
Segundo Jovan Buha, do site The Athletic, Spencer Dinwiddie vai receber US$1,5 milhão para jogar pelo Lakers até junho. Esse valor surpreendeu por estar um pouco acima do mínimo, mas essa não foi a única surpresa do contrato. O vínculo projeta um bônus de US$1 em caso de conquista do campeonato com os angelinos. Muita gente buscou um significado para isso, mas tudo não passa de uma “piada interna”.
“Quando eu estava em Washington, assinei um contrato que também tinha o bônus de um dólar pelo título. Então, se possível, nós quisemos colocar esse incentivo mais uma vez aqui. Só para gerar curiosidade nas pessoas e, ao mesmo tempo, ter algo com um toque especial para mim. Certamente, não é uma questão monetária”, finalizou o novo reforço angelino.
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